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Do Alto da Torre
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Rede no bolso

Arquivo Geral

04/10/2018 7h00

Com pouca militância de rua previamente à campanha, Jair Bolsonaro (PSL) se popularizou na corrida pelo Planalto devido ao compartilhamento de notícias em redes sociais. Um estudo do Instituto DataFolha deu validade a essa tese ao divulgar, ontem, que mais de 60% dos eleitores do presidenciável de extrema direita se informam pelo Whatsapp. Dentre os usuários do Facebook, 57% admitiram ler notícias na plataforma. Entre os eleitores de Fernando Haddad (PT), 38% admitiram se informar pelo Whatsapp e, dos usuários do Facebook, 22% se informam pela rede.

Se não repassar em 1 dia…
Para agradar aos fãs que se espalharam nas plataformas digitais, Bolsonaro passou a dar vazão às chamadas “correntes de Whatsapp”. O candidato do PSL mirou o antipetismo, fortalecido após o governo de Dilma Rousseff (PT) e acertou em cheio um eleitorado que estava latente e, antes, se contentava em optar pelo PSDB.

Livro da polêmica
Não à toa, quando foi sabatinado pelo Jornal Nacional, Jair levou um livro de educação sexual que, segundo ele, estaria sendo distribuído para crianças na rede pública. Esse velho boato de rede social, porém, nunca foi verdade, mas virou ferramenta de campanha para ele. De repente, qualquer crítica a ele se tornou combustível para seus seguidores. E após o atentado em Juiz de Fora (MG), a situação se intensificou.

Atentado e #EleNão
Aproveitando o período de inatividade para recuperação médica que Bolsonaro teria, e tentando conter os previsíveis ganhos eleitorais que a facada traria, seus concorrentes passaram a focar nas mulheres, considerado um grupo de resistência por ele ter feito declarações controvertidas no passado. Surgiu daí o movimento #EleNão, que congregou pessoas de todas as vertentes. Mesmo assim, o tiro saiu pela culatra.

Só subindo
Uma análise do instituto Bites mostra que, nos últimos 30 dias, Bolsonaro agregou em sua página no Facebook 106 mil seguidores por dia. Desde o último sábado, após os manifestos presenciais do #EleNão, a adesão diária subiu para 163 mil (alta de 54%). Para o Bites, “o teto digital de Bolsonaro é imprevisível” e “o aumento do buzz de Bolsonaro nas redes tem relação direta com o sentimento antipetista.“ O fenômeno em torno do candidato precisa ser analisado.

Gabinete definido

Na onda da popularização de mandatos coletivos, o postulante a deputado federal Leo Borges (PSDB) lançou sua candidatura com o nome Seu Gabinete. A proposta é eleger dez nomes fixos que o ajudarão a, efetivamente, exercer o mandato. O tucano garante que todos são qualificados, como ex-auditores do Tribunal de Contas do DF (TCDF), advogados etc. “Uma pessoa é facilmente desvirtuável, o coletivo não”, defende.

Renovação

As candidaturas de Alexandre Guerra e de Paulo Roque têm recebido a maior atenção dentre os nomes do Novo que tentam inserir o partido no mapa político da cidade. Nos cargos proporcionais, porém, nomes como a da empresária Júlia Lucy, postulante à Câmara Legislativa, usam as redes sociais para encorpar suas campanhas. “As mídias fazem com que os eleitores realmente consigam acompanhar minha rotina. Muitos entram em contato comigo para sugerir propostas para o DF. Muitas de minhas propostas vieram desse contato”, revela.

Regu”Lira”riza

Lira (PHS) é uma das apostas de melhor recall em sua chapa. Para tentar alavancar a base de 11 mil votos de 2014, o candidato, cuja base está em São Sebastião, aposta no em regularização fundiária, também mote da campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB). Durante seu mandato, quase 5 mil moradores de São Sebastião receberam escrituras de seus imóveis.

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