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Do Alto da Torre
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Recorde da representatividade

Arquivo Geral

25/09/2018 7h00

Atualizada 24/09/2018 22h57

As pesquisas recentes mostram que mulheres estão bem cotadas para bater um recorde na Câmara Federal pelo DF. Se pelo menos três candidatas do sexo feminino forem eleitas este ano, será a maior quantidade de deputadas brasilienses na Casa desde que ainda era Assembleia Nacional Constituinte, em 1986. Em pesquisas recentes, os nomes de Celina Leão (PP), Érika Kokay (PT) e Flávia Arruda (PR) foram bastante lembrados pelo público, com nomes como Paula Belmonte (PPS), dona de uma campanha de muitos recursos, e Abadia (PSB), tentando o terceiro mandato, também com chances.

Clube do Bolinha

Em 1986, Abadia, eleita pelo PFL, e Márcia Kubitschek, então no PMDB, foram as representantes. Brasília teve duas deputadas na Câmara uma única vez depois disso, em 2010, quando Jaqueline Roriz, à época no PMN, e Érika Kokay (PT) se elegeram. Contando, portanto, a Assembleia Constituinte, foram 56 candidaturas masculinas eleitas pelo DF, contra apenas 9 femininas. Em 2006, Brasília não elegeu nenhuma mulher para a Casa. Não à toa, as postulantes estão enraizando suas campanhas em tentar fazer essa compensação histórica com pautas segmentadas.

A meia dúzia

Considerando que das 9 candidaturas de mulheres eleitas por Brasília, 3 foram reeleições, apenas 6 mulheres diferentes já representaram o DF no Poder Legislativo federal. Foram elas: Abadia, pelo PFL em 1986 e pelo PSDB em 1998; Márcia Kubitschek, pelo PMDB em 1986; Maria Laura Pinheiro, pelo PT em 1990 e 1994; Maninha, pelo PT em 2002; Jaqueline Roriz, pelo PMN em 2010; e Érika Kokay, pelo PT em 2010 e 2014.

Cristovam e Bolsonaro?
Agora que Rogério Rosso (PSD) fez juras de amor a Jair Bolsonaro (PSL), durante um ato de campanha em Vicente Pires, na manhã de ontem, o senador Cristovam Buarque (PPS), que tenta a reeleição, caminha ao lado de dois bolsonaristas confessos em sua chapa majoritária. O seu companheiro de postulação ao Congresso, Fernando Marques (SD), já havia acenado para Bolsonaro, o que torna Buarque um progressista, autointitulado vanguardista, no meio de dois liberais conservadores. A política é complexa mesmo.

Podemos conversar?

O presidente regional do Podemos, Marcos Pacco, que, no momento, ocupa a cadeira de Rosso na Câmara Federal como suplente, disse estar perplexo com a notícia. Segundo ele, Rosso não conversou com a coligação sobre a troca de apoio. “Vamos reunir a Executiva do partido, comunicar à Nacional, e esperamos que não seja simplesmente um ato político para atrair votos sem comunicar aos aliados. Seria no mínimo indelicado”, repudiou Pacco. O presidente do Podemos espera, porém, ouvir da boca de Rosso a oficialização da troca de apoio para depois agir.

Na cola do bacana

Rosso tem falado muito sobre “defender a família cristã” e coisas que se encaixam no discurso de Bolsonaro. Há cerca de um mês, o Podemos se gabava de que, apesar de ser uma legenda pequena, tinha emplacado apoio a Álvaro Dias enquanto nomes como Geraldo Alckmin (PSDB) lutavam por penetração no DF. Certamente as intenções de voto abaixo da crítica do candidato do Podemos, ante a popularidade e Bolsonaro no DF, tiveram sua culpa na perda do suporte. Assim, na chapa de Rosso, Bolsonaro, Álvaro Dias e Marina Silva têm apoio de algum dos integrantes.

Em busca de uma vaga
Fadi Faraj (PRP) tem seguido as orientações dos conservadores Magno Malta (PP), senador pelo Espírito Santo, e Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência, para moldar a própria candidatura ao Senado. Nas pesquisas de intenção de voto mais recentes, ele aparece em sexto lugar, com 6%, empatado, no limite da margem de erro, com Wasny (PT), que tem 11%, e Fernando Marques (SD), que tem 3%. “Essas pesquisas não refletem a realidade porque meu público é muito segmentado”, garante Faraj, que aposta em uma “grande surpresa” no dia 7 de outubro.

Cobra mais do que dá
Uma plataforma política defendida por Fadi Faraj é da redução da carga tributária. Ele garante que em 20 anos é possível represar os problemas atuais e resolver a questão. “Foram outros 20 anos de ideologias erradas no governo, que nos levaram a essa situação, que mantiveram as pessoas na pobreza. É preciso gerar mais emprego, mais renda para as famílias, porque a família é a base desse país, assim não precisaremos subsidiar tanto esses bolsa isso e bolsa aquilo e reduziremos a carga”, discursa.

Desde antes

Fadi se orgulha de apoiar Jair Bolsonaro “desde o começo”, antes de os outros candidatos passarem a atrelar suas imagens ao presidenciável do PSL por conveniência eleitoral – Rogério Rosso (PSD) foi o último a fazer isso. Faraj repete o discurso de “defesa da família”, argumentando que há doutrinação ideológica nas escolas e que é contra a “teoria de gênero”, que seria confundir a cabeça de crianças e erotizá-las. Veja mais na entrevista abaixo.

Wellington não veio…

Agendado para uma sabatina no JBr, com previsão de transmissão ao vivo nas redes sociais do Jornal, o deputado distrital Wellington Luiz (MDB), que quer renovar seu mandato na Câmara Legislativa, cancelou a entrevista de última hora. Conforme anunciado na coluna ontem, ele seria sabatinado às 15h, mas alegou “compromissos de campanha” que o impediram de comparecer. No mesmo horário, ele foi convocado pelo postulante ao Buriti do partido, Ibaneis Rocha, mas Wellington assegurou que o chamado não foi o real motivo do cancelamento. Não existe previsão para tentar novamente a sabatina.

… mas Abrantes virá

O deputado distrital Cláudio Abrantes (PDT), outro na luta para retornar à Câmara, será sabatinado hoje, a partir das 15h, nas mesmas condições que Wellington Luiz seria. Abrantes é outro opositor do governo Rollemberg, apesar de seu partido fazer parte da coligação do atual Chefe do Executivo.

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