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Do Alto da Torre
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Voo de Ícaro

Arquivo Geral

23/11/2018 7h00

Pela terceira vez consecutiva o PDT-DF está na base do governo. Depois de o diretório regional anunciar apoio ao eleito Ibaneis Rocha (MDB), a sigla enfim achou seu espacinho na nova gestão. O presidente da Juventude do partido, Léo Bijos, foi indicado para uma secretaria ligada à população jovem na próxima gestão (leia mais na página 6). Considerando os últimos oito anos, no entanto, dá para fazer bolão sobre quando o PDT vai se dizer decepcionado e pular fora.

Passado condena

O PDT fez parte da coligação que elegeu Agnelo Queiroz (PT) em 2010 e desembarcou na metade do mandato petista. Para 2014, se aliou a Rollemberg (PSB) e, novamente, encontrou divergências para deixar a base. Por força de imposição nacional, porém, teve de ficar de castigo ao lado do governador durante as eleições, mesmo que quadros como Cláudio Abrantes e Fábio Barcellos tenham ignorado a orientação.

Mas ué

O curioso é que, há dois anos, uma das razões pelas quais o PDT-DF iniciou o desembarque foi a insistência de Rollemberg em apoiar Agaciel Maia (PR) para a presidência da Câmara. Na época, o próprio Léo Bijos afirmou que Agaciel representava um “setor atrasado” do DF, enquanto o presidente regional Georges Michel (foto) questionou a preferência do governador por um nome do campo conservador e questionou como a coalizão se explicaria no futuro. Hoje, ambos vão integrar o governo que agrega o PR de Agaciel, o PSL de Bolsonaro, o PRB de Edir Macedo.

Ai de mim mesmo

Mais curioso ainda é que a legenda teve a faca e o queijo na mão para bancar uma candidatura própria este ano, com o ex-distrital Peniel Pacheco. Considerando a imprevisibilidade do pleito no DF, talvez ele até tivesse chances de vencer. Imagina o PDT desembarcando do próprio governo depois de dois anos.

Quem dá mais?

O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) convoca os interessados nos leilões do órgão para visitarem os bens ofertados até a próxima segunda-feira (26). O Tribunal alerta que as visitações só acontecem em dias úteis, das 12h30 às 18h30 em três localidades: no depósito da Copat, no STRC SUL, trecho 2, cj. A, lote 7; no Fórum de Taguatinga Norte, AE 23, Setor “C”, na Sandú; e depósito da Cobec, no SAAN, qd. 4, lote 1015, galpão I.

Carro e garfo

Os leilões estão previstos para serem realizados na tarde da próxima terça-feira, 27/11, no auditório do Fórum do Guará. Às 14h, os 21 itens não arrematados no 1º pregão, realizado no último dia 13, estarão disponíveis para a 2ª hasta. Em seguida, acontecerá o esperado leilão de 32 carros. Por fim, serão apreciados utensílios de cozinha, portas giratórias e outros tipos de mobília. As imagens podem ser conferidas no site oficial do TJDFT.

35 milhões vão pagar o pato

Cabe ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial, investigar um suposto vazamento no banco de informações da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma das maiores entidades patronais do País. Apurações preliminares apontam o comprometimento de informações pessoais de pelo menos 35 milhões de pessoas (!).

Jules Rimet paulistana

Além de identificar como aconteceu o vazamento, o MPDFT também vai apurar de quem é a culpa. Afinal, seundo o órgão, os dados estavam em um “banco de dados aberto e não criptografado”. Uma amadorismo ao nível de usar um vidro blindado, porém moldura de madeira para guardar um troféu de ouro. O Ministério aponta que RG, CPF, nome completo, sexo, data de nascimento, endereço físico, e-mail e números de telefones foram comprometidos. Um abraço para Paulo Skaf.

Tarifa Temer

Interessante apontar que, se a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, sancionada pelo presidente em exercício Michel Temer este ano em substituição ao Marco Civil da Internet, já estivesse funcionando, o B.O. seria grande. A Fiesp teria obrigação de notificar à polícia e a alguma reguladora do setor sobre o vazamento autoridade nacional do segmento sobre o caso e estaria passível de pagar 2% de seu faturamento anual em multas. Passou raspando.

Velhos e novos tempos

Cotado para o Ministério da Educação antes de Bolsonaro nomear Vélez Rodriguez, o procurador Guilherme Schelb é velho conhecido da política do Distrito Federal. Nos anos 1990 do século passado, associou-se ao também promotor Luiz Francisco para azucrinar o ministro Eduardo Jorge, chefe da Secretaria Geral da Presidência do governo FHC, e o então senador Luiz Estevão. Funcionava assim: Luiz Francisco procurava jornalistas e divulgava o que seriam dados sigilosos contra os dois. A imprensa publicava, os procuradores recortavam os textos e abriam inquéritos para investigar as revelações da mídia.

Convertido

A encrenca chegou a ser debatida no Senado, em audiência convocada pelo senador Jefferson Peres, para cobrar os procuradores – na presença de Schelb. A ofensiva amainou, até desaparecer. Mais tarde, porém, Schelb passou a se identificar com correntes evangélicas e mudou de assunto.

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