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Do Alto da Torre
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Contra-ataque

Arquivo Geral

09/08/2018 7h00

Atualizada 08/08/2018 23h43

O senador Cristóvam Buarque (PPS), candidato à reeleição, tem sido chamado de “representante da nova direita” e até de “traidor” por antigos companheiros do PT-DF. Durante o encontro deliberativo do partido, seu nome foi mais lembrado até do que o de Michel Temer por ele ter apoiado o impeachment de Dilma Roussef. “Em vez de chamar de esquerda e direita, eu chamo de vanguarda e atraso. Quem acha que é de esquerda só por causa de siglas, mas não tem compromisso com a eficiência econômica e outros valores, não é mais esquerda”, adverte.

Falem mal, mas falem de mim
Para Cristovam, o fato de ser bastante lembrado pelos ex-companheiros não é necessariamente algo ruim. “Quando um político é muito citado, mesmo que mal, é sinal que ele está ativo. Olho ao redor e vejo que vários da minha geração estão presos, aposentados ou cassado, enquanto eu sigo aí”, pontua.

O articulador
Acostumado a formular ideias sem se envolver tanto com as negociações políticas de uma campanha, o senador admite que seu perfil mudou. Ao ajudar a compor a chapa que hoje tem Rogério Rosso (PSD) como postulante ao Buriti, tomou à frente a articulação e participou de movimentos importantes da coligação, como a troca do candidato majoritário de Izalci Lucas (PSDB) para Rosso e decisões estratégicas. “Nunca tinha precisado ser esse articulador. Eu formulava ideias, orientava, mas não precisava gastar tempo com isso. E acho que estou me saindo muito bem”, elogia-se.

Luos no fim do túnel
O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) derrubou, ontem, a liminar que impedia a tramitação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) na Câmara Legislativa e agora os deputados da base vão trabalhar para votar o assunto ainda este ano. Na última segunda-feira, o secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade (foto), se antecipou à decisão e entregou à Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da Casa uma minuta do substitutivo ao projeto original com uma redação que contempla as modificações sugeridas pela CAF e pela Unidade de Desenvolvimento Urbano, Rural e Meio Ambiente (UDA).

Decisões técnicas
Conforme a assessoria da presidente da CAF, deputada Telma Rufino (Pros), membros das comissões envolvidas fizeram reuniões fechadas com as assessorias técnicas da Câmara e apresentaram as conclusões à Segeth. A Secretaria, então, teria conversado com representantes do setor produtivo e modificado o texto até chegar ao substitutivo apresentado. “É fundamental que a Luos seja apreciada nesta legislatura, pois há um déficit de muitos anos de espera”, disse Telma Rufino, por meio de sua assessoria. Segundo ela, com a liberação da Justiça, o projeto será estudado todas as segundas e sextas de agosto e a parlamentar espera que todos os deputados enviem suas respectivas assessorias técnicas para opinar e ajudar a tramitar a matéria.

Código contemplado
Ainda de acordo com a presidente do CAF, o substitutivo veio para garantir que a Lei Orgânica do DF não será afrontada pelo projeto e pacificará pontos trazidos no Código de Obras sobre a atuação da Agência de Fiscalização (Agefis). A promessa é que o projeto atual absorveu todas as atualizações sobre a Agefis que constam no Código.

Tampão a postos
A segunda vaga para o Senado na maioria das chapas formadas tem nomes com grandes chances de substituição. Depois do fracasso das negociações com o PDT, o grupo de Eliana Pedrosa (Pros) e Alírio Neto (PTB) só definiu Everardo Ribeiro (PMN) para tentar o cargo majoritário e usa a segunda vaga como possível moeda de troca para atrair aliados. Com o cenário cada vez mais complicado, porém, a carta na manga para a posição é o secretário-geral do PTB-DF, Walisson do Nascimento Perônico, que já foi secretário da Juventude no governo Arruda e também já esteve à frente do Na Hora. Por enquanto, o nome dele surge como um tampão, mas a falta de opções podem torná-lo definitivo na composição.

Outros a perigo
No grupo que tenta a reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB), a quase candidata Leany Lemos já foi substituída por Leila do Vôlei, que até então tentava ser deputada distrital. Na chapa encabeçada por Alberto Fraga (DEM), Amábile Pacios (PSDB), ex-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe), é o tampão escolhido para ocupar a segunda vaga ao Senado enquanto o grupo negocia com MDB e PP. Situação parecida vivem os suplentes.

Preços voadores
Projeto de lei de autoria do senador José Antônio Reguffe (sem partido/DF) que proíbe as companhias aéreas de cobrarem por marcação de assentos foi aprovado no Senado, na tarde de ontem, e segue para votação na Câmara dos Deputados. O PLS 186/2018 caracteriza como “prática abusiva ao direito do consumidor” a cobrança pela escolha prévia do lugar e deixa a empresa sujeita a pagamento de multa. “É inaceitável esse tipo de situação, e a Anac não faz nada. Parece que a Agência Nacional da Aviação Civil virou a Agência Nacional das Companhias Aéreas”, criticou o relator da matéria, senador Jorge Viana (PT-AC).

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