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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

O caso dos dez ministros

Arquivo Geral

05/12/2018 7h00

Atualizada 04/12/2018 23h46

O atual ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil do presidente Michel Temer (MDB), Valter Casimiro Silveira, será o secretário de Mobilidade do governo de Ibaneis Rocha(MDB). Assim, o novo chefe do Executivo local contará com 10 egressos de ministérios de Temer para comandar a cidade, ao menos nos primeiros meses.

CV em anexo

Silveira é, desde 2006, servidor de carreira do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), onde exerceu cargos de coordenadoria e de direção. Segundo seu currículo, disponibilizado no site do ministério que ainda comanda, ele possui especializações e graduações em diversos cursos de administração e orçamento. Já foi supervisor da Diretoria de Administração Financeira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No governo Temer, ele se tornou ministro por indicação do cacique do PR, Valdemar Costa Neto.

Técnico, político, técnico

A pasta dos Transportes no DF, renomeada para Secretaria da Mobilidade no começo da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB), contou com a indicação técnica de Carlos Tomé, servidor do Senado, nos primeiros meses de 2015. Menos de um ano depois, no entanto, o braço direito do governador, Marcos Dantas (PSB), assumiu o posto, sendo substituído, após 12 meses, pelo adjunto Fábio Ney Damasceno, que ainda exerce a função.

Mostra o seu que eu mostro o meu
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) resolveu participar das investigações que acontecem no âmbito da Operação Conexão Brasília, deflagrada no último dia 29 por uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). O órgão pediu compartilhamento de provas e o MP prometeu “encaminhar a solicitação para exame judicial”. O Conselho também afirma querer revelar informações próprias sobre o caso.

Não deu check-in

O Cade também pediu para saber mais sobre a Operação Checkout, deflagrada em junho deste ano. Tanto esta última quanto a Conexão Brasília investigam fraudes em contratos e licitações na Secretaria de Saúde entre 2013 e 2014, durante a gestão de Agnelo Queiroz (PT). Em ambas, servidores da pasta foram detidos e, recentemente, os ex-secretários Rafael Barbosa e Elias Miziara também foram presos.

Calendário Maia
Para que as Medidas Provisórias assinadas por Michel Temer (MDB) ontem, além de outra anunciada para a próxima semana (leia mais na página 8), tenham eficácia definitiva, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), precisa colocá-las em votação em até 45 dias. As MPs passam a gestão da Junta Comercial do DF para o Governo de Brasília, criam a Região Metropolitana do DF e permitem à cidade receber R$ 300 milhões do Governo Federal para investir em Saúde.

Idas e vindas

Por conta disso, o governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) incluiu visitas a Maia no seu calendário de peregrinação política nas últimas semanas. Ele também esteve com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, outra figura importante no processo. A pauta precisa ser igualmente votada na outra Casa do Congresso antes de se submeter à sanção presidencial.

Olha, olha a água mineral
O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) rejeitou, na tarde de ontem, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn), movida pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) contra a Lei Distrital nº 1.954/1998. Em bom português, os empresários não queriam mais ser obrigados a dar água potável de graça para os clientes – sim, isso existe no DF. Segundo o TJ, a entidade alegou que a lei “criou um ônus injustificado para os estabelecimentos, prejudicando suas atividades e lhes causando prejuízos”.

Meio cheio

Bom, enquanto os donos de restaurantes querem convencer a Justiça que um copo d’água prejudica os donos de restaurantes, o Tribunal fez questão de salientar que a Mesa Diretora da Câmara Legislativa do DF (CLDF), o governador Rollemberg, a Procuradoria Geral do DF, bem como o MPDFT são a favor da água grátis. Ah, e a população também.

Resultado líquido

O esforço do DF para receber o 8º Fórum Mundial da Água, em abril de 2018, teve sua recompensa política. A realização do evento aconteceu mesmo em meio a um racionamento e ainda em recuperação de caixa, mas não foi pelo drible à ironia que a recompensa chegou. A construção da chamada Vila Cidadã fez com que o Conselho Mundial da Água indicasse para o Comitê Diretor da entidade global o presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), Paulo Salles. Ele é conhecido como “Profeta” nos bastidores, por conta de seu visual Velho Testamento.

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