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Do Alto da Torre
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Juntos mais ou menos

Arquivo Geral

06/08/2018 7h00

Atualizada 05/08/2018 21h04

Há cerca de duas semanas, PCdoB e PPL assinaram um termo de colaboração que estabelecia, como o presidente regional do PPL João Goulart Filho e o dirigente do PCdoB-DF, Augusto Madeira (foto) definiram, que “para onde um fosse, o outro iria também”. Só que neste fim de semana o PCdB voltou ao palanque de Rollemberg, enquanto o PPL fechou com o grupo de Ibaneis Rocha (MDB). “A gente tinha combinado que faríamos o possível”, se esquivou Madeira. Segundo ele, a boa relação entre ambos os partidos continua, apesar dos rumos distintos, e a estratégia nacional da outra sigla atrapalhou a intenção de se unir. “Fomos avançando nos nossos caminhos e cada partido teve suas estratégias, suas demanas na chapa. Eles querem lançar um nome par aa presidência”, explicou o presidente do PCdoB.

Carne e unha
À época da divulgação do acordo entre os dois, eles cogitavam até lançar uma chapa entre eles com nome próprio para disputar o Governo de Brasília. A ideia não vingou, alguns dias depois, eles tomaram a iniciativa de chamar o PT e o PDT para conversar sobre uma possível união. O encontro não aconteceu porque todo mundo se atrasou e o desenho de coligação sequer chegou ao papel devido à indefinição pedetista e à aspiração petista.

Mais presidente que palanque
Com a ida do PCdoB para a coligação que busca a reeleição de Rodrigo Rollemberg, três presidenciáveis terão palanque na chapa que conta com PSB, PV, PCdoB e Rede. São eles Ciro Gomes (PDT), que sempre foi a preferência de Rollemberg, Marina Silva (Rede), que também já teve as portas abertas pelo governador, e Manuela D’Ávila (PCdoB), que ele pouco mencionou, mas o presidente regional do PSB, Tiago Coelho, assegura ter espaço. “Se os colegas seguirem com esse pleito (de colocar Manuela no palanque), não temos por que fazer distinção. PSB nacional orientou liberdade para os diretórios regionais e, como os três têm perfis democráticos e progressistas, não há conflito”, garante.

Coerência para que?
As redes sociais são o primeiro campo de batalha dos partidos e candidatos atrás de apoio. Alguns grupos ou páginas ligadas a comunidades das regiões metropolitanas já se mobilizam em uma espécie de pré-campanha e, nesse meio, algumas publicações são curiosas. Uma página ligada a Planaltina, por exemplo, apoia o deputado distrital Agaciel Maia (PR), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Por mais que Agaciel tenha sido o último líder do Governo na Câmara, nenhum desses nomes caminhará com o outro nestas eleições. Apenas uma amostra da provável bizarrice que vai tomar as redes a partir da metade deste mês.

Pesquisa não ganha eleição
Ibaneis Rocha (MDB) não está ponta das pesquisas de intenção de voto na disputa pelo GDF. Mas nem por isso o presidente regional do MDB e candidato a deputado federal Tadeu Filippelli (foto) não desanima. Muito pelo contrário. “Claro! Se pesquisa fosse a última palavra não precisaria ter a eleição. Pegava a pesquisa quem estava na frente e proclamava vencedor. Não é o caso”, argumenta. Segundo o cacique, campanha se ganha é na rua, brigando a cada dia até a votação nas urnas.

Crescimento
“E se fosse mesmo pesquisa que ganha a eleição, a gente já poderia começar a comemorar a vitória. Na semana passada o Ibanies estava com 0,7% e agora já está 1,4%. No tracking diário está crescendo 2,1%. Nesse crescimento, já teria como comemorar a vitória do Ibaneis”, brinca. Na avaliação de Filippelli, a pulverização do campo liberal e conservador abriu realmente brecha para um suspiro da candidatura da situação governista. Contudo, a eleição será fatalmente de dois turnos. E no segundo turno, a direita terá plenas condições de uma reconciliação.

Sintoma
O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), tinha todos os predicados para ser uma nova referência para o campo progressita no DF. Não como protagonista hegêmonico, mas como uma opção competitiva e com conteúdo. Afinal, Valle é um personagem com qualidades de gestão e articulação política. Prova disso, foi a vitória na eleição da presidência da Casa, batendo inclusive o próprio governador. Neste contexto, o anúncio oficial de desistência de qualquer candidatura do parlamentar é mais um sintona de que algo não vai muito bem na esquerda brasiliense.

Diplomático
No lançamento da candidatura de Rogério Rosso (PSD) para o GDF, o presidente nacional do Partido Social Democrático, Gilberto Kassab, evitou criticar o PSDB. O dirigente se limitou a dizer que “lamentava” a saída dos tucanos da Aliança Alternativa.

Não somos apêndice
O presidente regional do PSC, Zenóbio Oliveira Rocha, ao ratificar a coligação com MDB, PP, PSL, PPL e Avante alfinetou os antigos aliados da Aliança Alternativa. “Não somos apêndice”, dispara.

Suplente

Mais um empresário que entra na disputa eleitoral. O empresário Álvaro Silveira Júnior será suplente do candidato ao Senado Federal, deputado distrital Chico Leite (Rede). Ele sempre militou pela defesa do interesse do Setor Produtivo do DF. Foi Presidente do CDL e vice-presidente do Sincofarma. Hoje, é diretor do Sindatacadista e da Fecomércio.

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