Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Os salários fatiados

Arquivo Geral

23/08/2017 7h00

Atualizada 22/08/2017 22h07

O Jornal de Brasília já havia adiantado que o governo lançaria mão do parcelamento de salários para conseguir pagar os servidores públicos. O expediente já era cogitado há muito pela equipe de governo e já se sabia, internamente, que os vencimentos de agosto seriam prejudicados. Ontem, o governador Rodrigo Rollemberg alegou o famigerado deficit financeiro e apresentou um pacote de medidas para reverter o rombo no caixa, o que inclui o fatiamento dos salários. Agora, deputados e sindicatos se debulham em críticas ao anúncio e lá vai o governo se proteger atrás daquela plaquinha: “Pelo menos, estamos pagando”.

As greves

Depois do calote nos reajustes dos servidores, o parcelamento dos salários virou a pauta principal dos sindicatos, que ameaçam buscar a Justiça para reverter a decisão. E há um movimento unificado das categorias, que pretende engrossar para o lado do governo. E a população é quem vai sofrer com as greves, que podem vir dessa relação tão problemática entre Estado e servidor que o DF enfrenta nesta gestão. Já começaram a pipocar convocações para assembleias que podem resultar em paralisações. A culpa de não atender às demandas das categorias está na falta de dinheiro. E rombo quem deixou foi o ex-governador Agnelo Queiroz (PT), dizem os especialistas sentados em cadeiras de secretários.

Esqueçam as faixas exclusivas…

O governo vetou, a Câmara Legislativa derrubou, a lei entrou em vigor e os motoristas sempre em dúvida se poderiam ou não trafegar pelas faixas exclusivas de ônibus fora dos horários de pico. A dúvida agora acabou, porque o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF suspendeu, em caráter liminar, a eficácia da Lei Distrital 5.751/2016, de autoria da deputada Celina Leão (PPS). Com a decisão, o tráfego de automóveis nestas faixas volta a ser proibido e sujeito a multas até a análise do mérito da ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal.

…pelo menos por enquanto

A justificativa do Estado é de que a lei afronta diversos artigos da Lei Orgânica do DF, ao adentrar matéria de competência exclusiva da União de legislar sobre trânsito, bem como a competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo distrital para regulamentar a matéria. E apontou que o texto de Celina Leão causaria prejuízos à prestação adequada do serviço público de transporte coletivo, além de prejuízo financeiro estimado em cerca de R$ 10 milhões por ano.

Xilique

“Vossa excelência já está nos finalmente.” Foi assim que o deputado distrital Robério Negreiros (PSDB) finalizou uma sessão de ataques que fez ao colega Chico Vigilante (PT) na tribuna da Câmara Legislativa, ontem. Na pauta, as críticas do petista a uma proposta apresentada por Negreiros, empresário do ramos de “terceirizados”, que pretenderia trocar parte dos vigilantes da Câmara Legislativa por recepcionistas. A justificativa é de que isso diminuiria custos para a Casa. Vigilante disse que se recusaria a bater boca com o empresário-deputado. Foi aí que, visivelmente irritado, Negreiros deu uma tapa na mesa e deixou o Plenário em mais um típico xilique.

Decisão de cima

No vídeo em que faz a denúncia, Vigilante diz que trata-se de uma “caçada” aos profissionais na Casa. O documento, conforme o deputado petista, partiu da Segunda Secretaria da Mesa Diretora, que é comandada por Negreiros. “Já denunciei aos deputados Joe Valle e Wellington Luiz”, explicou Vigilante, que diz que jamais aceitará a “barbaridade”.

Mais acordo

Dentro daquele modus operandi em que se faz acordo para reverter os projetos barrados pelo Executivo, ontem, os deputados distritais aprovaram a derrubada de 22 vetos totais e parciais do governador Rodrigo Rollemberg a proposições de autoria de parlamentares. Com isso, os projetos serão promulgados e, depois de publicadas, tornam-se leis. Inclusive os que o governo considerou inconstitucionais, inclusive os que o governo apontou vício de iniciativa… Mas acordo é acordo, né?

Exemplo

Já passou pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) a Lei Orgânica da Cultura (LOC), que, segundo o presidente do colegiado Agaciel Maia (PR), coloca o DF como exemplo a ser seguido por todo o País. Na próxima semana, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, será apreciado no plenário.

Empresários em ação

Criado pelo empresário Edson de Castro, o grupo Empresários em Ação tem conseguido levantar e resolver demandas importantes para a capital, em parceria com alguns membros do governo, especialmente o secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Igor Tokarski, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Valdir Oliveira. Interlocutores dos empresários junto ao governador Rodrigo Rollemberg, eles vêm conseguido destravar importantes demandas da cidade. Exemplos disso são os encontros com a Agefis e o Ibram, dentro da pauta do Destrava Brasília, que encaminharam a solução de várias pendências.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado