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Brasília

Expectativas

Arquivo Geral

28/08/2016 13h39

Com 38 gols marcados em 21 jogos, o Palmeiras tem o ataque mais positivo do Campeonato Brasileiro da Série A, até o momento. Tendo sofrido 18 gols em 20 partidas, o Fluminense tem, até agora, a defesa menos vazada da primeira divisão do campeonato nacional de 2016. Esta tarde, em Brasília (porque o Rio de Janeiro continua sem estádio para que seus times mandem as partidas e, por isso, o tricolor vendeu seu mando de campo), Fluminense e Palmeiras se enfrentarão levando a campo muito mais do que os torcedores de seus times. Estarão “fechados” com a equipe dirigida por Levir Culpi os torcedores do Atlético Mineiro, do Santos, do Grêmio, do Flamengo… Do lado do Verdão, apenas os seus – ainda pensando em como será bom manter a ponta da competição na semana de aniversário do clube, que aconteceu sexta-feira.

Como se vê, a partida do Mané Garrincha envolve muitos interesses. O Palmeiras, com 40 pontos ganhos, em caso de vitória, não só assegura o primeiro lugar como poderá ver sua vantagem sobre o vice-líder aumentar, afinal de contas, o Atlético Mineiro irá a Porto Alegre enfrentar o Grêmio – hoje, o Galo tem 38 pontos ganhos e o tricolor gaúcho 35, mas com um jogo a menos. O Flamengo, quarto colocado (do Corinthians, ainda terceiro, escrevo daqui a pouco), continua em sua excursão em Santa Catarina e vai até a Arena Condá enfrentar a Chapecoense. Jogo duríssimo. Já o quinto colocado, o Santos, logo de manhã (11h) receberá o Figueirense, na Vila Belmiro, “secando” Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo. Na teoria, dos primeiros colocados, o duelo santista é o menos perigoso, mas não custa lembrar a goleada que o Figueira aplicou no Flamengo, quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Crise alvinegra

O Corinthians foi a Campinas, ontem à tarde. O jogo seria difícil, todos sabiam. A Macaca, há mais de dois meses, não perde no Moisés Lucarelli, o seu estádio. O Timão, ao contrário, oscila entre atuações irregulares. A Ponte Preta fez a sua parte. Dedicou-se, correu, mostrou raça e futebol. Ganhou a partida por 2 a 0 e, o que se viu no fim do jogo, demonstra algo interessante: os jogadores corintianos saindo juntos de campo, em silêncio, com caras de poucos amigos. Em entrevista após a partida, Elias disse que acontecera um “acidente de percurso”. Desinteressadamente. Como jogou o Corinthians em todo o jogo. Acho que a situação de Cristovão Borges, treinador corintiano, está cada vez mais difícil. Se o time não se acertar quarta-feira, contra o Fluminense, pela Copa do Brasil, talvez a apatia demonstrada pelos jogadores acabe resultando na queda do treinador. Detalhe: o Corinthians desmontou seu time, já gastou uns R$ 50 milhões em contratações, está em terceiro lugar e… Está em crise. Se alguém tem dúvida, peça para ver o jogo de ontem.

Crise tricolor

O São Paulo está derrapando no Brasileiro. Em 11º lugar, com apenas 27 pontos ganhos, há quem fale no Morumbi que o clube precisa lutar para não cair, este ano, e começar desde já a preparar-se para a temporada 2017. Pode parecer exagero, mas a galera está preocupada. Tanto que ontem houve invasão do CT do clube (não vou falar que foram torcedores, mas apenas invasores). A diretoria, talvez conivente, minimizou o fato. Mas… Como entrarão em campo, logo mais, para enfrentar o Coritiba, os jogadores do tricolor paulista? A tensão está no ar. A qualquer momento o caldeirão pode explodir. As vítimas? Certamente não serão os cartolas, que no caso do São Paulo vêm errando há muito tempo. Ricardo Gomes, treinador que assumiu há poucos dias, pode pagar por algo que não tem culpa. De quebra, além da fraca campanha no Brasileiro, o São Paulo estreou na Copa do Brasil perdendo em casa, para o Juventude (como disputava a Libertadores, entrou apenas agora no torneio). Dá para virar? Se não, a crise só fará aumentar.

Triste cena

Menos de nove mil pagantes compareceram, ontem, ao Moisés Lucarelli para ver Ponte Preta e Corinthians. Lembro que a Macaca é o time de maior torcida de Campinas, o Corinthians o de maior torcida em São Paulo (o segundo no Brasil) e, de quebra, o Timão estava em terceiro lugar. Menos de nove mil pagantes. Pesquisando, verifiquei que o maior público da Ponte Preta em seu estádio, este ano, foi menor do que 10 mil pagantes – e no Campeonato Paulista. Enquanto isso, na primeira rodada do Campeonato Alemão, que a gente pode acompanhar pela televisão, todos – repito, todos – os estádios estavam lotados.

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