Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

E tá faltando emprego no planeta…

Arquivo Geral

17/08/2018 7h00

Atualizada 16/08/2018 22h17

Das estatísticas que o governo Rollemberg não pode se orgulhar durante sua gestão está a taxa de desemprego. Conforme a Codeplan, em janeiro de 2015, quando Rodrigo assumiu, a taxa era de 12%. Em janeiro de 2018 estava em 17,7% e, na última divulgação da companhia, em junho, chegou a 19,2%. Ao longo dos anos, as equipes do Governo de Brasília destacaram a instabilidade política e econômica do Brasil para justificar os reflexos no DF, mas a estatística vem sendo aproveitada pela oposição.

Só o setor privado
Um dos programas que menos endereça a questão é o do general Paulo Chagas (PRP), que esclarece a pretensão de fortalecer o setor produtivo. “Quem tem que atacar o desemprego não é o Estado, é a iniciativa privada”, defende. Para ele, é preciso conter a sangria da sonegação de impostos, criar alíquotas de comércio competitivas em relação ao Goiás e melhorar o critério das renúncias fiscais. “Temos que reduzir a burocracia, tirar entraves do empresário. Quanto tempo demora para tirar um alvará? É um parto de elefante!”, critica.

Outro ponto de vista
A visão do general em nada tem a ver com o modo como um possível novo governo de Rollemberg pretende atacar a questão. No programa anexado ao registro de candidatura, a proposta do chefe do Executivo visa as bases, com ações como reestruturar as Agências do Trabalhador, e fomentar o microcrédito com agências sobre o tema e simplificação tributária.

Grito dos excluídos
Não convidados para o debate da TV Bandeirantes na noite de ontem, Alexandre Guerra (Novo, foto) e general Paulo Chagas (PRP, ) promoveram um debate alternativo apenas entre eles para aproveitar o evento que reuniu seis dos 11 nomes na briga pelo Buriti. “Foram perguntas entre nós com os temas mais importantes para a cidade. Os caras que estão aí fazem de tudo para manter a estrutura que eles têm no poder, mas estamos confiantes. Esse ano vamos mostrar com energia e suor”, discursou Guerra sobre a motivação do evento alternativo. Na imagem que divulgou o debate, ele e o general alegam ser “os únicos candidatos ao GDF que podem fazer a diferença”.

Velha data
A afinidade entre os dois vem do ano passado, quando Paulo Chagas fez o processo seletivo para ser deputado federal pelo Novo, mas terminou como cabeça de chapa do PRP e principal cabo eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL) no DF. “Respeito muito ele e é um cara muito íntegro, mas não foi só por issso (que ele foi chamado). Convidamos a Fátima (Sousa, do PSOL), mas ela não veio”, garantiu Guerra.

Internet discada
Como o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se gabou, seu programa de governo, de fato, possui o maior número de páginas, com 75, contra 73 de Fátima Sousa (PSOL), dona do segundo documento mais robusto. O problema é que, no site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas metade do documento foi anexado no registro de candidatura do governador, para espanto do elaborador do programa, o secretário de Habitação, Thiago de Andrade, que ficou de investigar o porquê. Assim, o programa ficou desfalcado dos temas Segurança, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, Assistência Social, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Esporte e Lazer, Gestão de Governança, Infraestrutura e Planejamento Metropolitano e Rural.

Pioneiros
Seis candidatos destas eleições são remanescentes do primeiro pleito da história do DF, em 1990. São eles Augusto Carvalho (SD), Chico Vigilante (PT), Edimar Pireneus (MDB), Geraldo Magela (PT), Maria de Lourdes Abadia (PSB) e Wasny de Roure (PT). Destes, Carvalho ocupa o cargo de deputado federal e tentará reeleição em 2018. Vigilante e Wasny são distritais. Tentarão reeleição e o Senado, respectivamente, e os demais buscam retornar depois de concorrências frustradas. Abadia tentará a Câmara dos Deputados, bem como Pireneus, enquanto Magela busca retornar à Câmara Legislativa.

Morreram na praia
O número poderia ser maior se Jofran Frejat (PR) e Peniel Pacheco (PDT) não tivessem deixado a disputa. Frejat, à época no PFL (atual DEM), se elegeu para a Câmara dos Deputados enquanto o pedetista, então no PSDB, foi eleito para a
Câmara Legislativa. Curiosamente, ambos eram pré-candidatos ao governo nestas eleições, mas
por razões distintas cederam seus postos.

De lado
Frejat desistiu depois de reclamar que seu governo não seria “balcão de negócios”, em uma história que ele ainda não explicou devidamente, e talvez nem o faça. A forte influência do ex-governador José Roberto Arruda na chapa que encabeçava pode ter sido um dos motivos. De qualquer forma, a coligação que recolheu os cacos de sua desistência é uma extensão da influência de Arruda. Peniel Pacheco, por sua vez, foi posto de lado pelo PDT-DF, à revelia, por imposição da Executiva Nacional. O presidente nacional Carlos Lupi e o presidenciável Ciro Gomes vieram a Brasília para garantir que os pedetistas subissem (metaforicamente, apenas) no palanque de Rollemberg (PSB).

Atraso por coincidência
Os últimos a registrar suas coligações junto ao TSE, na última quarta, foram Alberto Fraga (DEM) e Eliana Pedrosa (Pros). A união entre os dois candidatos, seja com um virando senador na chapa do outro ou até vice, a depender das negociações, foi bastante especulada nos bastidores. Ligações encheram os telefones dos articuladores e cada um buscava manter a posição para fazer o outro ceder. No fim, a divisão permaneceu, mas eles estiveram mais próximos de dividir palanque do que tentam aparentar.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado