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Esplanada
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Bolsonaro e o Patriota

Willian Matos

24/04/2019 12h00

Atualizada 23/04/2019 21h09

O presidente da República, Jair Bolsonaro, estuda mudar de partido. Chamou para conversar, por intermédio de amigo em comum, o presidente do Patriota, Adilson Barroso. O encontro será na semana que vem. Fontes do Palácio afirmam que Bolsonaro está insatisfeito com o caso dos candidatos ‘laranjas’ de aliados do PSL – como o de Luciano Bivar (foto), presidente da legenda, e do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro. Mas quem o preocupa para valer é Gustavo Bebianno, seu ex-ministro, que controlou o PSL e comandou as articulações de palanques estaduais durante a campanha. Bolsonaro, segundo aliados, ficou alheio às negociações partidárias e ao caixa do ex-aliado.

Estratégia

Se fechar com o Patriota, Bolsonaro vai esperar a aprovação da reforma da Previdência e provocar uma debandada de deputados federais e estaduais para o novo partido.

À espera

A Coluna procurou Adilson Barroso. Ele confirmou que foi consultado por aliado do presidente para agenda, mas garante que não sabe o teor da pauta da reunião.

Desandou

Barroso foi quem deu o primeiro espaço para Bolsonaro, que se candidataria pelo Patriota. Mas Bebianno queria o controle da legenda, o que foi negado. E Bolsonaro optou pelo PSL, que entregou toda a executiva para o Bebianno.

Plano B

A outra opção do presidente é fundar um novo partido. Plano por ora não prioritário.

Café no bule…

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, visitou o então presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu mais de uma vez em agenda extra. Agora descobre-se que a usina binacional Itaipu patrocinou com R$ 1,5 milhão evento de empresa do ministro, o VII Fórum Jurídico de Lisboa, sem a aplicação da logomarca no painel.

…Comporta fechada

A direção de Itaipu correu para explicar: o apoio milionário foi fechado no Governo Temer via Fundação Getúlio Vargas, parceira do IDP – Instituto de Direito Público, ligado ao ministro Gilmar. O novo diretor de Itaipu, general Silva e Luna, cancelou há meses outros repasses milionários desse convênio.

De olhos abertos

O presidente Bolsonaro coça o ouvido nervoso ao ouvir dois nomes no gabinete: Wilson Witzel e João Dória, governadores do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente. Ambos surfaram na onda do bolsonarismo para se elegerem. E, para o presidente, já atuam nos bastidores “para furar” seus olhos como pré-candidatos ao Planalto.

Aliás…

…o presidente já segura pedidos de agendas dos governadores com ele.

Ouvidoria

Um importante governador (não é Dória nem Witzel) comprou maletas de escuta telefônica de empresa israelense, com alta tecnologia, informam fontes do negócio. Ele garantiu ao fornecedor que serão para uso da Polícia Civil. Estamos de olho.

Da arquibancada

O ex-senador Luiz Estevão, em prisão de regime semi-aberto, foi domingo ao Estádio Nacional para a final do Brasiliense (time de sua propriedade) contra o Gama. Além de perder, ouviu umas ironias. Levou de boa.

Frente da Enfermagem

Os mais de 2 milhões de enfermeiros em atuação no País poderão ter um novo espaço de interlocução com o Congresso. O deputado Célio Studart (PV-CE) coleta assinaturas para a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem. Piso salarial, redução de carga horária e espaço adequado para repouso estão na pauta.

Memória

Para quem não tem ideia da importância de Lenardo Boff (foto) no cenário mundial, vale uma lida sobre ‘teologia da libertação’, por alto (o Google ajuda). Há também episódio histórico de uma inquirição dele no Vaticano, no Tribunal Eclesiástico presidido pelo cardeal Joseph Ratzinger, em 1985, quando foi renegado pelo Vaticano. Ratzinger viria a ser o Papa Bento 16.

Vai falar

Como revelou a Coluna ontem, Boff foi vetado pela direção do Inca para uma palestra como voluntário, mas a entidade voltou atrás e o liberou, por não haver teor político.

ESPLANADEIRA

O maestro Eder Paolozzi e a Orquestra Cesgranrio farão concerto didático no domingo, às 11h, nos jardins da Fundação Cesgranrio, para comemorar o Dia do Educador. A entrada é franca.

A tradicional Feira do Vinil do Rio de Janeiro se muda para o Instituto de Arquitetos do Brasil, no Catete, comemorando seus 10 anos, em homenagem a Dóris Monteiro e Leny Andrade.

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