Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Onde estará o governador?

Arquivo Geral

09/03/2018 7h00

Atualizada 08/03/2018 23h23

As viagens dentro do Poder Executivo para atender aos compromissos do governador e do quadro de secretários são comuns. O estranho é Rodrigo Rollemberg não querer que saibam onde ele vai e com quem. Seguindo ritos compatíveis com os da Polícia Federal e da Polícia Civil, quando precisam levar uma testemunha chave para depor, Rollemberg canetou decreto que permite ao Buriti tratar como sigiloso a concessão de passagens e diárias em deslocamentos do GDF.

Fugindo à regra

A publicação de ontem no Diário Oficial do DF altera o decreto 37.437/2016 ao incluir um novo parágrafo, libertando o Executivo da obrigatoriedade de discriminar quais assessores acompanharam o governador, em quais destinos e por quanto tempo.Deixaria de ser sigiloso após a viagem.

Resumão da obra

Fica permitida a informação de apenas um tipo de extrato, com apenas um resumo, número do processo secreto, em vez de todos os dados de transparência exigidos no decreto em vigor. Segundo o governo, é para garantir a segurança do governador, servidores e toda sua escolta.

Fechando a transparência

A mudança vale para viagens já feitas e para viagens futuras do governo. É prevista na Lei de Acesso à Informação, só não combina com o discurso de “exagerar na transparência”, bem batido por Rollemberg desde o começo do mandato.

Da água pro vinho

E olha que no começo de 2016 Rollemberg vetou os órgãos do governo de assumir compromissos onerosos com passagens aéreas, diárias , congressos…

Agenda viajada

Informações colhidas do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo) e obtidas pela coluna mostram que depois do dia 15 de janeiro, assessores do governador passaram 7 dias em Sergipe. Em outra viagem, três militares estiveram em Aracaju. Também em janeiro, depois do dia 17, passaram quatro dias em Campinas. Entre 20 e 23 de fevereiro, um capitão e um major foram à São Paulo. Até agora, foram empenhados R$ 20 mil em janeiro e R$ 20 mil em março para despesas em viagens nacionais do chefe do Executivo.

Treze tucanos e uma eleição

A Executiva Nacional do PSDB traçou planos de voo majoritários para 13 estados, inclusive no DF. Nesta fase pré-eleitoral, o presidente regional e deputado federal Izalci Lucas é o nome do partido para o Palácio do Buriti. Obviamente, São Paulo é principal bastião, dependendo da definição das prévias. Em Santa Catarina, a aposta é senador Paulo Bauer. Minas Gerais aguarda a resposta do senador Antônio Anastasia. O vice-governador de Goiás, José Eliton, será o nome das urnas goianas.

Reeleições

Os tucanos querem a reeleição em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reconduzindo respectivamente Pedro Taques e Reinaldo Azambuja. No Rio Grande do Sul o projeto será construindo em volta de Eduardo Leite. A cúpula espera emplacar o prefeito de Teresina, Firmino Filho, no comando do Piauí. Em terras maranhenses, o partido investirá no senador Roberto Rocha para assumir o Executivo. O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, terá suporte na disputa majoritária por Alagoas. Para Roraima, o nome será do ex-governador Anchieta Júnior. Em Rondônia, o tucanato correrá ao lado da deputada federal Mariana Carvalho pelo governo do estado.

Somas e subtrações

Os nomes foram definidos na manhã de ontem durante reunião da Executiva. As definições majoritárias são fundamentais para a definição do tempo de televisão regional e nacional. Nos cálculos tucanos para o projeto de eleição do presidente nacional e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para o Planalto, o PSB não entra nas projeções de TV. É uma conta dura. Este é mais fato desfavorável para as teses de uma aliança nacional ou de composições regionais, como é o caso do DF, onde o governador Rodrigo Rollemberg trabalha com afinco para ter o apoio dos tucanos.

O enigma Democrata

Por enquanto, o lançamento da pré-candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) para o Planalto não é interpretado como um ato de hostilidade pelos tucanos. O pré-candidato do PSDB, presidente nacional da agremiação, governador Geraldo Alckmin, foi convidado para o evento democrata e não foi por estar em viagem fora do Brasil. Pelo diagnóstico da Executiva, o movimento do DEM é para marcar posição e não interrompe conversas para uma composição ainda no primeiro turno. É diferente do PSB, onde a divisão do palanque é improvável. Os socialistas estão mais próximos de Ciro Gomes (PDT).

Discurso forte

Apesar da interpretação tucana, o discurso de lançamento de Maia foi duro e contundente, com forte apelo popular e para o mercado.

Conversa com MDB

Na Paraíba, a situação do PSDB está em aberto. O partido espera a evolução das prosas entre o senador Cássio Cunha Lima com a cúpula do MDB.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado