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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Brasília fora dos trilhos

Arquivo Geral

02/03/2018 7h00

Divulgação

Desde o começo do mandato de Rodrigo Rollemberg, os recursos para a Companhia do Metropolitano (Metrô) para obras e instalações só caíram. Em 2015, R$ 374 milhões. No ano seguinte, R$ 168 milhões, e em 2017, R$ 98,8 milhões. Para este ano, o dinheiro empenhado foi o menor dos últimos tempos.

Colapso econômico

O governo ainda economizou esse dinheiro autorizado para as obras e instalações no transporte. Nos últimos três anos, o Metrô teve aproximadamente R$ 640 milhões para cuidar do sistema, mas preferiu usar apenas R$ 3,6 milhões. A última manutenção corretiva feita com no sistema com equipamentos específicos para o meio de transporte sobre trilhos foi em 2011.

Primeiro com os viadutos, depois com o Metrô

Os dados consolidados dos últimos três anos para obras, instalações, material permanente e equipamentos, além de outras despesas, também revela queda considerável dos valores destinados, e uma economia maior ainda. O governo e o Metrô tiveram em 2015, 2016 e 2017 quase R$ 1 bilhão, mas optaram por poupar. Liquidaram pouco mais de R$ 24 milhões.

Futuro incerto

Para 2018, segundo apurou a coluna, o Metrô tem 55,8 milhões de dotação autorizada para obras e instalações, sendo que 22,9 milhões foram empenhados.

Intimação para o Metrô

Foi preparado ontem pela Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) da Câmara Legislativa um requerimento com pedidos de esclarecimento ao Metrô sobre a falta de manutenção no transporte. O documento também pede a lista de trens em funcionamento e a idade de cada um deles. Trens acima de 10, 15 anos de idade, segundo o presidente da comissão, o distrital Rodrigo Delmasso (Podemos), deverão ser trocados. O requerimento será protocolado no plenário na próxima terça-feira.

Metrô sabia de falhas

Auditoria feita pelo Tribunal de Contas do DF entre 1º de março e 16 de abril de 2013 chamou a atenção da gestão do Metrô para a necessidade de investir na manutenção do serviço. Depois de visitar o pátio do Metrô, a Corte afirmou que os indicadores de desempenho eram “insuficientes para aferir o funcionamento adequado, a disponibilidade e a confiabilidade de todos os sistemas abrangidos no escopo de manutenção”. O processo teve decisão de mérito em 2014. O Tribunal entendeu que os esclarecimentos prestados pelo Metrô à época foram satisfatórios e o processo foi arquivado.

E a manutenção?

O investimento em obras e instalações é determinante para o funcionamento correto do Metrô à médio e longo prazos. Os baixos números despertam preocupação. No curto prazo, é preciso destrinchar a verba para manutenção. Em 2017, havia dotação orçamentária para este fim na casa dos R$ 129.857.565,00. Foram empenhados R$ 124.523.059,48. Deste total, o Executivo aplicou efetivamente R$ 106.927.004,10.

Sem dinheiro para Brazlândia

O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios julgou inconstitucional lei proposta pelo deputado distrital Juarezão (PSB), que previa que 5% do dinheiro arrecadado com a captação de água em Brazlândia fosse aplicado na cidade. A ação foi proposta pelo governador do DF, Rodrigo Rollemberg, colega de partido do distrital, em tese um dos aliados do governo na Câmara Legislativa.

Prerrogativa do governador

Juarezão disse que a lei era importante porque cerca de 65% da água que abastece o DF vem da Barragem do Descoberto, de nascentes que nascem ou cortam a cidade, que sofre com engessamento ambiental, sem contrapartida do governo. Do outro lado, Rollemberg afirmou que foi desrespeitado no direito de o Executivo propor esse tipo de matéria. “Invadiu a competência da União de legislar sobre águas”, defendeu o governador na ação. O Ministério Público do DF e Territórios e a Procuradoria Geral do DF concordaram com o chefe do Executivo.

Sem acordo, greve!

Os servidores da assistência social marcaram a data para cruzar os braços. A greve da categoria começa hoje, sem data para ser suspensa. Para tentar remediar, o governo sinalizou para a realização do concurso público, no entanto, não cedeu quanto à negociação financeira.

Foto sem tucano

O presidente nacional do PSDB, governador de São Paulo Geraldo Alckmin, não participou do congresso do PSB, realizado ontem em Brasília. O tucano iria participar do evento a convite do vice-governador e pré-candidato ao Palácio do Bandeirantes Márcio França, que trabalha por uma coalizão dos dois partidos para o Planalto. No entanto, recebeu o alerta de que seria vaiado no evento. Em contrapartida, lideranças nacionais do PT e PDT fizeram questão de ir e aparecer na foto ao lado dos socialistas. Com isso, o projeto de alianças entre PSB e PSDB começa, novamente, a ficar ameaçado, inclusive no tabuleiro brasiliense.

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