Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Ponte velha, briga nova

Arquivo Geral

07/11/2018 7h00

Imagem Ilustrativa. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu que a Ponte Honestino Guimarães deve voltar a ser chamada Ponte Costa e Silva. A estrutura havia mudado de nome em 2015, por força de um projeto encaminhado pelo distrital Ricardo Vale (PT) e, desde então, cidadãos insatisfeitos com a troca ingressaram na Justiça pela inconstitucionalidade do ato. A deputada federal eleita Bia Kicis, então na condição de promotora, foi uma das que mais brigou por isso.

Controvérsia? Não acho

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Kicis deixou claro que foi uma vitória para “lutar contra o comunismo” e celebrou que Costa e Silva volte a figurar na placa de identificação da ponte. Questionada se não era controverso ela, como parlamentar, defender um ex-presidente do regime militar e que mandou fechar o Congresso como primeiro ato de governo, ela se justificou: “Vivemos um regime em 1964 que teve apoio popular. As pessoas queriam que os militares tomassem conta”.

Por aí

Dos nove candidatos ao Buriti que ficaram para trás após Ibaneis Rocha (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) terem ido ao segundo turno, Alberto Fraga (DEM) foi o que mais recebeu atenção, por sua proximidade com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Rogério Rosso (PSD) ressurgiu para declarar apoio ao emedebista, enquanto os demais, vários deles sem carreira política para tocar, retomaram suas atividades corriqueiras.

Rotina

A professora Fátima Sousa (PSOL) teve de correr atrás de seus estudantes para colocar as orientações de mestrado em dia. Ao mesmo tempo, desde o fim do primeiro turno, participou de reuniões do diretório regional e nacional de seu partido que avaliaram seu desempenho como bom. “Sempre fui destemida, não consigo ficar quieta. Nunca fiquei”, respondeu, sobre os planos para os próximos quatro anos. Júlio Miragaya (PT), por meio de sua assessoria, informou que regressou ao Sebrae-DF, onde ocupa cargo de diretor técnico, e que “não há novidade sobre cargos ou funções que possa assumir futuramente”.

Vivo estarei

Alexandre Guerra (Novo) destacou que pretende fortalecer iniciativas para microempreendedores e continuar como conselheiro na rede Giraffas. Ele descarta assumir qualquer cargo no governo Ibaneis. “Não tenho interesse em fazer parte de algo em que eu não acredito”, disparou. O general Paulo Chagas (PRP), por sua vez, afirmou estar em militância pela aprovação do projeto Escola Sem Partido e revelou não ter qualquer plano para 2022. “Não sei nem seu eu vou estar vivo”, soltou, misturando ironia com doses de fatalismo. Que é isso, general?

Mudou, vice?
Apesar de Ibaneis representar a terceira vez que o MDB, antigo PMDB, tem um político no Buriti, desde o começo das eleições diretas para governador em Brasília, em 1990, o mesmo não pode ser dito do cargo de vice-governador. O novo segundo em comando do DF, Paco Britto pertence ao Avante, antigo PTdoB. Será a oitava sigla diferente a ter um representante no posto em 28 anos.

Primeira era

Em 1990, Márcia Kubitschek foi eleita vice-governadora pelo hoje extinto PRN, partido do presidente da época, Fernando Collor de Melo. Em 1994, a dobradinha puro-sangue com Cristovam Buarque colocou a petista Arlete Sampaio no cargo. Em 1998, com Joaquim Roriz de volta ao governo, seu vice foi Benedito Domingos, então no também extinto PPB. Em 2002, a reeleição de Roriz trouxe Maria de Lourdes Abadia, do PSDB, como vice.

Segunda era

A partir de 2006, ninguém mais se reelegeu e a troca de partidos para a vice-governadoria permaneceu. Naquele ano, o empresário Paulo Octávio, pertencente ao PFL, atual DEM, se elegeu ao lado de José Roberto Arruda, em outra chapa puro-sangue. Em 2010, Tadeu Filippelli, do PMDB, hoje MDB, se tornou a segunda pessoa mais importante da hierarquia do Executivo local. Em 2014, a campanha de Rollemberg trouxe Renato Santana, do PSD, como vice, em um dos casamentos que menos deu certo da história política da capital.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado