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Do Alto da Torre
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Recall divino

Arquivo Geral

05/10/2018 7h00

Atualizada 04/10/2018 22h01

Deputado distrital mais votado em 2014, Júlio César (PRB, foto) surfou nas ondas certas para chegar a estas eleições como um nome praticamente garantido na Câmara Federal. Como ele foi da base do governo durante todo o mandato, inclusive assumindo a posição de líder de Rollemberg no Legislativo, teve facilidade para aprovar 58 projetos. Isso lhe deu gás junto a sua base evangélica, historicamente um grupo fiel aos nomes indicados, e hoje lhe permite fazer algumas previsões arrojadas. “Expectativa é de fazer 300 mil votos. Se superarmos 320 mil, entramos na briga por uma teceira vaga”, projeta.

Amigos e rivais
Diferentemente de outras coligações proporcionais, a que Júlio César está inserido é robusta, composta por PRB, Podemos, PPS, Solidariedade, PSC e PSD. Por isso, nomes fortes como o do candidato à reeleição Augusto Carvalho (SD) e do vice-governador Renato Santana (PSD) esperam se aproveitar da provável boa quantidade de votos para beliscar a segunda vaga. Inédita no pleito, Paula Belmonte (PPS) corre por fora, segundo Júlio César. “Acredito muito mais nas pessoas que já têm um nome conhecido. Ela ainda não fez nada pela cidade, mas vai agregar muitos votos para a coligação”, disse.

Uma pergunta para Júlio César
Se chegar à Câmara, qual sua prioridade a curto prazo?

Primeiro defender a família. Existem muitos projetos na Câmara Federal que afrontam a família. Existem muitas ideias, mas, nesse momento, precisamos ter a certeza que vamos chegar. Na Câmara Distrital sou campeão de projetos aprovados, e isso se deu após a nossa entrada e reconhecimento do rito.

Vai valer

O engenheiro Flávio Correia (PTB) teve a candidatura a deputado federal indeferida pelo TSE, segundo ele, por um erro do sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF). Por isso, apesar de, supostamente, estar impugnado, ele garante que a liminar de seu partido prevalecerá e seus votos serão válidos. Se eleito, pretende fazer valer leis já existentes mas não são observadas.

Duas perguntas a Flávio Correia

A chapa de federal é muito concorrida e deve ter grande renovação. Como competir com os caciques?
A gente quer uma mudança total da Câmara, porque os caciques que estão aí estão investindo em campanhas milionárias. Muita gente vai decidir deputado federal nos últimos momentos. Mais de 50% não decidiu seus cargos proporcionais.

Qual será sua plataforma política prioritária?
Existe um projeto de lei já aprovado sobre engeharia pública que o pessoal nao usa, nem o Executivo, apesar de existir exigência para ser aplicado. É como uma defensoria pública, que seria um departameto onde haveria engenheiros para dar à população de baixa renda acesso a um responsável técnico que possa orientá-lo e se responsabilizar por suas pequenas obras. Isso vai garantir que haja segurança na construção, até para não desperdiçar o pouco dinheiro que muitos têm. Isso pago pelo governo, na forma de lei.


O Judiciário e os outsiders…
Antes das eleições, a expectativa era quem seriam os outsiders, figuras que representam a novidade em um momento de alta rejeição dos políticos tradicionais. No plano nacional surgiu a pré-candidatura de Joaquim Barbosa, comprovando a boa imagem que o Poder Judiciário tem perante à opinião pública. Mas a candidatura dele não se confirmou.

…perto do poder…
No DF, Ibaneis Rocha entrou na disputa e em pouco tempo se transformou em líder isolado, comprovando esse cenário de apoio maciço aos outsiders. Ex-presidente da OAB-DF, o advogado está praticamente garantido no segundo turno, segundo as pesquisas.

…ou com chances
Já no Senado, há nomes com chances, como Leila do Vôlei, e egressos do Judiciário com boa chance. Caso, por exemplo de Chico Leite (foto), promotor de justiça do MPDFT e que, há 16 anos, tem atividade parlamentar e ficha limpa. Ele pode levar o segundo voto de muitos eleitores indecisos. Já outros nomes ligados ao Judiciário, como Paulo Roque e Juiz Everardo, tentam seguir na mesma linha, mas sem o mesmo sucesso.

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