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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Escolhas nacionais podem separar Rede e PSB

Arquivo Geral

09/02/2017 7h00

Por enquanto, a Rede é uma aliada estratégica no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), nestes intempestivos tempos de crises. Segundo o porta-voz da legenda, Pedro Ivo, inicialmente, a intenção da legenda é manter a parceira com o Buriti e repetir a aliança eleitoral em 2018. Todavia, o cenário nacional terá um peso político incontornável, podendo alterar este projeto. Existe a possibilidade de que Marina Silva, principal filiada da Rede, lance candidatura para a Presidência da Republica. Neste cenário, torna-se indispensável um palanque no DF. Paralelamente, o destino nacional do PSB é um livro aberto, escrito por conversas regulares entre líderes da agremiação com o PSDB, cujo maior projeto é disputar o Palácio do Planalto. Escolhas destoantes levarão para trilhas distantes e talvez conflitantes.

A rachadura das passagens

Na política ambiental e da ocupação do solo, PSB e Rede falam a mesma língua. “Agora, nós não aceitamos este aumento das passagens dos ônibus e do metrô. Não aceitamos. Nossos deputados na Câmara Legislativa deixaram isso muito claro. Todos fazem oposição a esta decisão equivocada do governo”, crava Pedro Ivo. A alta das passagens começa a causar reflexos na economia fragilizada do DF. Conforme a intensificação dos efeitos negativos, a rachadura política tende a se aprofundar para as bases da aliança.

Maturidade crescente

A Rede trabalha com afinco para pavimentar a candidatura majoritária do deputado distrital Chico Leite. Em um cenário de aliança com Rollemberg, ele vai mirar no Senado Federal. Já em horizontes sem o PSB, o parlamentar será a primeira opção para uma campanha pelo GDF, inicialmente como cabeça de chapa. Até o fim de 2017, a legenda terá elos em todas as regiões administrativas, equivalentes às zonais partidárias clássicas. Ao longo dos próximos meses, serão promovidas palestras e oficinas de formações para potenciais candidatos ao cargos proporcionais do Legislativo. Criticada inicialmente pelo discurso idealista, a Rede parece amadurecer.

Com direito a beijinho

A presença de Maria de Lourdes Abadia (PSDB) foi proclamada, na coletiva de imprensa em que o senador Cristovam Buarque (PPS) anunciou a saída oficial do PPS da base aliada do Palácio do Buriti. Discursou, declarou apoio a Cristovam e relembrou velhos tempos da política, quando foi secretária de Turismo do governo do então petista. “Só saí porque o PT começou a ir às ruas gritar ‘fora FHC’”, disse, entre risos. “Não poderia servir a dois senhores”.

Arruda

Ao retomar o microfone, Cristovam riu e lembrou a Abadia que foi o ex-governador José Roberto Arruda que influenciou a saída dela do cargo.

Plateia

Cristovam desconversou quando questionado sobre as presenças de Joe Valle (PDT) e Wellington Luiz (PMDB) na mesa de anúncio da saída do PPS da base. “Joe me deu a honra de vir aqui como amigo. Wellington também é amigo, mas as razões dele ele fala depois”, disse, para, depois lembrar que o peemedebista é vice-presidente da Casa e estava lá nessa condição. Wellington disse apenas que foi convidado.

Vingança

A instransigência do governador Rodrigo Rollemberg em não abrir mão de Agaciel Maia (PR) para presidir a Comissão de Orçamento e Finanças e, com isso, travar as negociações para definição dos comandos na Câmara, é tida como “vingança pessoal” por causa da derrota para a eleição da Mesa Diretora. Opinião de Wellington Luiz, que não esconde a irritação com as interferências do chefe do Executivo. “Já estava tudo certo”, lembrou.

Demitido por estelionato

Delegado da Polícia Civil do DF, Severo Benício dos Santos foi demitido da corporação. O motivo? Prática de estelionato, conforme ato publicado ontem no Diário Oficial do DF. Segundo a PCDF informou em nota, ele respondia a processo administrativo disciplinar, no âmbito da corregedoria desde 2012. No início do processo, conforme a corporação, o servidor chegou a ser afastado cautelarmente das funções, mas retornou depois de uma medida liminar concedida pelo Poder Judiciário. Agora, sai de vez dos quadros da instituição.

Coincidência na Saúde

As decisões do secretário de Saúde, Humberto Fonseca, estão longe de ser unanimidades. Algumas são claramente questionáveis. Outras não. Recentemente, a coluna ouviu avaliações positivas de personagens sérios, técnicos e atentos aos rumos da saúde pública dentro e fora do governo. Peculiarmente, todos falaram a mesma frase: “Humberto está tomando medidas fundamentais para organizar a rede, a médio e longo prazos. Ele está reorganizando a farmácia central, está desatando os nós dos contratos com fornecedores e revendo a distribuição dos servidores para atender à rede”. Com ligeiras variações, as frases dos interlocutores têm o mesmo teor. Até mesmo na organização das sentenças. Não existem coincidências na política e na gestão da máquina pública. Se, de fato, Fonseca estiver atacando estes pontos de forma correta e isenta, estará aplicando tratamento necessário para tirar a saúde do DF da UTI.

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