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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Pode não rolar reajuste, mas bacalhau…

Arquivo Geral

23/02/2018 7h00

Atualizada 22/02/2018 22h14

Nem só de política vive um homem. Para dar conta da rotina de trabalho, das conversas com os sindicatos, os servidores e a pressão do funcionalismo público atrás de benefícios atrasados e reajustes salariais, Rodrigo Rollemberg precisa estar bem alimentado. O Executivo autorizou a compra de bacalhau, frutos do mar, peixes, chocolates, polpas de fruta, castanhas, carnes, queijos e biscoitos. Serão R$ 20 mil por mês para abastecer a dispensa da residência oficial de Águas Claras. As compras, ao fim do ano, passarão os R$ 247,8 mil.

Os convidados agradecem

As guloseimas do poder, no entanto, não forram apenas o estômago do chefe do Executivo. Em certas ocasiões, os menus elaborados ficam para os encontros políticos. Representantes das administrações regionais, secretários de Estados, deputados, integrantes das forças de segurança do DF …

A pergunta que não calar

Mas mesmo com todo conforto proporcionado pelos 20 mil metros de área construída da residência oficial e essa dispensa robusta, Rollemberg usa com mais frequência, desde o começo do governo, o apartamento da mãe ou até mesmo uma sala de reunião no Buriti para os encontros políticos. Se o governador usa pouco a residência oficial, mora no Park Way e faz as reuniões, pelo menos a maioria delas, longe da casa de Águas Claras, quem come essa comida toda?

Apropriação, não!

Vinte quatro horas depois de preso, o ex-deputado João de Deus mandou um recado por meio dos advogados. Acusado pelo Ministério Público de Goiás de associação criminosa, João de Deus chamou a prisão temporária de “medida extrema desnecessária”. A defesa dele rebateu as informações do MP e disse que não há investigação de apropriação de recursos, mas, sim, de irregularidade na forma de pagamentos dos diaristas.

Saque só em Planaltina

Uma das justificativas de João de Deus na “confusão” de cheques, entre valores acordados e pagos, foi de que em Água Fria de Goiás, onde foi prefeito por duas legislaturas, não tem “estrutura bancária”. Para sacar valores ou realizar qualquer transação bancária, ele disse que era preciso ir até Planaltina de Goiás, cidade vizinha. A conta da prefeitura era no Banco do Brasil de Planaltina.

Menos, pessoal

Estão querendo tirar o senador Cristovam Buarque (PPS) do páreo a qualquer custo. Ainda fragilizado conta de pneumonia que atinge os dois pulmões, o senador deixou o hospital, mas não pode voltar a trabalhar. Permanece de atestado em casa. A situação já foi motivo para que alimentarem, nos bastidores, a informação de que Cristovam estaria com algo mais grave. Com saúde não se brinca.

Lixão da discordia

Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF entre janeiro de 2015 e novembro de 2017, André Lima, trabalhou na época em cima da desativação do Lixão da Estrutural. Hoje, afastado do Executivo, tem usado as redes sociais para criticar a forma com que o governo conduz o processo. Em época de pré-campanha, André, que é filiado à Rede, tem visitado os galpões de separação de resíduos, feito vídeos e jogado na internet. Mas nega que tenha fundo político. Está no seu papel de advogado, membro da comissão de Direito Ambiental e Sustentabilidade da OAB-DF.

Catadores à míngua

A principal crítica é quanto a inclusão dos catadores. Em um dos galpões, o de Ceilândia, a cooperativa que administra tem 1 mil catadores. Desse, 600 aderiram a proposta do governo de continuar operando no sistema de separação de resíduos. Mas apenas 350 deles estão no galpão trabalhando. “Não está chegando resíduos para eles. Sou a favor do fechamento do lixão, mas com a inclusão socioprodutiva dos catadores. Eles estão pagando para trabalhar para o governo, passando necessidade”.

Ruim da cabeça ou doente do pé

O secretário da Criança, Adolescentes e Juventude, Aurélio Araújo, parece não gostar muito de samba. Resolveu comemorar o aniversário no próximo sábado, no Merkadão Paulista, no Venâncio 2000, onde todos os sábados a programação é a mesma: samba e pagode até às 23h. Mas, especialmente para ele, o samba terminará mais cedo para entrar um pop rock, a partir das 21h.

Rollemberg é condição para Alckmin

A direção nacional do PSB impôs o apoio dos tucanos à candidatura do governador Rodrigo Rollemberg à reeleição como condição para retribuir e ficar com Geraldo Alckmin na corrida ao Planalto. Nenhum acordo foi fechado até agora, mas a simples possibilidade desse respaldo é relevante para o comando do PSDB. Os socialistas também querem apoio a seus candidatos aos governos do Espírito Santo, Tocantins e Minas Gerais. Essa é uma das complicações. O PSB lançou o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda ao governo de Minas, mas enfrenta resistência do PSDB local, que tem o senador Aécio Neves como principal líder.

São Paulo fica fora

Para surpresa dos próprios tucanos, o PSB não cobrou apoio em São Paulo. O vice-governador Márcio França, que assume o estado em abril, disse acreditar na candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria, ao cargo, mas afirmou não se incomodar com a hipótese de Alckmin ter dois palanques em São Paulo: o seu e o do próprio Doria.

Mãos no volante

Pelo dois parlamentares fazem manobras para assumir o volante da nova comissão de Transportes da Câmara Legislativa. Em uma das mãos, Cláudio Abrantes, atualmente sem partido, aproveitando a proximidade com os parlamentares do PDT, Rede e PV. No sentido oposto, Celina Leão (PPS) busca combustível nos distritais da oposição.

Nome e sobrenome

O Crea não quer ser oposição ao governo no caso da queda do viaduto. Mas a instituição está longe de buscar uma postura submissa ou omissa. A direção questionou oficialmente quem serão os responsáveis por cada passo da restauração da obra de arte viária da Galeria dos Estados. Quer nome e sobrenome de cada agente público.

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