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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Privatizado?

Arquivo Geral

23/10/2018 7h00

Atualizada 22/10/2018 23h53

Durante encontro com presidentes de cooperativas habitacionais do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) foi colocado em uma saia justa devido à transformação do Hospital de Base de Brasília em Instituto. Uma apoiadora discursava para os colegas sobre como achou maravilhoso ter ido ao hospital e ter sido atendida em menos de meia hora. “Agradeço muito o senhor por ter privatizado o Base”, concluiu a moça, ao que os olhos de Rollemberg quase saltaram da órbita.

100%

O governador agiu rapidamente, puxou o próprio microfone e repetiu rapidamente, feito mantra: “Calma, ele é 100% público e 100% gratuito. Cem por cento público e 100% gratuito”. A moça foi dispensada de continuar a fala logo em seguida.

Velha rusga

Quando propôs a transformação do HBB em Instituto, o governador rechaçou a pecha de privatização e combateu os adversários, como o SindSaúde, que criticavam a proposta.

Crescimento universal

A eleição de dois deputados distritais e um federal consolidou a curva de crescimento do Partido Republicano Brasileiro (PRB) no DF. Nascida em 2005 e fortemente identificada com a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), a sigla não teve representantes eleitos em 2006, mas a partir de 2010 aumentou sua rede de influência, tendo emplacado o pastor e radialista Evandro Garla na Câmara Legislativa e o segundo suplente do senador Cristovam Buarque (à época no PDT), o advogado Roberto Wagner. Em 2014, Júlio Cesar (PRB) foi o distrital mais votado.

União faz a força

Na última eleição, o apoio dos evangélicos representados pelo partido ajudou a eleger o governador Agnelo Queiroz (PT) e os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB) e Cristovam Buarque (PPS). A última legislatura também foi importante em questões estratégicas, já que a aliança com a Igreja Sara Nossa Terra, que no DF conta com nomes como o ex-deputado federal Bispo Rodovalho, fez com que o distrital Rodrigo Delmasso, eleito em 2014 pelo PTN, atual Podemos, se unissem ao PRB. Assim, o partido comandou uma bem sucedida chapa proporcional que elegeu o próprio Delmasso e o pastor Martins Machado para a CLDF, bem como o próprio Julio Cesar para o Congresso.

Cobrança

A característica dos deputados do PRB foi de pertencer à base governista. Foi assim com Agnelo e com Rollemberg, quando tanto Julio César quanto Delmasso foram líderes do Executivo no plenário, e deverá ser assim na próxima legislatura. Regionalmente, o PRB já declarou apoio ao atual líder nas pesquisas, Ibaneis Rocha (MDB), enquanto nacionalmente o partido também se aliou ao primeiro colocado nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL).

Condições perfeitas

Esse tipo de trânsito permitiu que Júlio César fosse o parlamentar com maior número de proposições apresentadas na CLDF na última legislatura. Segundo levantamento oficial feito pelo presidente da Casa, Joe Valle (PDT), no ano passado, das 55 proposições protocoladas pelo distrital do PRB, 39 foram moções, boa parte envolvendo o Poder Executivo. Ele ainda apresentou nove projetos de lei, dois decretos legislativos, dois requerimentos e dois vetos do governador, sendo o campeão de produtividade por esse quesito.

Quase jogou pro alto
Durante encontro com representantes de lojas maçônicas, na noite de ontem, Rodrigo Rollemberg mostrava um semblante cansado, em contraste com suas costumeiras aparições em público, e revelou que pensou muito em não se candidatar devido aos problemas de saúde na sua família. Segundo o governador, sua motivação para tentar um novo mandado foi “continuar seu trabalho ético” e “manter seu legado”.

Campelo em campo
No encontro na loja Aurora de Brasília, o único representante político além do próprio Rollemberg foi o ex-senador e ex-ministro do Tribunal de Contas do governo FHC Valmir Campelo, que fez largos elogios à honestidade do governador e defendeu as administrações regionais. Rollemberg agradeceu prometendo recompor o quadro de servidores efetivos nas administrações e os equipamentos para garantir maior autonomia aos órgãos.

Estudantes pela democracia

Hoje, às 14h, os alunos do Centro de Ensino Fundamental 04 (CEF 04) participarão da etapa de preenchimento de cédulas da Auditoria das Urnas Eletrônicas, a antiga “votação paralela”. Após o preenchimento, as cédulas – que contêm espaço para os números dos candidatos a governador e presidente – serão armazenadas em uma das urnas de lona utilizadas no procedimento de auditoria que ocorre no dia das eleições.

Faltou engajamento

Conforme o TRE-DF, a ação se deu porque, para a realização da auditoria das urnas eletrônicas, os 13 partidos políticos envolvidos no segundo turno foram convidados a preencher 2,6 mil cédulas e a levá-las a uma audiência pública no último dia 16, mas só foram entregues 600. Com base no percentual mínimo estabelecido pela legislação para a realização da auditoria, o número de cédulas necessárias é de 950. A tradição do Tribunal, neste caso, é marcar a audiência em uma escola pública, com o objetivo de envolver as crianças no processo eleitoral.

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