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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Desenho quase pronto

Arquivo Geral

16/08/2018 7h00

Atualizada 15/08/2018 23h33

Com o fim do prazo para registro das candidaturas, está quase tudo definido para as eleições. Dona Weslian Roriz (PMN) surgiu de última hora para ser um dos nomes ao Senado na chapa de Eliana Pedrosa (Pros) e deve substituir o presidente do PMN-DF, Juiz Everardo Pereira, cujo nome foi registrado junto ao TRE-DF mas deve ser trocado (leia mais na página 6). O movimento veio de baixo para cima e, até a noite de ontem, nem mesmo Pedrosa estava ciente da mudança. A informação foi dada em primeira mão ao colunista do JBr. Marcelo Chaves pela ex-deputada federal e filha de Weslian, Jaqueline Roriz.

Sem emoções
O movimento da ex-primeira-dama do DF foi a única surpresa do último dia para as inscrições das candidaturas junto à Justiça Eleitoral. Nenhuma das outras especulações de bastidores recentes se concretizou. Alberto Fraga (DEM) e Ibaneis (MDB) mantiveram suas postulações próprias e com os respectivos vices, o PP não arredou pé do grupo de Filippelli, Pedrosa não conseguiu agregar novos aliados e o PT, de fato, disputará o pleito com uma chapa puro sangue de cabo a rabo, o que não acontecia desde 1990. Com 11 nomes para tentar o Buriti, 2018 terá o pleito mais concorrido da história do DF. Os nomes das coligações tiveram a pouca criatividade costumeira, à exceção da aliança entre PSOL e PCB, que destacou o protagonismo feminino da chapa e se intitulou “Elas por nós: sem medo de mudar o DF”.

O circo de sempre
Os tradicionais registros com nomes caricatos marcaram presença e demonstram que a criatividade e tentativa de serem reconhecidos não conhecem limites. Depois de Bismarck Uber, Cabify E 99 (Avante), um verdadeiro merchandising ambulante (com o perdão do trocadilho), inscreveu-se gente como Adelmo Papai Smurf (PRP), Chocolate Botafogo (Podemos), Galego da Limpeza (PTB), Negalaize (PT), Wolverine (PPL) e outros. As chances destes quadros são similares a de outros nomes bizarros em eleições anteriores, mas, como diria o poeta, quem acredita sempre alcança.

Não me faça promessas
Junto aos registros dos candidatos ao governo, eles também anexaram seus programas de governo, alguns refletem a personalidade e até o tipo de gestão de cada nome. Os documentos não precisam ser obrigatoriamente seguidos pelos candidatos e podem ser incrementados ao longo da campanha, mas servem de guia para as promessas a serem feitas.

Pontos-chave dos prolixos
Uns aproveitaram para apresentar dissertações sobre o cenário sócio-econômico de Brasília, como Júlio Miragaya (PT), que ainda propõe um salário mínimo exclusivo para Brasília de R$ 1.240, 30% acima do valor nacional. Outros catalogaram suas ideias de maneira científica usando até normas da ABNT na formatação do documento, a exemplo de Ibaneis Rocha (MDB), com redação de 69 páginas, e a professora Fátima Sousa (PSOL), com 73. O de Alexandre Guerra teve um pouco menos, 63, mas sem índice e centrado na ideia da renovação poítica e foco na gestão. Fraga (DEM) também apresentou um gordo documento de 59 páginas que se concentra nos temas Agricultura, Mobilidade e Saúde.

Pontos-chave dos mais comedidos
Eliana Pedrosa (Pros) fez um memorando de 45 páginas bastante informal com abordagens gerais para um “governo proativo”. Rollemberg (PSB), que havia se gabado de ter a proposta mais detalhada dentre os concorrentes, apresentou 30 páginas e várias fotos bonitas da capital. O general Paulo Chagas (PRP) escolheu as piores fontes possíveis e uma citação a Fernando Pessoa para, em 30 páginas, bater forte na tecla da segurança pública. O professor Guillem (PSTU) não enrolou muito para, em 16 páginas, fazer um “chamado à rebelião contra a crise capitalista”. Em menos páginas ainda, dez, sendo que uma delas conta com uma foto enorme sua, Rogério Rosso (PSD) defendeu temas genéricos e sem explicar a viabilidade deles, como paridade de salário entre polícias Civil e Federal no DF e internet banda larga em todas as escolas. Públicas ou privadas ou ambas? O texto não esclarece. Até a noite de ontem, a proposta de Renan Rosa (PCO) não estava disponível.

Pulverização proporcional
Como de hábito, as coligações proporcionais apresentaram diferenças em relação às majoritárias. Pela necessidade de superar cláusulas de barreira e atingir coeficiente eleitoral, os partidos desmembraram as alianças para buscar composições favoráveis. Assim, enquanto nas principais formaram-se sete coligações e quatro chapas puras, no grupo dos postulantes a deputado federal foram oito alianças e seis chapas puras. Já para distrital, foram 10 coligações e 14 nominatas de um único partido.

Como ficou, parte 1
Entre os candidatos a deputado distrital, as coligações foram as seguintes: PSD/PODE (Unidos pelo DF 2); PRB/SD (Coligação Unidos Pelo DF 3); PCdoB/ Rede (Brasília Justa e de Mãos Limpas); PDT/PV (Sustentabilidade e Trabalho); PRP/PRTB (Brasília Acima de Tudo); PMN/PTC (Mobilizar para Mudar); PMB/Patriotas (Renova DF); PSL/PPL (Uma Nova Esperança); PSOL/PCB (Elas por nós: Sem medo de mudar o DF); e PSDB/DEM/DC (Todos pelo DF). PPS, PHS, Avante, PROS, PR, PTB, PT, PP, NOVO, MDB, PCO, PSTU, PSB e PSC se lançaram sozinhos.

Como ficou, parte 2
Entre os candidatos a deputado federal, cinco coligações repetiram as formações das alianças majoritárias, foram elas: PRP/PRTB (Brasília Acima de Tudo); PSB/PV/PCdoB/PDT/REDE (Brasília de Mãos Limpas); MDB/PP/PSL/AVANTE (Pra fazer a diferença 1); PSOL/PCB (Elas por nós: Sem medo de mudar o DF); PRB/PODE/PPS/SD/PSC/PSD (Unidos pelo DF 1). Três grupos se desmembraram de suas composições originais e formaram as coligações PSDB/PR/DEM (União e Força), PTB/PHS/PTC/PATRI (Renovar DF) e PROS/PMB/PMN (Renovar DF 2). PT, NOVO, PSTU, PCO, DC e PPL saíram com nominatas próprias.

Campanha é já
A partir da meia-noite de hoje, os políticos já podem começar a pedir voto e programar ações de campanha pelas cidades. Nas redes sociais, chovem posts patrocinados de toda sorte e de todas as siglas. No corpo a corpo, ações como uma caminhada da chapa de reeleição de Rollemberg às 8h de hoje, em frente à Feira do Produtor, no Sol Nascente, estão programadas. Em breve a cidade estará infestada de mamulengos, carros de som e panfletos diversos. O jogo começou para valer.

Estilo nunca é demais
Empresária, estilista e agora assessora. Luisa Farani de Azevêdo é realmente versátil pois, há três dias, foi nomeada para assumir a função no gabinete da presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), mesma data em que anunciou o fechamento de sua loja de moda feminina na QI 11 do Lago Sul. Ela foi designada por solicitação do próprio manda-chuva da empresa pública, o ex-embaixador e ex-porta voz de Michel Temer (MDB) Alexandre Parola. O presidente da República, por sinal, é o elo entre Parola e Farani, pois ambos já serviram a Temer de formas distintas. No caso de Luisa, ela desenhou um vestido para a primeira-dama Marcela Temer. Tudo em família então.

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