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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Reguffe opta por manter independência

Arquivo Geral

05/11/2018 7h00

Marcos Oliveira/Agência Senado

O novo bloco de oposição em construído pelo PDT, PSB e PCdoB acenou para o senador Reguffe (foto), atualmente sem partido. As três agremiações querem construir uma alternativa para esquerda moderada longe do dito “hegemonismo” do PT. Contudo, o parlamentar brasiliense preferiu manter a independência no tabuleiro político.

Peso de 821 mil votos

“Minha posição é de independência, como sempre foi. Vou apoiar o for bom para a sociedade. E vou contra o que não for bom”, comenta Reguffe. Além das bandeiras da austeridade e do combate à corrupção, o senador tem o peso de 821.715 votos, conquistados nas urnas de 2014.

Na loja, vestida a caráter

Deputada eleita pelo Distrito Federal, Bia Kicis fez questão de comparecer à inauguração da loja Havan de Brasília. Estava vestida a caráter, com camiseta verde e amarela com frases de apoio a Bolsonaro, e cumprimentou o proprietário, Luciano Hang, dizendo que ele “não teve medo da perseguição que sofreu”.

Malas prontas

Bia Kicis deve se transferir para o partido de Bolsonaro, o PSL, já que seu PRP fez só quatro deputados e, assim, não atendeu à cláusula de barreira que já vale para o próximo Congresso. Bia fez campanha no Distrito Federal assegurando que era “a única deputada do Bolsonaro”.

Maior bancada

Transferências, como a de Bia Kicis, praticamente, garantem que o PLS se tornará o maior partido da Câmara dos Deputados, credenciando-se até mesmo para disputar sua presidência. O partido que elegeu maior bancada foi o PT, com 56 deputados, mas o PSL, em segundo, deverá receber a maioria das adesões dos eleitos por partidos que não atingiram o quociente. São nove partidos, que somam 34 deputados federais.

Encolhimento

O PT comemorou o resultado para a Câmara. Mas o partido já chegou a ter 102 deputados durante o primeiro mandato presidencial de Lula. Na eleição passada, elegeu 71, mas a bancada encolheu ao longo da legislatura e está hoje com 62.

Pequeno arisco

Mesmo com o futuro encolhimento, o PT não entrega os pontos. A legislatura atual instalou um ambiente muito forte de obstruções. Os petistas mobilizaram um pelotão de movimentos sociais para barrar a discussão do projeto Escola Sem Partido. A estratégia também inviabilizou a discussão da revisão da Maioridade Penal. Considerando a força onda conservadora nas urnas de 2018, o partido vai precisar vitaminar essa estratégia, se quiser ter o mesmo resultado em 2019. E vai ser bem difícil.

O “pré-quinhão” de cada um

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB/foto) conversará na tarde de hoje (05) com os partidos aliados. Eles vão se sentar à mesa para debater a composição dos núcleos de transição. Segundo o vice-governador e coordenador da transição, Paco Britto (Avante), não serão negociados cargos no próximo governo. “Palavras do próprio governador: Participar da transição não significa que vai ser secretário”, reforçou Britto. Obviamente, apesar do discurso oficial, grande parte das agremiações já sonha com espaços no GDF.

A todo vapor

Antes da resenha com os aliados, o governador vai avaliar a proposta do organograma de transição, desenhada pela equipe de transição. “Fechamos o trabalho da parte física e estrutural. Agora, o governador vai olhar tudo para saber o que deve ser mudado ou não. Queremos começar os trabalhos a todo vapor na terça-feira (06)”, comentou o vice-governador. Até semana passada, a transição flertava com o modelo de 18 núcleos temáticos. No caso das áreas mais densas, há possibilidade de subgrupos, como nos casos de Obras e das Estatais.

Primeira impressão

A primeira impressão será fundamental para a gestão de Ibaneis. Segundo o diretor do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP), Marcus Caldas, para preservar o capital eleitoral da urnas de 2018 o futuro governador precisa de bons acertos no primeiro de mês de governo. Desta forma, conseguirá prolongar a lua-de-mel política com o DF. Especialmente, pelo fato da influência e a velocidade das redes sociais, capazes de massificar resultados positivos ou agudizar falhas. Acertando, o emedebista tem chances de continuar nos braços do povo até o final de 2019. Errando, corre o risco de enfrentar o descontentamento popular no primeiro semestre do próximo ano.

Você não nomeia quem não pode demitir

O senador Cristovam Buarque (PPS) não pensa em assumir a Secretaria de Educação no futuro governo Ibaneis. O parlamentar já revelou a decisão para membros de seu núcleo político. Além disso, não pretende indicar nome algum para a pasta. Entre aliados e membros da equipe do emedebista uma eventual nomeação de Cristovam pode gerar mais ônus do que bônus. Afinal, para eles, na política, “você não nomeia quem não pode demitir”.

Educação

Buarque quer influenciar a política nacional, principalmente na discussão da educação pública. Por isso, hoje apresentará para Ibaneis o projeto Escola Ideal, de educação em tempo integral. Se der certo, será referência para o Brasil, da mesma forma como o Bolsa Escola foi.

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