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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Quando Agnelo ligava…

Arquivo Geral

30/11/2016 7h00

Atualizada 29/11/2016 21h52

Quando Agnelo Queiroz (PT) governava o DF, o relacionamento com deputados distritais da base seguia um ritual telefônico. Antes da discussão de um projeto importante para o Executivo, ele, pessoalmente, com ajuda do vice Tadeu Filippelli (PMDB), ligava aos aliados para sensibilizá-los para a aprovação da proposta. Duas vezes, pelo menos. Ou até ter certeza de que teria o apoio do parlamentar. Depois da aprovação, que sempre ocorria, uma terceira ligação: para agradecer o apoio. Naufragou o projeto de governo do petista, que nem sequer ao segundo turno das eleições conseguiu chegar. Mas se relacionou bem com a base na Câmara Legislativa, matéria que o governador Rodrigo Rollemberg parece não ter estudado. Patina muito a articulação da atual gestão. E não tem jeito de que vá melhorar.

Bate-boca

Virou bate-boca uma conversa entre a deputada distrital Telma Rufino e o secretário adjunto de Relações Legislativas, José Flávio de Oliveira, no plenário da Câmara Legislativa. A parlamentar, que voltou de licença médica antes do prazo estabelecido a pedido do governador Rodrigo Rollemberg, pediu ao representante do Palácio do Buriti que a ajudasse a reunir quórum suficiente para votar um projeto de autoria dela. Não gostou quando, em resposta, ouviu um grito de José Flávio. Exigiu respeito e deixou o Plenário pisando firme. O adjunto disse que falou com tom acima do normal porque faz uso de aparelho auditivo. Quem ouve o articulador do governo sussurrar nos corredores garante que ele consegue se comunicar bem e em voz baixa.

Imagina se fosse oposição…

Aliada de primeira hora do Buriti, Telma teria deixado o plenário “quase chorando”, conforme a deputada Celina Leão (PPS), que ocupou a tribuna para defender a colega.

Respeito

“Ele precisa respeitar os parlamentares. E não é a primeira vez que ele faz isso. A gente está ali é para somar. Sou a primeira que chega e a última que sai”, disse Telma, indignada. “Ele tem que trocar o aparelho (auditivo)”, sugeriu.

Mãos à obra

O deputado distrital Cláudio Abrantes (Rede) propõe o fim da mamata dos recessos na Câmara Legislativa. Conseguiu aprovar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica para que o ano legislativo inicie em 2 de janeiro no primeiro ano da legislatura – e não em fevereiro, como é praxe. Para o meio do ano, o deputado da Rede propõe que o recesso seja reduzido de 30 para 15 dias, em julho.

Cadê?

Não se sabe de onde saiu, mas tem circulado nos grupos de Whatsapp e nas redes sociais um texto intitulado “Onde anda o Reguffe?”. A mensagem chama a atenção para o sumiço do senador sem partido em acontecimentos recentes do Distrito Federal, a exemplo da greve da Polícia Civil e dos servidores da saúde, da crise da Câmara Legislativa, da enchente que varreu samambaia etc. “Ninguém sabe se apoia ou se é oposição ao governo; não se sabe se apoia ou se é contra a PEC que limita os gastos; ninguém sabe em qual partido está, ninguém o viu, ninguém o escutou”, diz o texto, que questiona ainda se o político ainda reside na capital e o que faz. “Reguffe fez pirilimpimpim e sumiu”, diz a mensagem.

Feriado. Pra uns

O Ministério Público e o Tribunal de Justiça do DF têm expediente normal hoje, mesmo com o feriado do Dia do Evangélico. Apesar de a data comemorativa ter sido instituída pela Lei 12.328/2010 – de alcance em todo o território brasileiro, o feriado é comemorado apenas no Distrito Federal, não se aplicando, portanto, aos órgãos federais.

Despedida

O desembargador José Carlos Souza e Ávila se despediu ontem da magistratura local, após 25 anos de dedicação. Ontem, ouviu dos colegas elogios à postura firme, serena, equilibrada, sensata, proba, corajosa, leal e idealista, na última sessão do pleno do Tribunal de Justiça de que participou, antes da aposentadoria.

Nem precisa votar resolução

Quando os senadores discutiam a emenda do teto de gastos, a senadora Gleisi Hoffmann fez um longo pronunciamento sugerindo que os cortes de despesas começassem pelo Congresso. Propôs que o Senado aprovasse resoluções para reduzir de cinco a quatro as passagens aéreas mensais, para cortar 10% das verbas de gabinete e para eliminar a assistência vitalícia de saúde. Dariam um sinal para a sociedade. O brasiliense José Antônio Reguffe conseguiu se apossar do microfone e engrenou uma segunda. Contou que abriu mão do plano de saúde dos Senadores no primeiro dia do mandato e em caráter irrevogável – “nem que eu queira, eu posso voltar atrás”. Além disso, fez uma redução, no primeiro dia do seu mandato, na verba de gabinete, “maior do que 50% – não são 10%, não; mais do que 50”% Revelou ainda que conta com apenas nove assessores no meu gabinete. Abriu mão de toda a verba indenizatória também no primeiro dia do mandato. Com isso, assegurou, proporciona uma economia direta aos cofres públicos de R$ 16,7 milhões. Os colegas mudaram de assunto.

Refis prorrogado

O governo Rollemberg prorrogou o prazo de adesão ao Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do DF, popularmente conhecido como Refis, para 16 de dezembro deste ano. É mais uma chance para quem está com o cinto apertado e pendências fiscais com IPTU, IPVA, ITCD, ITBI e ICMS e ISS. Ufa! Haja imposto sobre os ombros dos contribuintes. A prorrogação foi publicada em um decreto no Diário Ofical do DF. Quem quiser pode se regularizar nas agências da Receita do DF ou pelo site: www.fazenda.df.gov.br.

Negociação casada

O governo apresentou uma proposta para o pagamento da licença-prêmio convertida em pecúnia dos professores. O débito total beira R$ 40 milhões. Os pagamentos seriam realizados em 16 de dezembro e 16 de janeiro. O acordo foi encaminhado para o Sinpro. Mas o Executivo estabeleceu uma condição. Só poderá honrar o compromisso, se o novo projeto para remanejamento de recursos do Iprev seja aprovado na Câmara.

Presença

O deputado federal Rôney Nemer (PP) fez questão de estar presente na Câmara na tarde de ontem para falar com servidores e sindicatos. “Eu vim falar sobre o SLU. Ele teve o salário diminuído neste governo”, disparou. A queda salarial teria sido entre 45% e 50%. Nemer falou também sobre o Iprev. “Penso que o governo já usou esse artifício no passado. E com isso iria equilibrar as contas do governo. E o GDF não teve capacidade para fazer isso. Então não é agora que vai ter. Acho que tem que ter outra saída. E não no fundo que é do servidor público, feito para quando as pessoas precisarem. Acho errado”, ponderou.

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