Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Engenharia política a um passo de decolar

Arquivo Geral

28/02/2018 7h00

Atualizada 27/02/2018 23h35

Obra de engenharia política cuidadosamente trabalhada, a coligação nacional PSDB-PSB está a um passo de se concretizar. Terá efeitos relevantes para a política brasiliense. Não foi à toa que o governador Rodrigo Rollemberg jogou suas fichas nessa composição. Assim como tudo se encaminha para que o PSB indique o vice da chapa a ser encabeçada pelo também governador Geraldo Alckmin, há fortes chances de que o PSDB complete a dobradinha com que Rollemberg tentará a reeleição.

Acerto paulista reforça grupos

O acordo vai muito além da divisa do Distrito Federal. Parceiro de Rollemberg nas negociações, o vice paulista Márcio França assumirá a cadeira de Alckmin e disputará a reeleição. França abre mão até de ser candidato único da coligação, admitindo que o PSDB saia com um nome próprio. Rollemberg sabe quais são os motivos. Os tucanos paulistas estão muito divididos. Se o candidato do PSDB for o atual prefeito João Doria, as demais forças tucanas, como o senador José Serra, tendem a apoiar França ou a cruzar os braços. Se o PSDB indicar um dos candidatos nanicos que apoiam Doria, a divisão permanecerá, com sinais invertidos. Alckmin mantém postura dúbia – embora óbvia – a esse respeito.

Uma coligação para Cristovam

Como o PPS deverá participar da chapa, tanto a nível nacional quanto no Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque terá à sua disposição uma coligação para concorrer. Esse era o problema maior de Cristovam. Está bem nas intenções de voto, mas não contava com uma aliança capaz de chegar às urnas. Hoje, não está com Rollemberg.

Passando por cima

Ao saber do encontro ocorrido entre Rollemberg e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, Cristovam reagiu. Disse que política se faz com adesão a ideias e com boas relações entre as pessoas. Rodrigo Rollemberg não estaria apostando em nenhum dos dois pontos, ao acreditar que fecharia aliança com o presidente do partido, ignorando o senador e os dois deputados distritais da legenda.

Enfrentamento improvável

A propósito, Rollemberg acredita que o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, pode ser candidato, se insistir e se trabalhar para isso. Mas não acha que isso venha a acontecer.

Rumo a um novo pouso

Tudo indica que o deputado federal Izalci Lucas, hoje presidente regional do PSDB, aproveitará a janela para mudanças partidárias que se abre em março. Terá de aproveitar.

Quinzena decisiva

O governador Rodrigo Rollemberg evita se comprometer quando lhe perguntam quanto tempo mais durará o racionamento de água no DF. Prefere usar uma frase enigmática. “Vamos ver quanto chove nos próximos 15 dias”, ensaia.

Lojas abertas em todos os carnavais

Depois do sucesso da abertura de lojas de shoppings no domingo de carnaval, o Sindicato do Comércio Varejista do DF vai se reunir na próxima terça-feira com lojistas e superintendentes de centros de compras que desejam que, ano que vem, o comércio funcione em todos os dias da folia. O presidente do Sindivarejista, Edson de Castro, argumenta que, em 2019, o carnaval será nos dias 3, 4 e 5 de março, fazendo com que pouca gente saia de Brasília “porque as aulas já terão começado”. Diz, ainda, que os shoppings que investiram este ano em bailes infantis nas praças de alimentação ficaram superlotados, gerando empregos e renda.

Última do príncipe

O Itamaraty mantém fechado a sete chaves o segredo em torno dos chefes de estado e de governo que virão a Brasília para o Forum Mundial da Água. A duras penas o Buriti descobriu que abre a lista o príncipe Naruhito, do Japão. Pode ser o último compromisso como príncipe. Retornando a seu país, Naruhito deverá ser assumir as funções de imperador, com a inédita abdicação do pai, Akihito.

Saia justa

O PR que extingue a Verba Indenizatória foi aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da CLDF, mas metade dos deputados presentes engoliu a matéria a seco. O texto teve apoio do deputado Reginaldo Veras (PDT), Israel Batista (PV), Júlio Cesar (PRB) e Celina Leão (PPS). Integrante da comissão, a deputada Sandra Faraj, hoje sem partido, não participou da votação, porque o filho da parlamentar esteve doente. Celina Leão chegou a dizer que “colegas que usaram esse discurso na campanha não ganharam a eleição.” Mas o clima só ficou tenso quando Júlio César (PRB) afirmou que tem deputados que vivem do parlamento, ao contrário de outros que têm empresas em nome de terceiros ou exercem outra profissão, citando o magistério. O recado caiu como uma luva para o presidente da CCJ e relator da matéria, o distrital Profº Reginaldo Veras (PDT).

Batom na cueca?

No mais novo episódio da crise da queda de um viaduto do Eixão, os servidores do DER vão levar um calhamaço de documentos para a Câmara para comprovar a suposta responsabilidade da Novacap. Seriam processos em tramitação na empresa pública desde 2011. Além dos projetos das obras de manutenção da passagem na altura da Galeria dos Estados, haveria até mesmo um pedido de autorização formal para intervenções na obra de arte viária da Novacap para o Iphan. Seria o batom na cueca?

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado