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Do Alto da Torre
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Haja Saúde

Arquivo Geral

30/11/2018 7h00

Atualizada 29/11/2018 22h41

Enquanto Osnei Okumoto era anunciado como novo secretário de Saúde, Rafael Barbosa e Elias Miziara eram presos preventivamente na DPE para esclarecerem suas supostas participações em um esquema de fraude bilionária. Apesar de a operação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) remeter a irregularidades cometidas antes de Rollemberg assumir, os problemas e indícios de irregularidades também aconteceram na atual gestão. E, o pior, de todos os lados.

CPI draconiana

Em 2016, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, fez um rebuliço na cidade com denúncias de um suposto esquema de propina na Secretaria de Saúde. As suspeitas foram lançadas sobre os gestores, sobre o vice-governador e até sobre a primeira-dama, Márcia Rollemberg. O fato gerou a CPI da Saúde, que perdeu muita força apenas alguns meses depois com a deflagração da Operação Drácon. As investigações conduzidas pelo MPDFT fizeram com que vários parlamentares que conduziam a Comissão tivessem de se afastar.

Nada com ninguém

Da CPI, gerou-se um relatório que pouco ou nada impactou no governo. A Drácon investiga supostos pedidos de deputados para receber propina em troca de destinação de sobras orçamentárias da casa para empresas específicas da Saúde. Os mais atingidos foram Celina Leão (PP), que perdeu a presidência da Casa na época, e Cristiano Araújo (PSD). Eles sempre negaram as acusações, delatadas pela distrital Liliane Roriz (Pros).

Privada mesmo

Ainda houve operações periféricas que, indiretamente, afetaram a oferta de Saúde na cidade. Um exemplo foi a operação Mr. Hyde, que investigou uma máfia responsável por indicar o uso de órteses e próteses sem necessidade para lucrar com as operações, muitas vezes se valendo de produtos inadequados. Um servidor da Saúde, que trabalhava no Instituto Hospital de Base, foi afastado por suspeita de participação. Ele foi posteriormente inocentado por falta de provas. O pepino é gigantesco.

Surpresinhas

O anúncio de Osnei Okumoto como novo secretário de Saúde gerou surpresa tanto no Sindmédico quanto no SindSaúde. Ambas as entidades, duas das mais representativas relativas à área no DF, soltaram notas admitindo que não esperavam a indicação e confessaram, sem medo algum de transparecer o ressentimento, que esperavam a confirmação de algum servidor de carreira de Brasília para assumir a pasta.

Se só tem tu, vai tu mesmo

Por meio da nota no site oficial do SindSaúde, a presidente Marli Rodrigues disse esperar que “ele tenha diálogo com a classe trabalhadora”, pois “temos muito o que conversar”. O texto na página do SindMédico, por sua vez, adotou tom mais áspero e garantiu que “não abrirá mão de sua independência” e que não hesitará em exercer “papel de crítica e de oposião” caso seja necessário.

Sugestões do comércio

O futuro secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE) do GDF, Ruy Coutinho, teve uma longa conversa com o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, de quem recebeu uma sugestão: a Junta Comercial do DF e a Central de Aprovação de Projetos deveriam passar para a órbita da sua SDE. O objetivo seria maior agilização de programas que poderão impulsionar o crescimento do Distrito Federal. “Precisamos reduzir a burocracia para expandir a economia” resumiu Edson de Castro. Ele disse, ainda, que “Ruy Coutinho é uma personalidade identificada com Brasília há mais de 45 anos. Trata-se de um expoente da economia que será extremamente importante para o governador Ibaneis Rocha”, afagou.

R$ 5 mil tons de Gleisi

Uma suposta inconfidência sobre a intimidade da senadora e atual presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, com um amante ganhou espaço em um punhado de blogs obscuros no começo deste ano. Um deles foi alvo de ação da cacique petista e, ontem, a juíza substituta do 4º Juizado Especial Cível de Brasília condenou o jornalista Nélio Raul Brandão a pagar indenização de R$ 5 mil por danos morais, “em virtude de matéria ofensiva publicada”. Cabe recurso.

Marquês de Romano

O texto que motivou a ação não tem autoria definida e foi reproduzido em milhares de outras páginas. Além de detalhes românticos da suposta aventura sexual da senadora com o advogado Alexandre Romano – ela é casada com o ex-ministro Paulo Bernardo –, a redação fala em “fantasias eróticas” para inferir que Hoffman é ninfomaníaca ou algo assim. A publicação não cita fontes, não precisa datas nem locais e, de modo geral, parece inventada. Se houver alguma verdade na história, no mínimo faltou apuração.

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