Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Diagnóstico de uma lambança

Arquivo Geral

20/10/2016 7h00

Atualizada 19/10/2016 22h53

Hugo Barreto

Na última reunião com a base, o governador Rodrigo Rollemberg (foto) fez apenas uma pedido para os aliados: que não deixassem que o decreto antigreve fosse derrubado no Plenário. Rollemberg tinha plena consciência do desgaste político da derrota. A estratégia era simples: adiar ao máximo a votação da matéria nas comissões da Casa e, no caso de o tema chegar ao Plenário, quebrar o quórum esvaziando o plenário. Nada foi atendido.

Desorganização organizada

O governo não teve habilidade para driblar a pressão dos sindicatos e a pauta saltou as comissões e chegou até o Plenário. Tudo deveria estar sob controle. Só que não. Parte da base seguiu ao pé da letra a cartilha do esvaziamento. Julio Cesar (PRB), Telma Rufino (sem partido), Rodrigo Delmasso (PTN) e Israel Batista (PV) estavam nos gabinetes. Mas outros deputados, como Chico Leite (Rede) e Reginaldo Veras (PDT), não. Continuavam no palco diante dos olhos dos sindicalistas.

Premonição do tombo

“Isso não vai dar certo. Se não fecharem a sessão, vai pintar alguém para dar quórum”, previa um aliado. Dito e feito. O governo não teve forças para fechar a sessão e a oposição segurou os trabalhos até conseguir quórum. Nesse momento, nem mesmo os aliados quiseram passar pelo desgaste de desagradar às categorias e a porteira estava aberta para a derrota. Quem não estava no Plenário correu para a votação e o Buriti tombou por 17 votos.

Ninguém entendeu

Ninguém entendeu a estratégia do deputado Lira (PHS) no julgamento do processo de cassação da deputada Liliane Roriz (PTB) na Comissão de Ética da Câmara Legislativa. O distrital pediu vista no processo, alegando que precisava de mais tempo para ficar a par do caso. Convenhamos, este é um argumento estranho considerando que esta é uma dos principais histórias da vida política do DF neste ano. A questão vinha sendo discutida dentro e fora do Legislativo com afinco nos últimos meses. Não deu outra. O presidente da comissão, Ricardo Vale (PT), negou o pedido e os demais membros do julgamento fizeram coro. Nem mesmo a equipe de Lira entendeu.

Pegou mal

Se Lira queria ganhar tempo para tomar uma decisão depois do resultado do julgamento que estava em curso no Tribunal de Justiça do DF, se queimou perante os próprios colegas. Caso o distrital realmente não tinha conhecimento do caso, pior ainda. Em algumas situações, mais importante do que ser contra ou a favor, é ter posição.

Até o fechamento desta edição

Tudo conspirava para que Ricardo Vale assumisse a liderança do PT na Câmara Legislativa. Wasny de Roure não esboçava simpatia para voltar a posição de líder do partido na Casa.

Samurai da Federal

Depois do folclórico “Japonês da Federal”, a Operação Lava Jato ganha um novo personagem: o “Samurai da Federal”. O policial Lucas Valença tomou as redes sociais de assalto ao aparecer conduzindo o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Com barba hipster e penteado com ar oriental, não deu outra: virou o Samurai da Federal. E recebeu milhões de likes. Principalmente das meninas.

Rôney Nemer tentará a reeleição

O deputado federal Rôney Nemer (PP) disse que não pensa em candidatar-se ao cargo de deputado distrital em 2018. “Na minha vinda para a presidência do PP no DF, dei minha palavra para o presidente nacional do partido, Ciro Nogueira, que iria tentar a reeleição como deputado federal nas próximas eleições. E, para mim, palavra se cumpre. E digo mais: me comprometi em puxar mais um deputado pelo partido em 2018”, garantiu. Além da meta para o Congresso Nacional, o diretório regional espera eleger três deputados distritais.

Foi mal!

Pediu desculpas públicas aos alunos de um cursinho de Águas Claras o deputado distrital Reginaldo Veras (PDT), que faltou à aula, nesta semana, para intermediar o diálogo entre a Polícia Civil e o governo, “a fim de encontrar uma solução para a pendenga que tanto aumenta a sensação de insegurança da população do DF”.

Segunda instância para Ribeiro

Um dia depois de ser reconduzido ao cargo de primeiro secretário da Câmara Legislativa, o deputado Raimundo Ribeiro (PPS) foi condenado em segunda instância pela 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF. Ele é acusado de improbidade administrativa e deve pagar multa de 15 vezes o valor da remuneração que recebia em 2007, quando era secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF. Além dele, outros dois ex-servidores da pasta, também foram condenados: Mirta Brasil Fraga e Jair Cândido da Silva.

Quase R$ 280 mil

Autor da ação, o Ministério Público do DF argumenta que os três praticaram ato de improbidade quando autorizaram a realização da II Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres, em 2007, cujos gastos chegaram a R$ 279.359,22. Na época, mesmo informados de que não havia dotação orçamentária para o evento, cada um deles teria atuado, dentro de sua competência, para a contratação direta da empresa Peter Publisher & Associados, sem a realização de licitação.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado