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Corrupção levou à expulsão de mais de 400 servidores públicos

Arquivo Geral

04/01/2018 12h00

Atualizada 03/01/2018 22h15

Atos de corrupção, abandono de cargo e inassiduidade foram os principais motivos de expulsão de servidores públicos ao longo de 2017. Por mês, em média, 40 servidores receberam cartão vermelho e deixaram de integrar os quadros da administração pública. O Rio de Janeiro liderou o ranking de expulsões (89), seguido de São Paulo (41), Minas Gerais (37), Santa Catarina (24), Pará (20) e Rio Grande do Sul (17). Dos mais de 400 servidores punidos, 106 pertenciam aos quadros do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), 103 do Ministério da Educação e 79 do Ministério da Justiça.

Trajetória

Entre 2003 e 2017, foram registradas mais de seis mil expulsões de servidores públicos, conforme o Ministério da Transparência. No ano passado, 65% das punições foram fundamentadas em investigações de corrupção.

Trôpega

A articulação do Planalto por votos para aprovar a reforma da Previdência anda trôpega. O presidente Michel Temer desacelerou para cuidar da saúde, ministros emendaram as festas de final de ano e muitos líderes aliados estão “incomunicáveis”.

Segundo plano

A “corrida contra o tempo”, aliás, não parece afetar o PSDB, partido que já fechou questão a favor da reforma, mas que ainda busca mudanças no texto da PEC. O principal interlocutor do partido, Carlos Sampaio (SP), com o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), afirma que conversas “só serão iniciadas ao final de janeiro”.

Transição

Os tucanos querem mudar a regra de transição. O último texto apresentado criava idade mínima para a aposentadoria, que aumentaria um ano a cada dois de contribuição até que houvesse um patamar único em 2042. No PSDB, pelo menos, não se fala em “transição mais branda” e, sim, “mais justa”.

Para inglês ver

A Comissão de Ética Pública da Presidência pode até abrir investigação contra o ministro falastrão Carlos Marun, mas é ínfima a possibilidade de recomendar alguma punição ao peemedebista. Representações contra integrantes do alto escalão do Governo, como a protocolada por servidores públicos, foram parar na gaveta. O atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes foram inocentados pelo colegiado da acusação de “infração ética” por declarações mais polêmicas que a do atual articulador político do Planalto. Marun insinuou que as torneiras da Caixa serão fechadas para parlamentares e governadores que não apoiarem a Previdência.

Quem é quem

2018 começou a baixa de dois ministros no governo Temer: Trabalho e Indústria e Comércio. Em compensação, o das Cidades parece ter dois titulares. Apesar de Alexandre Baldy ser o titular, o deputado Bruno Araújo ainda mantém perfis na rede ostentando o cargo.

Bola fora

Mas bola fora mesmo foi da assessoria do articulador político do Governo – ele mesmo, Carlos Marun. Foi divulgada reunião com o ministro das Cidades e o nome de Gilberto Kassab, cargo que o ex-prefeito de São Paulo deixou em abril de 2016.

Em casa

Condenado no mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, indicou a própria filha, Cristiane Brasil, para comandar o Ministério do Trabalho. Horas antes da reunião com Temer, no entanto, Jefferson desconversava: “Não sei se será possível fazer isso (indicar um nome) hoje”. Foi. Segundo o deputado cassado, “não foi uma indicação; o nome dela surgiu”.

Cota

Em 2017, Cristiane custou mais de R$ 420 mil à Câmara em gastos com cota parlamentar – passagens, aluguel de carro, alimentação, etc. – quase R$ 50 mil só com bilhetes de companhias aéreas.

Assalto

Líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), taxa como “assalto” decisão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, de pagar cerca de R$ 10 bilhões a investidores para encerrar disputa judicial envolvendo a companhia nos EUA: “Todo suposto dinheiro recuperado pela Lava Jato foi entregue para os americanos”.

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