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Histórias da Bola
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Bahia do B

Arquivo Geral

13/01/2019 11h27

Gustavo Mariani
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Em qualquer campeonato estadual do futebol brasileiro, raramente, um time fora do grupo dos “grandes” carrega o caneco do campeão. No Rio de Janeiro, por exemplo, ainda não houve nenhum, pois quando São Cristóvão, América e Bangu carregaram, eles estavam naquela roda. Em São Paulo, só Bragantino e Inter de Limeira furaram o bloqueio. Quando São Caetano e Ituano ganharam, o regulamento deixou os maiorais de fora da barra pesada.

Em Minas Gerais, pode-se colocar no rol dos pequenos “campeões” só Siderúrgica, Villa Nova e Ipatinga, enquanto no Rio Grande do Sul o grupo tem 13 “penetras”, a maioria dos inícios do Estadual. Na Bahia, já rolaram quatro no segundo mais velho (desde 2005, tendo São Paulo, em 2002, sido o primeiro) certame nacional – Fluminense de Feira de Santana (1963 e 1969), Colo-Colo de Ihéus (2006) e Bahia de Feira (2011).

Este último, chamado pela sua torcida por “Tremendão”, avisou que iria aprontar desde o 9 de janeiro, diante de quase seis mil “gentes”, quando a Federação Baiana de Futebol retomou prática esquecida há três décadas, o Torneio Inicio. Com 3 x 0 Vitrória da Conquista, o time do presidente Thiago Souza papou.

Em 1954, o Flu de Feira, o “Touro do Sertão”, tornou-se o primeiro interiorano a entar na festa em que só iam os times da capital. Em 1967, surgiu um Estadual, incluindo Conquista, Itabuna, Flamengo e Colo-Colo, ambos ilheenses, e os feirenses Flu e este mesmo tremendo Bahia.

Em seu primeiro título estadual, a Associação Desportiva Bahia de Feira repetiu-se o que rolara há cinco temporadas: impediu o penta do Vitória, no 15 de maio, mandando-lhe 2 x 1, sob o apito de Cléber Wellington Abade-SP, auxiliado por por Roberto Braatz-PR e Erick Bartholomeu Bandeira-PE, diante de 22. 247 almas – renda de R$ 489.140,00 -, no Estádio Manoel Barradas (Barradão), a casa do “Leão da Barra”, onde os ilhenses haviam sapecado 4 x 2.

Comandado pelo treinador Arnaldo Lira, o “Tremendão” pontuou menos do que o Vitória (46 x 43), mas, como o regulamento os colocou frente a frente, na final, foi melhor durante todo o jogo, vencido por virada de placar – Geovanni abriu, aos 15 e Allyson o igualou, aos 46 minutos do primeiro tempo, para João definir, aos 21 da etapa final.

O Bahia de Feira venceu 12, empatou 7 e perdeu 3 jogos. Marcou 33 e levou 23 gols, saindo campeão com 65,15% de aproveitamento. Na final, alinhou: Jair; Edson, Paulo Paraíba, Alex Alagoano e Allysson (Léo); Lau, Rogério, Diones e Bruninho; Carlinhos e João Neto. O Vitória, treinado por Antônio Loés, teve: Fiáfara; Nino Paraíba, Alison, Reniê e Eduardo (Léo); Esdras, Uellinton, Mineiro e Nikão (Rildo); Geovanni (Neto Berola) e Elkeson.

Também, integraram o grupo campeão: Felipe (goleiro), Pelezinho (lateral), Alex Baiano (zgueiro), Chico e Chico Júnior (volantes), Roberto (meia) e Diego (atacante). A campanha registrou, entre 15.01 a 15.05.2011: 1 x 1 e 1 x 1 Feirense; 2 x 0 e 2 x 2 Camaçari; 2 x 0 (fora), 2 x 1, 2 x 1 (f) e 1 x 1 Serrano; 1 x 1, 0 x 2, 2 x 2 e 2 x 1 Vitória; 1 x 0 (f) e 2 x 1 Ipitanga; 1 x 1 e 1 x 0 Flu de Feira; 0 x 2 e 3 x 1 Atlético de Alagoinhas; 4 x 1 e 2 x 1 (f) Vitória da Conquista; 0 x 3 e 1 x 0 EC Bahia.

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