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Esplanada
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Planalto monitora armadilha tributária da indústria do cigarro para Moro

Leandro Mazzini

21/05/2019 13h59

Foto: DCI

O ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, está sendo alertado por colegas pela ingenuidade em ser usado pela indústria do cigarro – com a maior fabricante, a Souza Cruz, na ponta – para defender a redução da tributação do produto.

Moro criou grupo de trabalho para estudar se a redução da carga tributária pode ajudar no combate ao contrabando. É justamente o discurso mercadológico dos fabricantes.

Palacianos indicam que o caso deveria ser tratado pelo Ministério da Economia, e não Justiça – a quem cabe combater o contrabando, não o imposto.

O episódio ocorre no momento em que o Governo precisa arrecadar mais, e não beneficiar um setor que custa ao Governo R$ 57 bilhões por ano em tratamento de doenças originárias do tabaco, conforme relatórios do Instituto Nacional de Câncer.

Colegas estão fazendo chegar ao ministro que pegou mal na Esplanada a criação de uma comissão, no âmbito da Justiça, para discutir o assunto. Isso é caso para Paulo Guedes.

O Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, recomendou o fim do grupo de trabalho. Considera que baixar imposto vai contribuir para aumentar o consumo.

Alguém aí já viu o ministro Moro com um cigarro na mão, ou na boca?

Uma assessoria que defende os cigarreiros tenta desqualificar o trabalho da Coluna e envia recados e equipes às redações. Ocorre que há semana já alertamos nossos jornais.

 

Centrão no mando

O Palácio cogita indicar um integrante do Centrão (PP, PR, PRB, DEM, PSD, SD) para a liderança, a fim de consolidar uma base. O líder do Governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), está com os dias contados. A insatisfação de ministros palacianos com o fraco desempenho do deputado de primeiro mandato chegou ao limite.

Nomes de substitutos já “estão na mesa” de ministros do Planalto. Além da série de derrotas em comissões e no plenário da Câmara, pesa contra Victor Hugo a falta de sintonia com a líder do Governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).

 

Calma, dona

A eventual saída da deputada estadual Janaína Paschoal (SP) do PSL, conforme indicou para aliados, incendiou o partido. Houve apoio e crítica. Do Rio, a deputada Alana Passos (PSL) publicou no Twitter: “Peço que ela não desestimule os bolsonaristas”.

 

Garoto propaganda

O presidenciável Fernando Haddad retoma a Caravana Lula Livre. Na quinta, participará de atos organizados pelo PT em Manaus. Na sexta, vai a Santarém (PA).

 

A namorada

Essa namorada do ex-presidente Lula da Silva revelada por Bresser Pereira, Rosângela Silva, a Janja, consta do quadro de funcionários da Usina Binacional de Itaipu desde janeiro de 2005, pesquisou a Coluna. Teria sido indicada pelo próprio Lula sob tutela de Jorge Samek, o ex-diretor-geral da estatal, que foi uma espécie de protetor dela.

Agora, Janja, com a cara na vitrine nacional, será alvo da oposição – que já sabe de alguma ligação entre eles há mais de 10 anos. Em 2006, o requerimento de informações 3.596 do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-SP) pedia informações ao Ministro de Minas e Energia sobre contrato de trabalho da funcionária.

 

Poder nas telas

Ele iniciou as pesquisas em 2013, e em 2015 começou a falar com a família. Tem 41 horas de gravações com os três irmãos Marinho. O premiado jornalista Leonencio Nossa lança em Brasília o primeiro volume da biografia do saudoso todo-poderoso. “Roberto Marinho, O Poder está no ar – Do nascimento ao Jornal Nacional” (Nova Fronteira) está nas livrarias. Noite de autógrafos nesta quarta no Carpe Diem (104 Sul).

 

Pendurou chuteiras

A CBF perdeu um zagueiro de peso na Esplanada. O diretor de relações institucionais que a defendeu nas CPIs dos últimos 20 anos decidiu pendurar as chuteiras. Vandenbergue Machado, contratado por Ricardo Teixeira em 1998 e mantido no cargo por todos os sucessores, resolveu fechar o escritório de Brasília.

Vandenbergue acompanhou a seleção em cinco Copas do Mundo. Com quase 50 anos de Esplanada, trabalhou com alguns ícones da política como José Sarney e Marco Maciel. A direção da CBF apelou para ficar, mas Vandenbergue já foi para o vestiário.

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