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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Casa arrumada, hora das promessas

Arquivo Geral

14/08/2018 7h00

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

O governador Rollemberg (PSB) foi mais um a apresentar seu plano de governo, intitulado “Casa arrumada, hora da virada”. Capitaneado pelo secretário de Habitação, Thiago de Andrade, o documento estava em formulação desde abril e serve apenas como um guia, podendo ter incrementos. Os pontos principais são a previsão de discutir reajuste para servidores públicos do DF, construir um Hospital do Câncer no Setor Noroeste, outro hospital em Taguatinga e ampliar para 100% a cobertura do programa Saúde da Família em comunidades vulneráveis. O texto também aborda a chegada do Metrô à Asa Norte, com sinalização para concluir o projeto original de chegar até a última quadra da região e finalização de mais dois braços do BRT.

Voto na padaria
Durante a solenidade no hotel Grand Bittar, no Setor Hoteleiro Sul, Rollemberg ainda deu a largada para a campanha começar. Mesmo que só possa pedir votos a partir desta quinta-feira (16), convocou seus cabos eleitorais para “pedir voto na padaria, no posto de gasolina, para a família” e contar às pessoas sobre os feitos da sua gestão. “Vamos às ruas e vamos fazer o bem muito bem”, apelou.

Tchau, Manu
A coligação que tenta reeleger Rollemberg está fechada em PSB, Rede, PV, PDT e PCdoB, portanto, na teoria, deveria dar palanque para Ciro Gomes, queridinho do governador, Marina Silva, a quem empresta apoio por agregar a Rede, e Manuela D’Ávila, que recentemente retirou sua candidatura à Presidência para ser vice do vice de Lula (PT). Só que o PSB, especialmente o braço do DF, não se bica com os petistas e se recusa a promover a candidatura do ex-presidente, mesmo que indiretamente. Portanto não faz referências a Manuela. No passado, o presidente regional, Tiago Coelho, assegurou que ela teria um espaço junto aos outros, mas as amizades da ex-candidata pesaram.

Nos acréscimos
A união mais conturbada ao grupo de Rollemberg foi a do PDT. Correntes internas da legenda preferiam se juntar a Eliana Pedrosa e outras queriam a manutenção da candidatura própria de Peniel Pacheco. Elas foram derrotadas por imposição de Ciro Gomes e do presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, mas mantiveram a dissidência, com vários quadros pedetistas se recusando a dividir espaço com Rollemberg, a quem criticam. Assim, gerou burburinho entre os presentes na solenidade de apresentação do plano de governo a ausência de um representante do PDT até quase o fim do evento. O presidente da Juventude pedetista, Léo Bijus, só apareceu aos 45 do segundo tempo e acalmou alguns ânimos.

Caldeirão fervendo
A manifestação do Movimento Sem Teto (MST) mobilizou as forças de segurança de Brasília e deu sinais claros de que pode parar a cidade (leia mais na página 6). Segundo a PMDF, o grupo não avisou à corporação sobre os protestos programados até 15 de agosto, mas eles souberam por monitoramento das redes sociais. “Quando são eles, geralmente não avisam”, informou o soldado Virgílio, da Comunicação Social da PM. Quem estava bem ciente e ajudou a mobilizar a marcha Lula Livre foram os diretórios regionais do PT e do PCdoB em Brasília. A ideia da manifestação veio da alta cúpula petista e a arquitetação do movimento, que envolve todas as lideranças do próprio MST, teve assistência dos partidos. Segundo o presidente do PCdoB-DF, no entanto, os cultos religiosos e as ações em frente à casa do ministro Edson Fachin não tiveram participação dos partidos.

Jogo definido
Com a assinatura da ata da Executiva Nacional do PP em que o apoio ao MDB no DF está oficializado, dificilmente o tabuleiro político local vai sofrer modificações até as 19h desta quarta, prazo final para inscrição das candidaturas. O partido era o único que agitava o mercado eleitoral e sofria investidas dos grupos de Fraga (DEM) e de Eliana Pedrosa (Pros). “Ninguém quer ceder. Esse governo foi tão fraco que todo mundo acha que tem chance de ganhar”, atacou Izalci Lucas (PSDB), postulante ao Senado. O PP reuniu sua executiva ontem à noite e bateu o martelo (ver mais na página 6)

Planos em andamento
Izalci aproveitou para dizer que o plano de governo de sua coligação está em processo de revisão para ser apresentado à Justiça Eleitoral. Segundo Izalci, o documento foi praticamente todo confeccionado por ele nos últimos anos e terá alguns acréscimos dos demais representantes da aliança. “O mais importante é resgatar a geração de empregos na cidade e partir daí”, divulga o candidato a senador.

Em aberto
Com a saída do ex-vice-governador Paulo Octávio do páreo para o Senado, os candidatos acreditam em pulverização de votos e nivelamento das chances de cada um. Assim, nomes como Chico Leite e Leila do Vôlei têm maior expectativa de brigar pela segunda vaga, já que a corrida pela primeira, ao que tudo indica, tem Cristovam Buarque (PPS) como grande favorito. O próprio Izalci, outro que está no páreo, espera se beneficiar disso.

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