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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Oi, sumida

Arquivo Geral

15/10/2018 7h00

Atualizada 14/10/2018 21h06

A presidente do PT-DF e deputada federal reeleita Érika Kokay (foto) andava distante dos holofotes. Se a intenção era concentração total na própria campanha, deu certo. Ela se elegeu como a segunda mais bem votada, com 89,9 mil votos, atrás apenas de Flávia Arruda (PR), e vai para o terceiro mandato consecutivo na Câmara Federal. Com uma preocupação a menos, ela já prepara um movimento para o segundo turno.

Progressistas sem o Progressistas

Segundo Kokay, PDT, Pros, PCdoB e PSOL se juntarão ao PT para lançar uma frente regional de partidos progressistas, em virtude da disputa para a Presidência entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). O movimento deve ser oficializado ao final da tarde de quarta-feira (17), na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic. Mais siglas podem se juntar ao grupo, mas é certo que o único partido que tem progressista no nome, o Partido Progressista (PP), atualmente muito mais alinhado com Bolsonaro, não fará parte. Divertido, não?

Bem direto

“É uma frente ampla contra a candidatura fascista e em defesa da democracia”, explicou Kokay sobre o grupo em formação. Nas palavras da parlamentar, o objetivo é bem preto no branco: eles são a favor da candidatura de Haddad e contra Bolsonaro. “A eleição não está decidida. A candidatura fascista não nasce em oposição ao sistema, ela nasce de dentro dele. As posições que Bolsonaro defende são as mesmas que o Michel Temer (MDB) defende. Ele é um fiel escudeiro de Temer”, criticou.

Em Brasília

No caso específico do DF, o PT começa a definir a posição no segundo turno hoje. Pessoalmente, Kokay definiu rejeição aos dois candidatos, Ibaneis (MDB) e o postulante à reeleição Rodrigo Rollemberg (PSB). “É inexplicável, injustificável que alguém que se diz defensor da democracia não se posicione em frente às ameaças que são postas ao Estado Democrático de Direito”, criticou a deputada, em referência ao posicionamento neutro do atual Chefe do Executivo sobre a disputa presidencial e ao aceno do emedebista para Bolsonaro.

Novas contradições

Em seu terceiro ano de existência, o Novo conseguiu eleger 20 deputados pelo Brasil, incluindo um no DF, e viu seu candidato ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema, alcançar o segundo turno contra Anastasia (PSDB). O partido apostou na desilusão do eleitorado e conquistou apoio prometendo ser contra “conchavos com a velha política”. Portanto, a aproximação de Zema com o concorrente derrotado Fernando Pimentel (PT), com direito a vídeo gravado, deixou os correligionários de cabelo em pé.

Não é bem assim

Zema (foto) tratou de colocar panos quentes na situação, dizendo que vai pedir apoio a todo mundo, e seus aliados reforçaram o discurso. Candidato do Novo ao Governo de Brasília, Alexandre Guerra afirmou que “quem quiser apoiar o Zema vai apoiar”. “Isso não significa se aproximar no sentido de compartilhar o projeto de governo. Não fizemos isso no primeiro turno e não faremos esse tipo de aliança para o segundo”, prometeu.

The Wall entre Leite e Rollemberg

O clima político do show de Roger Waters em Brasília, no último sábado, não foi tenso só pelo confronto entre #EleNão e #EleSim na plateia. Os ex-aliados Chico Leite (Rede), derrotado na disputa pelo Senado, e Rodrigo Rollemberg, que luta para reverter a vantagem obtida por Ibaneis no segundo turno da briga pelo Buriti, estiveram na apresentação do músico britânico. Encontrado pela coluna, Leite reclamou da postura do governador com seus aliados e reforçou a noção de que foi desprestigiado na coligação de Rollemberg. Sobre o show, o deputado da Rede aguardou ansiosamente por ‘Comfortably Numb’, que só foi tocada após três horas.

Ele foi visto

A coluna não encontrou com o governador no show, mas soube que ele estava lá pelo relato de alguns frequentadores que relataram terem-no avistado no banheiro do Mané Garrincha e depois andando. A assessoria de Rollemberg confirmou que ele estava lá. O show acabou por volta da 1h e a agenda do candidato do PSB começou às 8h em Taguatinga.Foi um domingo de pouco sono para o postulante à reeleição, certamente.

Tapetão ou justiça?

Dois movimentos buscam alterar o resultado promulgado pelo TSE para as eleições proporcionais do DF. Um deles é de um advogado que representa dois candidatos a deputado federal derrotados, Laerte Bessa (PR) e Professor Pacco (Podemos) , e cinco distritais que bateram na trave, Dr. Gutemberg (PR), Véi da 12 (PMN), Wellington Luiz (MDB) e Jabá (PTC). Eles querem que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) julgada pelo ministro do Supremo Dias Toffoli seja aplicada na apuração do pleito de 2018. Com isso, partidos que não atingiram o quociente partidário não poderiam ter direito às sobras e os nomes eleitos mudariam.

Esperançoso

Outro movimento é do PTB-DF, que teve 31 candidaturas indeferidas pelo TSE por não terem conseguido provar, no prazo, a filiação de seus postulantes. A Corte vai julgar, a partir desta semana, se aceita o recurso da defesa do PTB, que alega ter havido falhas no próprio sistema do Tribunal. Se a desculpa dos trabalhistas colar, Jaqueline Silva toma o lugar de Telma Rufino (Pros) na Câmara Legislativa.

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