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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Candidato sem partido

Arquivo Geral

08/08/2018 7h00

Às vésperas da eleição, o senador brasiliense José Antônio Reguffe defende as candidaturas avulsas: quer que acabe com a exigência de filiação a um partido político para que alguém possa ser candidato a mandato eletivo. Tem um argumento básico: “a política não pode ser um monopólio dos partidos políticos”. Se a pessoa quiser se filiar a um partido político, argumenta Reguffe, precisa ter o direito de se filar a um partido político, mas se ela quiser ser candidata sem filiação partidária, também ela deveria ter esse direito, e cabe à população escolher quem ela quer, se ela quer esse ou aquele.

Perguntas sem resposta
Na sua linha de argumentação, Reguffe faz uma sequência de interrogações. Por que não pode alguém ser candidato sem filiação partidária? Será que é democrático que a pessoa tenha que ter a exigência de ter uma filiação partidária para poder ser candidata a um cargo eletivo? Será que não é mais democrático que a população escolha quem ela quer e quem ela não quer? Para ele, as respostas são claras. “Se a pessoa quiser se filiar a um partido, ela deve ter o direito de se filiar a um partido, mas se ela quiser ser candidata sem filiação partidária, ela também deveria ter esse direito”, resume.

Militarismo
O presidente regional licenciado do MDB Tadeu Filippelli, candidato a deputado federal, está satisfeito com as nominatas proporcionais para deputados distritais e federais. Segundo o cacique, a militância das bases é fundamental para a campanha boca a boca, nas ruas e nas redes sociais. “As outros coligações também tem boas nominatas. Mas com todo o respeito, nós temos o melhor exército”, enalteceu.

Bolsonaro une
Em função da aliança nacional com o presidenciável Jair Messias Bolsonaro (PSL), o PRTB recolheu a candidatura para o GDF do major Paulo Thiago Barreto. O partido coligou-se no apoio ao general Paulo Chagas (PRP), companheiro de armas político de Bolsonaro.

O “até breve” de Joe continua
O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), disparou mensagem reafirmando a decisão de deixar a cena política nestas eleições. “Neste momento de definições dos próximos passos no contexto eleitoral que se aproxima, decidi por não concorrer a nenhum cargo das eleições de outubro. Essa decisão não significa que me afastarei da política. Continuarei atuando para que Brasília seja a cada dia uma cidade melhor de se viver. Meu compromisso com o Distrito Federal continua mesmo estando fora do Parlamento, a partir de janeiro de 2019, pois a política é vivenciada em muitas outras esferas”, teclou.

Substituição
Para se dedicar exclusivamente à campanha para o Governo de Brasília, Rogério Rosso (PSD) se afastará do mandato como deputado federal, de modo a dar lugar ao presidente regional do Podemos, Marcos Pacco (foto), pré-candidato ao mesmo cargo. Pacco, por aparente coincidência, migrou para o apoio à sua chapa. Rosso ficará assim 120 dias longe da cadeira de deputado federal independentemente do seu desempenho nas urnas.

Multiplicação
Se o movimento se confirmar, o Podemos terá mais que quadruplicado sua quantidade de quadros na Câmara dos Deputados. Pacco pode ser o 18º parlamentar do pequeno partido na Casa. Ainda chamado PTN, em 2014 ele elegeu diretamente apenas quatro. A expansão deve-se muito à atuação da “janeleira” presidente Renata Abreu, que aproveitou a brecha de tempo permitida na legislação para ajudar a agregar nomes como o próprio Álvaro Dias, atualmente candidato à Presidência pela legenda. “Tudo é construção e estamos crescendo. Somos o menor partido da nossa coligação (no DF) e conseguimos palanque exclusivo para nosso candidato“, regozija-se Pacco.

Tiro ao Álvaro
O presidente regional do Podemos refere-se ao fato de Rosso ter aberto as portas para Álvaro mesmo com o PSD coligado nacionalmente com o PSDB de Geraldo Alckmin. Segundo Pacco, sua sigla viu a chance de garantir espaço na capital devido à afinidade de Rosso com o presidenciável e porque os tucanos bateram asas para a coligação de Alberto Fraga (DEM). “Desde o início nossa prioridade era um palanque para o Álvaro. Se o Alckmin tivesse sinalizado para o Rosso, talvez hoje tivéssemos um palanque dividido”, analisa.

De cima para baixo
O presidente regional do PSC, Zenóbio Rocha, não esconde de ninguém a contrariedade por ter sido obrigado a coligar com a chapa de Rogério Rosso (PSD). Na convenção regional do partido, ficou acordado de ele se juntar ao grupo de Ibaneis Rocha (MDB), mas a Executiva Nacional do PSC se impôs sobre a decisão colegiada nesta segunda-feira. Conforme Zenóbio, o presidente da sigla, Pastor Everaldo, havia concordado com a união a Ibaneis, mas Paulo Rabello, indicado pelo partido para ser vice de Álvaro Dias, interveio. “Não sei se podem judicializar esse movimento, porque a junção com o Ibaneis está registrada na ata da convenção “, sugere Zenóbio. Resignado, porém, o presidente regional afirmou que vai acatar as ordens.

Menos bom
Mesmo conformado, Zenóbio reclama de seu diretório ter sido prejudicado pela obrigatoriedade de ficar com Rosso. “Estava negociando duas nominatas para caminhar comigo nos distritais e, para federal, entraríamos no chapão com o PP”, detalha a estratégia. “Agora, vamos sozinhos para distrital e tentar entrar no chapão deles para federal”, reclama.

Volta dos que não foram
Entre os adversários de Rollemberg na campanha à reeleição, muita gente acredita que Joe Valle (PDT, foto) vai voltar para disputar um cargo proporcional no último minuto. O atual presidente da Câmara Legislativa comunicou que não tentaria se eleger para qualquer cargo por motivos pessoais, mas o entendimento nos bastidores é que não passa de jogo de cena para reduzir a repercussão de sua volta ao palanque de Rollemberg. No passado, Joe foi cogitado para disputar até o Governo de Brasília, passou a ser pré -candidato a senador e depois se afastou dos holofotes. Ele costumava dizer, porém, que na política é preciso subir degrau por degrau e o próximo passo lógico depois de dois mandatos na Câmara seria tentar a Câmara Federal.

Em recuperação
O presidente licenciado do PR, Salvador Bispo, esteve internado nos últimos dias na UTI de um hospital particular por um “probleminha por causa da diabetes”, como ele mesmo definiu. Segundo seu filho, o atual presidente da legenda Alexandre Bispo, também recém -indicado para ser vice de Fraga, Salvador teve complicações nos rins e deixou a terapia intensiva apenas na tarde desta segunda-feira.

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