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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Escolinha do Ibaneis

Arquivo Geral

13/11/2018 7h00

Atualizada 12/11/2018 22h20

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) segue nas conversas e negociações para definir seu secretariado de transição. A um mês e meio de assumir o mandato, ele continua sem nome para outra pasta delicada, a da Educação. Um dos nomes que estão na mesa é o de Marcelo Aguiar, ex-secretário de Educação do governo Agnelo Queiroz (PT) e ex-titular de Ciência, Tecnologia e Inovação da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB).

Entre aliados

Aguiar, que se pré-candidatou a deputado federal pelo PDT, mas não colocou o nome nas urnas, surge como indicação oportuna por ser ligado e agradar aos aliados Cláudio Abrantes (PDT) e Cristovam Buarque (PPS), que apoiaram Ibaneis no segundo turno da corrida pelo Buriti.

Por aqui ou por lá

Outra possibilidade é a de o ex-Subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da pasta de Educação do governo Rollemberg, Fábio Sousa, também do PDT, ser chamado para o cargo. Ele recebeu pouco mais de
7 mil votos na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados este ano e é tido como um quadro competente.

Gregos e pedetistas

Em ambos os casos, o novo chefe do Executivo estreitaria laços com o arredio PDT-DF, que apoiou formalmente Rollemberg nas eleições, mas nunca esteve de corpo e alma da campanha pela reeleição do rival de Ibaneis. O partido de Ciro Gomes e Carlos Lupi poderia, também, ser mais do que apenas aliado de Ibaneis caso o MDB comece a dar problemas para o ex-presidente da OAB-DF…

Comissão com partido

O distrital eleito Martins Machado (PRB) não esconde que gostaria de assumir a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa.
A entrada do pastor da Universal na comissão seria estratégica para a igreja de Edir Macedo avançar com um projeto de seu interesse político, o da Escola Sem Partido no DF, que ficou engavetado durante a última legislatura.

Ideologia conservadora

O projeto em Brasília foi proposto por Sandra Faraj (PR) em 2015, mas nunca avançou, mesmo após apresentação de um substitutivo com apoio de outros deputados, porque o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Professor Reginaldo Veras (PDT), é frontalmente contra a matéria e foi o relator do assunto. Existe, ainda, resistência do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e de toda a ala progressista da Casa.

Lá também

Em âmbito federal, votações sobre a Escola Sem Partido também fazem parte da agenda da Câmara dos Deputados, mas já houve três votações adiadas nos últimos 15 dias. Os defensores do projeto, em sua maioria conservadores de direita, falam de um combate contra “doutrinação política” em salas de aula para dar visibilidade às suas opiniões no ambiente escolar e acadêmico.

Constituição impede

O Ministério Público Federal (MPF) já produziu uma nota técnica que aponta a inconstitucionalidade do projeto e o próprio Superior Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Luis Roberto Barroso, teve o mesmo entendimento na apreciação de projeto similar em Alagoas, no ano passado.

Sabatinas póstumas

A partir de amanhã, o Jornal de Brasília começa a publicar as entrevistas com cada um dos 24 deputados distritais eleitos ou reeleitos para a legislatura 2019-2022. Para esta semana, estão confirmadas as publicações sobre o campeão de votos deste pleito, Martins Machado (PRB), o vice, Fernando Fernandes (Pros) e o terceiro colocado, Professor Reginaldo Veras (PDT).

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