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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Investimento na feira

Arquivo Geral

16/10/2018 7h00

Atualizada 15/10/2018 23h08

Desde o período de pré-campanha as feiras do Distrito Federal se tornaram trincheiras eleitorais. O apoio de líderes das associações foi mais disputado do que o de muito sindicalista. Não à toa, quando o período eleitoral começou oficialmente, toda feira da cidade ficou parecendo linha de chegada de corrida da Fórmula 1, com bandeirada até na entrada do estacionamento.

Haja sola

Rollemberg tem investido bastante nas caminhadas às feiras e acenado com várias propostas aos comerciantes (veja mais na página 5). Desde a quinta-feira passada, o candidato a reeleição visitou, na sequência, a Feira Permanente de Sobradinho, a Feira do Bicalho, em Taguatinga, a Feira do Produtor de Vicente Pires, a Quituart no Lago Norte, e, na manhã de ontem, se reuniu com feirantes em seu comitê. Haja sal de frutas para o tanto de pastel que ele deve ter comido.

Pra não ficar para trás

Ibaneis (MDB) não teve a mesma frequência em feiras que seu concorrente, mas também percorreu a cidade. No sábado, esteve na Feira do Guará, no domingo visitou também a Feira do Bicalho, em Taguatinga, e, no mesmo dia, a Feira da Torre, no Eixo Monumental. Se já existe bancada da Bíblia e da Bala no Legislativo, definitivamente falta a bancada da Feira.

Medalhões desgastados

O resultado das votações no DF, especialmente para os cargos proporcionais, derrubou muita figurinha carimbada. Nomes conhecidos foram preteridos por novidades e mesmo aqueles com apoio expressivo foram traídos pelo cálculo eleitoral.

Para onde foram os votos?

O ex-presidente da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PDT, foto), que abandonou o Cabo para este pleito, recebeu 1.482 votos. Tentando a reeleição, Lira (PHS) suou para conseguir 3.061. Com três candidaturas ao Governo de Brasília em seu currículo, maior número ao lado do falecido ex-governador Joaquim Roriz e do atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), Toninho (PSOL) teve desempenho igualmente ruim, com 3.272. Nenhum deles passou nem perto de conseguir cadeira na Câmara para a próxima legislatura. Considerando que Cristiano Araújo (PSD) tentava o quarto mandato, os 8,6 mil votos obtidos também significaram decepção.

Subiu, mas não deu

Em compensação, outros nomes com boa votação não evoluíram sua base o suficiente e ficaram de fora do mesmo jeito. Foi o caso de Luzia de Paula (PSB), que em 2014 foi a deputada eleita com menor quantidade de votos para a Câmara Legislativa, com pouco mais de 7 mil. Desta vez, ela alcançou 9.482 votos, mas não se elegeu por ter ficado atrás de dois companheiros de chapa. Caso parecido com o de Wellington Luiz (MDB), atual vice-presidente da Casa, que teve 11,6 mil votos, mas foi defenestrado em detrimento a Rafael Prudente (MDB), que liderou a coligação. Citando Muricy Ramalho, a bola pune.

Verba indenizatória na corda bamba
O brasiliense quer sepultar a verba indenizatória na Câmara Legislativa. Vinte mil cidadãs e cidadãos assinaram o projeto de lei de inciativa popular Câmara+Barata. Além do fim do recurso parlamentar, o texto também determina a redução da verba de gabinete. Hoje, o documento será protocolado na Casa. Pelas contas dos organizadores do movimento, a economia anual será de R$ 75 milhões.

Base popular

O projeto possui o apoio parlamentar do presidente da Câmara, deputado Joe Valle (PDT), mais Reginaldo Veras (PDT), Chico Leite (Rede), Israel Batista (PV), Liliane Roriz (Pros), Raimundo Ribeiro (MDB), Ricardo Vale (PT) e Rodrigo Delmasso (PRB). Os recém-eleitos Júlia Lucy (Novo) e Leandro Grass (Rede) também acenaram positivamente.

Casa de ferreiro…

O corte da verba indenizatória é bem visto pela população. Na frente de uma câmera, a maioria dos distrais concorda com o enxugamento de gastos. Mas na política real, sem filtros, grande parte dos distritais não quer abrir mão da rubrica.

E tinha um esgoto no meio do caminho
Ibaneis Rocha (MDB) nem precisou de muita criatividade para alfinetar o concorrente Rodrigo Rollemberg (PSB) durante a carreata no Riacho Fundo I na manhã de segunda-feira (15). Um ponto de esgoto transbordava, corria e fedia pelas ruas da cidade. O emedebista fez questão de aproveitar o presente e criticou o adversário sem dó e nem piedade.

Brasília é uma festa
Tido como um dos principais aliados da campanha de reeleição de Rollemberg, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Valdir Oliveira (foto), postou nas redes sociais uma citação imortalizada pelo escritor Ernest Hemingway. Abre aspas: “Quem está nas trincheiras ao teu lado? E isso importa? Mais do que a própria guerra”.

Fake News e Kit Gay
A insistência do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de falar sobre o chamado “kit gay” fez com que 61 mil pessoas assinassem uma petição pública online para cancelar o registro do candidato de extrema direita. O texto de explicação do documento cita o Art. 222 do Código Eleitoral (Lei 4737/65) para implicar que a campanha de Bolsonaro está “viciada de falsidade, fraudes, coação”.

Vantagem indevida

A explicação prossegue para dizer que ao tocar reiteradamente no assunto do ‘kit gay’, que na verdade trata-se de um livro sobre educação sexual nunca distribuído na rede pública, o candidato induziu os eleitores ao erro. “Essa noticia falsa é considerada o carro chefe da campanha do presidenciável, por gerar medo e preocupação em relação a educação de seus filhos na escola […] garantindo-lhe vantagem em relação aos demais candidatos”, diz o texto. Dificilmente vai colar.

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