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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Estrada da redenção

Arquivo Geral

06/09/2018 7h00

Atualizada 05/09/2018 22h48

Peniel Pacheco (PDT) ficou chateado com o diretório regional do seu partido pelo modo como foi descartado da disputa política. Aos 60 anos ele diz ser cedo, no entanto, para pensar em aposentadoria da vida pública e garante que vai trabalhar pela reestruturação do PDT-DF nos próximos quatro anos. Na visão de Peniel, a sigla está “esfrangalhada” após as manobras durante a pré-campanha. “Não dá para ficar lamentando a vida inteira. Temos que ver como se comporta a sociedade brasileira em relação a nossa candidatura e ver quem terá chance (para 2022). A partir daí, temos que juntar o que sobrou para poder avaliar”, desenha.

Sem preferência

Há algumas semanas, Pacheco era pré-candidato ao Governo de Brasília na chapa natimorta de seu partido. À sua revelia, o diretório regional pedetista foi obrigado a coligar com a coalizão de Rodrigo Rollemberg (PSB) e sua candidatura, que já não havia decolado, explodiu na pista. No curso da campanha, assim como vários correligionários seus já haviam feito, declarou apoio a nomes de grupos concorrentes ao da chapa de sua legenda, a exemplo do postulante ao Senado Wasny de Roure (PT). Peniel também tem emprestado apoio a alguns candidatos a cargos proporcionais, mas garante que não estará ao lado de nenhum aspirante ao Buriti – Rollemberg incluído. “Não ficaria bem eu, do nada, apoiar a candidatura A, B ou C. Então, até para não me indispor com o partido, preferi não me envolver com outro nome ao governo”, assegura.

Crônica da queda

O PDT foi o único partido que, no DF, elegeu dois senadores nos últimos oito anos, com Cristóvam Buarque em 2010 e Reguffe em 2014. A ascensão de Joe Valle à presidência da Câmara Legislativa no fim de 2016 ainda cacifou o distrital para sonhar até com o governo. No curso da pré-campanha, o trem pedetista descarrilou de tal maneira que, atualmente, o partido vai se dar por satisfeito se conseguir reeleger Cláudio Abrantes e Reginaldo Veras para a Câmara Distrital. E olhe lá.

Ê, infiel

Dos seis candidatos ao Governo do DF que já haviam disputado cargos eletivos antes, apenas Eliana Pedrosa (PROS) trocou de partido recentemente. Ela saiu do PPS para o Podemos no ano passado e, no começo de 2018, entrou para o PROS, de olho na cabeça de chapa. Em 2006 e 2010 ela representou o DEM. A ex-distrital é a única postulante ao Buriti que se meteu nesse troca-troca partidário. Alberto Fraga pertence ao DEM desde que se chamava PFL, Rollemberg é filiado de longa data ao PSB, assim como Guillen e Renan Rosa ao PSTU e PCO, respectivamente. A ressalva fica para Rogério Rosso, que entrou para o PSD depois de 2010, mas se foi suplente pelo PMDB em 2006. Alexandre Guerra (Novo), Ibaneis (MDB), general Paulo Chagas (PRP), Miragaya (PT) e Fátima Sousa (PSOL) estão em sua primeira incursão política no DF e só representaram seus respectivos partidos.

O império contra-ataca

Ibaneis (MDB) tem disparado para todos os cantos com representações e questionamentos às chapas concorrentes. Ontem, a coligação Brasília de Mãos Limpas, que tenta reeleger Rollemberg, fez o mesmo jogo e conseguiu a suspensão de uma publicidade de rádio da chapa do emedebista por ele ter se esquecido de mencionar um dos partidos da coligação durante a veiculação. A decisão foi divulgada ontem à tarde, assinada pelo desembargador eleitoral Souza Prudente. Dificilmente a briguinha vai parar por aí.

Sistema lacrado

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza hoje a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais. A ministra Rosa Weber e um representante da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) assinarão, por meio de certificação digital, os programas que serão utilizados nas eleições gerais de outubro. Cópias dos softwares lacrados serão distribuídas aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para que os programas sejam inseridos nas urnas eletrônicas, juntamente com os dados de eleitores e de candidatos. A confecção dos programas esteve passível de consulta desde o último dia 6 e os mecanismos foram periciados pela Polícia Federal.

87 mil votos em trânsito

Nas eleições deste ano, O TSE informou que 87.979 eleitores fizeram requerimento junto à Justiça Eleitoral para solicitar o voto em trânsito. O pedido é feito por eleitores que não estarão em suas zonas eleitorais de origem em 7 de outubro. Nestas eleições, houve esse tipo de
solicitação também de 406 brasileiros que moram no exterior, mas deram entrada no processo para exercer o direito no Brasil.
O TSE informa que, para conhecer o local onde votar em trânsito, o eleitor deve acessar o site do Tribunal (http://www.tse.jus.br).

Toninho irritado

Candidato ao Governo de Brasília por três vezes nas últimas quatro eleições, Toninho (PSOL), que tentará ser deputado distrital este ano, lançou uma nota de repúdio a uma publicidade eleitoral de Alberto Fraga (DEM). Conforme Toninho, imagens suas foram utilizadas com “conotação deturpada” durante um vídeo de campanha de Fraga. “Em uma caminhada, na Cidade Estrutural, juntamente com Maninha e Fátima Sousa, deparei-me com o candidato Fraga, cumprimentei-o de forma cordial e civilizada, como sempre fiz com meus concorrentes políticos”, alega o candidato do PSOL, que afirma não ter sido avisado sobre filmagens e prometeu “tomar as medidas cabíveis”.

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