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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Roriz que não quer ser só neto

Arquivo Geral

21/08/2018 7h00

Atualizada 20/08/2018 21h58

Reprodução/Facebook

Joaquim e Jaqueline Roriz, pai e filha, se tornaram inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa em 2010 e 2014, respectivamente, mas pavimentaram o caminho para manter o clã em evidência. Roriz Neto (Pros/foto) é a grande aposta da família para não ficar sem representantes eleitos no DF pela primeira vez desde 1994. O jovem de 26 anos já havia substituído a mãe, Jaqueline, em 2014, e bateu na trave. Agora, com mais tempo de campanha, vai explorar os louros do legado de seu avô enquanto ainda pode e não teme ser chamado de megalomaníaco como o avô. Quer trazer o Rock in Rio e a Disneylândia para Brasília. Sua plataforma é a da representação da juventude na Câmara, mas ele defende com unhas e dentes a “velha política” de seus ascendentes, por considerar que foram inovadoras para seu tempo. “O que trago de antigo é a maneira de pensar, não de agir”, assegura. Curiosamente, ele revelou que pretende votar em Jair Bolsonaro (PSL) por falta de opção melhor.

Com sua avó (Weslian Roriz, do PMN, especulada como senadora na chapa de Eliana Pedrosa) serão quatro representantes da Família Roriz nestas eleições, né?
Ela ainda está decidindo. A gente mora junto e conversa sobre isso todo dia. Depende muito da condição do meu avô (O ex-governador Joaquim Roriz). A gente coloca a família em primeiro lugar e eu ia ficar feliz com qualquer decisão dela. Se ela se candidatar eu sei que vai fazer um trabalho muito bom e se ela decidir não se candidatar meu vô vai ter a melhor amiga em casa para cuidar dele.

Sua vó chegou a soltar um comunicado sobre apenas você e Eliana Pedrosa (Pros) poderem usar a imagem do Roriz em campanha. Te incomoda a tentativa de a imagem dele ser usada?
Minha vó não gosta. Querendo ou não, muitos candidatos usam e até uns três ou quatro candidatos no último debate (para o Governo de Brasília) mencionaram o governador Roriz. Ela fala que quem deveria usar a imagem do Joaquim Roriz é o neto, mas não porque ela quer deixar algum privilégio, mas porque ela quer respeitar ele. Em época de eleição aparece uns Roriz que eu nunca ouvi falar.

Se eleito, qual seria seu primeiro projeto de lei a ser apresentado?
Queria fazer uma parceria federal para inserir na grade acadêmica curso profissionalizante, para facilitar a questão do primeiro emprego. Quando eu estava na escola, a coisa mais importante era como trabalhar para morar sozinho, comprar as roupas que eu quero. Ninguém quer viver de mesada, não importa a família. Sendo jovem, quero focar projetos para a juventude. Trinta por cento da população tem entre 18 e 30 anos de idade, são 55 milhões de pessoas nessa faixa etária. Isso não tem a mesma representatividade na Câmara Federal, onde só 23 dos deputados têm menos de 30 anos. Então as pautas não ganham holofote nacional.

Sua mãe acionou a Polícia Civil em 2016 para te encontrar. Que episódio foi esse?
Foi coisa de relacionamento (com a ex-namorada), tanto que foi uma das razões pelas quais eu terminei. Mas desligar o celular é coisa de jovem mesmo. Não foi nada sério. A mulher com quem eu moro brinca que vai colocar um GPS na minha nuca (risos).

Sua família está na política há bastante tempo, porque acha que você entrar na Camara seria renovação?
Eu acredito que quem não estuda a história do meu vô pode até achar que representa a velha política, mas as obras dele não foram do tempo dele. Quando fez a Corumbá IV, Brasília não precisava de água. Quando construiu o Metrô Brasília, não tinha problema de transporte. Ele era visionário e falava que o governante tinha que pensar no futuro. […] quando falam que faço parte de quem está há muito tempo na política, respondo que estamos sempre pensando no futuro, por isso meus projetos são novos. O que trago de antigo é a maneira de pensar, não de agir. Quando encontro os atuais deputados e falo dos meus projetos, eles dizem que comecei a viajar. Perguntei ao Izalci (Lucas, candidato ao Senado do PSDB): por que não falar com o Fraga, candidato dele, para trazer o Cirque du Soleil permanentemente? Por que não podemos ter o Rock in Rio em Brasília? Por que não podemos ter uma Disneylândia em Brasília? O jovem do Nordeste que tem o sonho de ir à Disney não vai precisar ir a Miami, ele virá a Brasília.

E dizem que você está viajando?
Eles falam, mas olha como melhoraria a economia dos nossos restaurantes, criaria opções de lazer. Já chamaram meu avô de megalomaníaco quando ele falou que queria trazer o Metrô.


Novo para o Congresso

A partir das 15h desta terça-feira (21), a coluna entrevista o candidato a deputado federal pelo partido Novo, Rodrigo Freire, também presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF). Será a primeira vez do partido em eleições e, em seus quadros, vários empresários como Freire decidiram tentar a vida pública.

Alta nas vendas de lojas do DF
Lojistas do Distrito Federal estão otimistas quanto às vendas de setembro a dezembro. Depois da alta de 3% no faturamento para o dia dos pais, em agosto, eles acreditam que a expansão para o dia da criança atinja 3,4% e, para o Natal, 5,5%.

Questão de impostos
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Edson de Castro, argumenta que “todos os anos as vendas crescem no segundo semestre porque os impostos já foram pagos pelos consumidores, restando algum dinheiro para o consumo”. “E em ano de eleição circula mais dinheiro na economia, daí o otimismo moderado”, conclui.

Sequência
Com o patriarca da família afastado, o clã Roriz teve representatividade desde 2010 por conta de Jaqueline e Liliane Roriz. Este ano, três rorizistas de sangue, Roriz Neto (Pros) e Paulo Roriz (PSDB) como federais e Dedé Roriz (PHS) como distritais estão confirmados na disputa, enquanto a esposa do ex-governador pode entrar na briga como senadora.

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