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Do Alto da Torre
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Vai ou Racha

Arquivo Geral

02/10/2018 7h00

Atualizada 01/10/2018 23h25

Pelas contas do Diretório Nacional, acabou ontem o mandato de Izalci Lucas à frente do PSDB-DF. O tucano preside provisoriamente o partido desde 2015 e enfrentou uma guerra interna com o sobrinho do falecido ex-governador Joaquim Roriz, Paulo Roriz, e com o secretário-geral da legenda, Virgílio Neto, para se manter no poder. Houve contestação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e muita disputa política, mas a possibilidade de Izalci se eleger senador deve deixá-lo no cargo até que haja a definição das urnas.

Se não ganhar…

O PSDB-DF vive estado de intervenção desde 2011 e, portanto, não teve eleições internas nos últimos sete anos. As correntes internas dos tucanos se mobilizaram cada uma à sua maneira, mas prevaleceu a vontade do atual presidente do partido, Geraldo Alckmin, para garantir a permanência de Izalci. O deputado federal prometeu e cumpriu um palanque para o presidenciável no DF, na chapa de Alberto Fraga (DEM), e ganhou sobrevida. Se as tendências das pesquisas recentes se confirmarem e Geraldo sequer passar ao segundo turno, no entanto, dificilmente Izalci permanece.

Entre mortos e feridos

A briga interna dos tucanos fez com que o partido perdesse pelo menos dois quadros importantes entre o último e este ano. O deputado distrital Robério Negreiros, que sempre teceu críticas a Izalci, está atualmente no PSD de Rogério Rosso, enquanto uma das fundadoras do PSDB, a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, debandou para o PSB de Rodrigo Rollemberg, cuspindo marimbondos contra Izalci até o último instante.

Respeita o povo!

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição, conseguiu um direito de resposta na publicidade eleitoral de seu concorrente Alberto Fraga (DEM). O chefe do Executivo lembrou ao eleitor, ontem, que a licitação do sistema viário do DF foi obra do governo de Agnelo Queiroz (PT), em 2011, e ainda aproveitou para promover seu Bilhete Único etc e etc. A parte engraçada é que ele solta um “respeita o povo” no meio da aparição, em alusão ao jargão que o próprio Fraga popularizou. A vida dá voltas.

Sem vergonha

As pesquisas de segundo turno em 2014 apontavam a vitória de Aécio Neves (PSDB) sobre Dilma Roussef (PT), mas todo mundo se lembra do que houve. Da mesma forma, nos EUA, todos os levantamentos davam como certa a vitória de Hilary Clinton sobre Donald Trump, e essa história também terminou de uma maneira diferente. A equipe de Rollemberg aposta que, como nos dois casos, existe um voto envergonhado no atual Chefe do Executivo. Com rejeição acima de 50%, alguns eleitores teriam receio de dividir sua preferência para o governo até mesmo para os pesquisadores dos institutos de pesquisa. Estagnado nas intenções de voto nas últimas duas semanas, haja vergonha para virar o quadro. Mas que dá, isso dá.

Amigos da onça

Mesmo que o período eleitoral signifique a formação de alianças e coalizões para tentar ser eleito, tem gente que trata o colega de coligação como inimigo número 1. Entre os senadores, por exemplo, tem gente enciumada com o bom desempenho do companheiro de chapa e disparando ataques de dentro da aliança. Seja crocodilagem, vingança ou justiça, deixa dúvidas sobre que tipo de moralidade podemos esperar dos nossos possíveis representantes no Congresso.

O mesmo também vale

Com a desilusão geral pela política, a bandeira da renovação virou o principal trunfo para novos candidatos terem chances de assumir uma cadeira na Câmara Legislativa, Federal, no Congresso e até no Palácio do Buriti. Para um deputado que busca o terceiro mandato como Robério Negreiros (PSD), a estratégia é diametralmente oposta. Ele investe na defesa da continuidade e ainda critica medidas eleitoreiras como cortar todos os gastos de gabinete.

Tem que fazer lei

“Muitos políticos entram no Parlamento e querem cortar todos os assessores, fazer uma revolução. Na prática, só querem uma bijuteria para ter o apoiamento da sociedade com essa roupagem de economia”, critica o deputado distrital. Para ele “economizar é importante, mas parlamentar sem assessoria técnica não tem condição de elaborar leis”.

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