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Jair Bolsonaro: do baixo clero à Presidência da República

Arquivo Geral

29/10/2018 12h00

Atualizada 28/10/2018 23h22

REUTERS/Ricardo Moraes

Jair Bolsonaro foi eleito, em suma, com campanha pela internet e com menos de R$ 3 milhões. Três fatores traduzem a vitória do capitão reformado do Exército como marco histórico na política brasileira. Deputado do chamado “baixo clero”, pavimentou sua campanha vitoriosa nas redes sociais e, a despeito de denúncias, capitaneou milhares de militantes voluntários. Fez uma campanha enxuta, se comparada com as dos concorrentes, e liderou a arrecadação por meio do financiamento coletivo, chamado de “vaquinha”. Vítima de uma facada ainda no primeiro turno, quando tinha apenas 8 segundos de tempo de TV, Bolsonaro teve impulsionada sua exposição. O atentado também serviu de argumento para o candidato reforçar a defesa de duras medida para combater a insegurança.

Refluxo

Apesar da vitória, o refluxo da onda bolsonarista no segundo turno foi analisado nos últimos dias pelo próprio presidente eleito e coordenadores da campanha após a vitória nas urnas. Pesou a declaração do filho (Eduardo Bolsonaro, na foto) insinuando, em vídeo e em tom jocoso, o fechamento do Supremo Tribunal Federal.

Discurso

O duro discurso de Bolsonaro, transmitido no ato promovido por apoiadores na Av Paulista, também foi visto como tropeço desnecessário na reta final. O deputado prometeu “varrer do mapa esses bandidos vermelhos do Brasil”. O recuo em algumas propostas, como fusão de ministérios, pegou de surpresa bolsonaristas ortodoxos.

Erros

Dirigentes petistas também elencaram os erros que levaram à derrota de Fernando Haddad. Um deles, a demora em admitir publicamente os erros do partido, além de falhas na articulação para chegar ao segundo turno
com uma frente ampla de
esquerda.

Reinado

A derrota de Antônio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais sepulta de vez o reinado político de Aécio Neves (foto) no Estado. Fragilizado no PSDB após o escândalo do áudio com o dono da JBS, Joesley Batista, restou ao tucano o ostracismo do mandato na Câmara. Chega a Brasília apenas como o 19º deputado mais votado do Estado.

Mídia

Vice de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila disse ”aproveitem a liberdade de imprensa”, mas é o seu PCdoB quem tem projeto de regulação da mídia na Câmara Federal. E criação de Conselho de Jornalistas… para eventuais punições.

MDB inédito

Caciques do MDB apostam na presidência do Senado para manter a força do partido no Congresso e, em situação inédita, fazer oposição ao Palácio do Planalto. Governista histórico, o MDB se aliou aos últimos governos – do PT e PSDB – em troca de ministérios e cargos.

Renan x Tebet

Apesar da redução, o MDB permanece com a maior bancada no Senado, com 12 senadores. Dois deles despontam como eventuais candidatos: Renan Calheiros (AL) e Simone Tebet (MS, na foto). Renan está em plena campanha e conta, inclusive, com apoio da bancada do PT.

Fachada

Passadas as eleições, a força-tarefa do Ministério Público Eleitoral irá analisar as centenas de denúncias de fraudes relacionadas ao cumprimento das cotas para candidaturas femininas. São evidentes as suspeitas de candidaturas de fachada para cumprir a cota de 30% de mulheres candidatas determinada pela Justiça Eleitoral.

Vida que segue

Jaques Wagner vai conhecer seu novo gabinete no Senado, nesta terça, 30, em Brasília. Na quinta-feira, o ex-governador da Bahia vai visitar o presidente.

ESPLANADEIRA

Marcela Zanatta Ganzarolli Morais, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, ligado à Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, debate nesta quarta-feira, 31, na Câmara, os avanços da prevenção e do tratamento do câncer de mama.

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