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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

PR, PRB e PTB juntos com Ibaneis

Arquivo Geral

18/10/2018 7h00

Atualizada 17/10/2018 22h34

Os diretórios regionais do PR, PRB e PTB planejam oficializar hoje o apoio a Ibaneis Rocha (MDB). Desfrutando de uma liderança confortável nas pesquisas de intenção de voto, o emedebista não está de olho apenas em novos palanques antes das urnas de 28 de outubro. Está preocupado com a transição de governo e a formação das bases de apoio na Câmara Legislativa, Câmara dos Deputados e no Senado. O ex-presidente regional da Ordem dos Advogados do Brasil também quer ter as bênçãos de protagonistas das três agremiações, a exemplo de Jofran Frejat (PR/foto).

R$ 1,4 bilhão na conta do DF
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB) conseguiu tirar da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) cujo texto retirava 10% do Fundo Constitucional do DF. Os recursos seriam remanejados para a Polícia Militar de municípios da Região Metropolitana. Pelas contas do tucano, recém-eleito para o Senado, o movimento iria privar das contas brasilienses R$ 1,4 bilhão por ano. Agora, o parlamentar negocia sepultamento definitivo do projeto.

Eles não
Desenha-se na Câmara Legislativa um quadro curioso: a maior parte dos novos deputados distritais eleitos quer o menor contato possível com os chamados veteranos. Assim, a pretensão de Rafael Prudente (MDB) de se tornar presidente da Casa esbarrará na resistência do grupo. Apenas Arlete Sampaio (PT), que volta ao Legislativo local, não tem grandes restrições aos oito veteranos – Reginaldo Veras, Delmasso(PRB), Chico Vigilante (PT), Robério Negreiros (PSD), Agaciel Maia (PR), Cláudio Abrantes (PDT) e Telma Rufino (PROS), além de Prudente.

Ele também não
Quem não esconde de ninguém que gostaria de sentar na cadeira de presidente é Roosevelt Vilela (PSB). Mas como vontade é coisa que dá e passa, ele não deve tentar este voo, ainda mais se as urnas confirmarem a vantagem de Ibaneis Rocha (MDB) sobre Rodrigo Rollemberg (PSB), apontada pelas recentes pesquisas. Um aliado do antecessor na presidência da Câmara Legislativa é tudo o que não deve ocorrer.

E no próximo episódio…
Em princípio, não deve dar nem Prudente, nem Roosevelt. Então, quem desponta para presidir a Casa? O grupo dos novatos não definiu nenhum nome – muitos preferem outros cargos na Câmara Legislativa, como presidências de comissões. Mas já sabe da sua força e que elege o presidente. Capítulos emocionantes aguardam a política local.

Sem troca de cargos
Alguns distritais de primeira viagem desejam um total descolamento do GDF. Vários revelaram à coluna que não querem, e nem pedirão, cargos ao futuro governador eleito, seja quem for. Bom sinal. Afinal, a autonomia e a independência entre os poderes é tudo o que o brasiliense mais deseja.

Homem-Ilha

O escritor John Donne escreveu que “nenhum homem é uma ilha”. Certamente ele teria repensado a frase famosa se tivesse conhecido Rodrigo Rollemberg (PSB). Com o anúncio de que Cristovam Buarque (PPS), derrotado na tentativa de reeleição ao Senado, também apoiará Ibaneis Rocha (MDB) no segundo turno para o Buriti, nenhum aliado de peso que levou o governador ao cargo em 2014 vai ajudá-lo desta vez. Pior: praticamente todos querem vê-lo derrotado.

Aliados que se vão…
Os três senadores que atualmente representam o DF no Congresso, Cristovam, Hélio José (Pros), suplente do próprio Rollemberg, e Reguffe (sem partido), já foram aliados do governador em algum ponto da caminhada, mas o abandonaram por motivos diversos. Dos oito deputados federais que se elegeram junto com Rollemberg em 2014, apenas Rogério Rosso (PSD) esteve junto do chefe do Executivo em algum momento, e eles se tornaram inimigos depois de dois anos. Os outros sete foram oposição ferrenha a Rodrigo.

…ao longo do trajeto

Na Câmara Legislativa do DF, Rollemberg conseguiu negociar cargos no governo e outros tipos de contrapartida para, ao longo dos últimos quatro anos, aprovar projetos de seu interesse, como a unificação dos fundos do Iprev e o Instituto Hospital de Base. Mas todas as votações foram acirradas e o governador sofreu derrotas expressivas, a mais simbólica nas eleições para a presidência da Casa. Ele apoiou Agaciel Maia (PR), seu líder de governo, mas Joe Valle (PDT), outro ex-aliado que se tornou opositor, venceu o pleito.

Quem sobrou?
Depois de alcançar o segundo turno, Rollemberg sofreu mais perdas expressivas. O candidato ao Senado Chico Leite (Rede) se ressentiu com a atenção especial destinada à bem sucedida candidatura de sua companheira de chapa, Leila do Vôlei (PSB), e saltou do carro em movimento. Restou ao atual chefe do Executivo, portanto, o apoio da senadora eleita Leila, único nome relevante que ainda sustenta Rollemberg, e do deputado federal eleito Professor Israel (PV), que nunca foi de subir muito em palanque pelos outros e por enquanto ajuda ao não atrapalhar.

Ex-amigos

Tivesse mantido as amizades, hoje Rollemberg poderia ter Cristovam Buarque, Rogério Rosso e Reguffe ajudando-o a enfrentar Ibaneis. Os quatro ex-aliados tiveram, somados, quase 1,5 milhão de votos entre 2014 e este ano e certamente fazem muita falta em uma realidade cujas pesquisas colocam o governador 50 pontos percentuais distante de seu objetivo de reeleição.

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