Menu
Esplanada
Esplanada

Na cadeia, Dirceu vai escrever segundo volume de memórias

Leandro Mazzini

20/05/2019 13h48

Foto: DCI

O ex-ministro petista José Dirceu viajou de carro de Brasília para Curitiba, onde se entregou à Polícia Federal, e nessa nova temporada na cadeia – não se sabe por quanto tempo – vai escrever o segundo volume de suas memórias. Levou um camalhaço de pesquisas na bagagem.

Dirceu tem esperança de conseguir novo habeas corpus junto ao STJ ou ao STF, em liminar, e sua defesa impetrará a ação nesta segunda. Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negaram pedido da defesa de prescrição de pena na sua segunda condenação pela Operação Lava Jato.

Na primeira condenação, ele conseguiu HC via liminar concedida pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para responder em liberdade. E assim viajava o País lançando seu livro.

Se continuar preso, sem sucesso no HC nas Cortes superiores, Dirceu vai pedir para ficar preso na Papuda em Brasília, para receber a visita da mulher e da filha pequena.

O Morde-língua

Hoje crítico do teto de gastos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi um dos principais entusiastas da PEC 241, que congelou as despesas pelo prazo de 20 anos. Na terça passada, para plateia de investidores reunidos pelo BTG Pactual, em Nova York, Maia disse que as amarras impostas pela lei do teto de gastos, aliada à falta de crescimento econômico, pode levar o Brasil a um “colapso social”.

Em 2016, quando a PEC do Governo Temer tramitava na Câmara, o mesmo Maia chamava de “irresponsáveis e hipócritas” aqueles que se opunham à proposta. À época, todos os deputados do DEM, partido de Maia, votaram a favor da PEC.

Acareação

Morna até aqui, a CPI do Senado que apura causas e responsabilidades da tragédia de Brumadinho (MG) poderá esquentar nos próximos dias. Senadores da comissão querem fazer acareação com o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman, os ex-diretores Silmar Silva e Gerd Poppinga, os atuais gerentes-executivos Joaquim Pedro de Toledo e Rodrigo de Melo e o ex-funcionário da empresa Felipe Rocha.

No requerimento que será votado em breve, senador Jorge Kajuru (PSB-GO) diz acreditar “que desse confronto verbal serão extraídos elementos favoráveis à melhor compreensão dos fatos que precederam o rompimento da barragem”. Aponta ainda que “há clara contradição entre o que declarou Felipe Rocha e demais depoentes”.

Ouvidoria

Na tentativa de consolidar a base aliada na Câmara e evitar novas derrotas no plenário e em comissões, líderes e vice-líderes do Governo estão ouvindo as principais queixas de parlamentares para levá-las ao presidente Bolsonaro. Além da alegada falta de diálogo, os deputados reclamam do excesso de edição de Medidas Provisórias e decretos.

Dalla$

O PSOL protocolou requerimento na Casa Civil e no Ministério das Relações Exteriores com um questionário sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro e comitiva para Dallas, em agenda tida como de promoção pessoal. Em seu quinto mês, aponta o partido, Bolsonaro acumula gasto de R$ 13 milhões em viagens internacionais.

Grana extra

A Consultoria de Orçamento e Fiscalização do Senado contesta os argumentos e justificativas do Governo para a liberação de R$ 248,9 bilhões para saldar todas as despesas deste ano. O pedido de crédito extra consta no projeto (PLN 4/19) enviado pelo presidente Bolsonaro ao Congresso Nacional em março, conforme citamos sexta.

Já o ministro Paulo Guedes repete que, sem a aprovação da reforma da Previdência até aqui, se o projeto não for aprovado, não há dinheiro para pagar aposentadorias e pensões, recursos para financiar a próxima safra, benefícios sociais para idosos etc.

Numa hora dessas?

O PT prepara uma emenda à PEC (06/19) da Reforma da Previdência para que seja realizado referendo popular no prazo máximo de três meses após a eventual aprovação da proposta. O partido sustentará na emenda que, havendo a rejeição pelo povo, a reforma não entrará em vigor e será considerada rejeitada.

Vinho & camarões

O portal change.org tem um abaixo assinado titulado “CONTRA o cardápio de LUXO do Supremo Tribunal Federal”. Como notório, a Corte – nome pertinente, aliás – lançou licitação para compra de vinhos premiados e camarões especiais, entre outras delícias.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado