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Brasília

E continua…

Arquivo Geral

19/10/2016 9h59

O colunista é contrário à anulação do Flu-Fla de quinta-feira, apesar de considerar inaceitável a intromissão externa. Incoerente? Não. E explico minhas razões. O Fluminense, de forma confusa, solicita a anulação do jogo. E digo confusa porque briga contra o acerto de um lance que deu problemas desde o seu início. Estranho, não?

Para quem não viu, vou recordar o que aconteceu: falta vinda pela esquerda do ataque tricolor, vários jogadores do Fluminense se colocam em posição de impedimento – imediatamente assinalado pelo auxiliar. A bola, em cabeçada do zagueiro Henrique. Com a anulação do árbitro, começa a confusão. Jogadores do Fluminense protestam. Aparentemente o auxiliar marcou infração de Cícero. Com a pressão, o árbitro procura o bandeirinha e questiona a marcação. O auxiliar diz que puniu a infração de Cícero. Informado que o gol foi de Henrique, volta atrás e o gol é validado.

É a vez de o Flamengo protestar. Invasão de campo. Os dois bancos de reservas, assim como jornalistas e mais um monte de gente que não tem nada o que fazer no campo, entram na confusão. Surge, então, o delegado do jogo, ou sabe-se lá que nome possua (estão chamando de inspetor) e informa (leitura labial feita pela TV Globo) que “a televisão mostrou”, ou algo parecido. Pronto. Está declarada a intromissão externa. E, ato contínuo, o gol é novamente anulado.

Perceberam a confusão? O próprio auxiliar, que o Flamengo usará como grande trunfo de sua defesa, não estava firme na sua marcação. Enquanto achou que o gol fora de um jogador, anulou. Quando soube que foi de outro, voltou atrás – e acabou provocando toda a confusão. Mas… É justo anular-se uma partida por ter-se corrigido um erro? Não, mesmo que a correção tenha vindo “do além”, de “forças ocultas”, das imagens da televisão. E por isso o colunista é contrário.

Lamento, apenas, que (1) quase uma semana depois continuemos a falar do tema, esquecendo que o Brasileiro está animado e hoje temos jogos importantes pela Copa do Brasil que podem, até, alterar a disputa do Brasileiro (o G-4, que virou G-6, pode chegar a G-7); e (2), que ninguém fale que no primeiro gol do Flamengo o zagueiro Rever, que fez falta no goleiro do Fluminense, estava impedido – para esse lance não apareceu ninguém para dizer que a televisão mostrou…

Ah… Na segunda-feira, depois que o Fluminense entrou com o pedido de anulação do jogo, em ato de extrema covardia, o árbitro da partida encaminhou para a CBF uma errata e um adendo à súmula – ele não relatara, por exemplo, que o campo fora invadido e errou o tempo de paralisação (e também dos acréscimos). Nas alterações, o árbitro lembra que os reservas entraram em campo para protestar (ato que considerou normal diante da situação), mas não fala no delegado do jogo, nem nas informações privilegiadas vindas da televisão. Querem saber: nisso tudo, a vitória do Flamengo tem de ser mantida; deve-se admitir que houve, sim, interferência externa; e, mais importante: deve-se afastar o árbitro, de vez, do futebol brasileiro, afinal de contas não foi a primeira vez que ele fez lambança.

Bola rolando

Hoje tem Copa do Brasil. Serão definidos os semifinalistas da competição que dá um troféu e uma vaga para a Libertadores de 2017. Estarão em campo Palmeiras, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Santos, Juventude, Internacional, Grêmio e Corinthians. Destes, apenas Cruzeiro, Internacional e Juventude não brigam pelo G-6 do Brasileiro, o que significa dizer que temos boas chances de o grupo de seis virar sete para a competição continental.

As vantagens, obtidas na primeira partida, estão com Atlético Mineiro, Santos, Grêmio e Corinthians, respectivamente contra Juventude, Internacional, Palmeiras e Cruzeiro. Mas são vantagens mínimas, coisa que qualquer 1 a 0 extingue. E o que isso quer dizer? Que teremos muitas emoções do Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, ao Mineirão. Principalmente porque, se confirmados os classificados que estão em vantagem, temos grandes chances de o G-6 virar mesmo G-7, para alegria de Fluminense, Botafogo e Atlético Paranaense, que não estão mais na Copa do Brasil, mas acompanham com interesse o desenrolar da competição.

Hoje, o Galo está em terceiro lugar; o Peixe vem em quarto; o Timão está em sétimo e o Grêmio, em oitavo. Como Palmeiras e Flamengo já livraram uma vantagem interessante, diria que estes dois lugares já estão reservados (e provavelmente no G-3, que vai direto para a fase de grupos). Não é muito melhor falar de bola rolando do que de cartolagens?

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