O governador Rodrigo Rollemberg tem mantido agenda cheia. E em ritmo de campanha. Ontem, quando sancionou a Lei Orgânica da Cultura (LOC), fez discurso empolgado sobre o segmento e aproveitou para ressaltar dois “legados”, que ele chamou também de “saltos civilizatórios” do governo dele, bandeiras que devem ser sacudidas à exaustão, quando a campanha começar de fato: o fechamento do Lixão da Estrutural e a desobstrução da orla do Lago Paranoá.
1) Lixão
O segundo maior lixão do mundo “é uma ferida aberta no coração do País”, discursou. “E eu tenho muita convicção de que nós seremos a primeira unidade da Federação a fazer o encerramento do lixão no processo harmonioso com os catadores de material reciclável. Alugamos os galpões, compramos os equipamentos, as esteiras, as prensas, para que os catadores possam trabalhar com dignidade. E estamos pagando R$ 300 por tonelada de resíduos separados para poder aliar o fechamento do Lixão com a garantia de qualidade de vida aos catadores de material reciclável”, anunciou.
2) Orla
Ao desobstruir a orla, ele disse, é como se fosse uma continuidade da obra de José Aparecido, que foi o último governador que ousou a fazer e não conseguiu completar. “Muitos se acovardaram e não tiveram coragem de enfrentar essa questão”, disse. E fez promessa: “Este ano ainda, nós vamos devolver todo o Lago Norte, todo o Lago Sul, toda a orla do lago, a Península dos Ministros… para o desfrute da população de Brasília.”
Cobrança telefônica
Se está devendo o IPVA, então prepare-se para ver seu telefone tocar. É a Secretaria de Fazenda que implementou agora um serviço para cobrar, via telefone, os 65 mil contribuintes que devem o imposto de 2017 e de anos anteriores. A sorte do devedor é que a mensagem será gravada.
Eita!
Fala do deputado oposicionista Raimundo Ribeiro (PPS), durante comissão geral para tratar da situação dos médicos da saúde pública: “Governo foi feito para resolver problema e esse que tá aí não tem comando. Ele é lerdo, preguiçoso e nunca trabalhou na vida.”
Guerra de alfinetes
Depois da rejeição do título de cidadão honorário ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), na Câmara Legislativa, o deputado distrital Robério Negreiros (PSDB) saiu em sua própria defesa: “Ressalto que, quando resolvi indicar o nome do Doria, foi, principalmente, por ele ser o fundador e coordenador do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), uma organização pautada em princípios éticos, que busca o desenvolvimento econômico e social na construção de uma sociedade mais democrática e participativa.” E não perdeu a oportunidade de alfinetar: “Melhor que a indicação da bancada do PT no ano passado à ‘presidenta Dilma’.”
