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Histórias de Brasília

Figuras de Brasília: Afonso Brazza

João Amador

29/05/2018 12h29

Atualizada 02/12/2019 12h40

O piauiense José Afonso dos Santos Filho sempre foi um apaixonado por filmes de
ação. Veio para o Distrito Federal criança, quando mudou-se com a família
para o Gama. Ainda adolescente, foi para São Paulo trabalhar no meio
cinematográfico, participando da equipe técnica de vários filmes da chamada “Boca
do Lixo” paulistana. Foi ali que conheceu sua futura esposa, a atriz Claudete Joubert,
uma das musas das pornochanchadas brasileiras dos anos 1970.

 

 

De volta a Brasília, Afonso entrou para o Corpo de Bombeiros, mas sem abandonar o
sonho de ser cineasta. Adotou o nome artístico de Afonso Brazza e começou a
produzir seus próprios filmes. Bancando tudo do próprio bolso, Brazza utilizava
negativos quase vencidos e planejava as cenas para serem feitas apenas em uma
tomada. Mesmo que dessem errado, não eram repetidas. Roteiros improvisados,
erros de continuidade, figurantes que morriam diversas vezes e vários elementos da
cultura trash foram construindo uma aura lendária em torno do cineasta.

 

Apelidado de Rambo do Cerrado, Brazza era sempre o astro de suas produções,
acompanhado pela esposa Claudete, que interpretava a mocinha. Seu último filme,
Tortura Selvagem – A grade, de 2001, ficou em uma sala de cinema de Brasília por
quatro semanas, tendo mais de 2 mil espectadores. Um recorde absoluto para suas
produções.

 

Afonso Brazza morreu em 2003, aos 48 anos, em consequência de um câncer no
esôfago. Seus oito filmes fazem sucesso no circuito alternativo até hoje.

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