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Do Alto da Torre
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Bloco Pokemón

Arquivo Geral

07/02/2019 7h00

Atualizada 06/02/2019 22h32

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília

As eleições para a Mesa Diretora da Câmara Legislativa (CLDF) não significaram o fim dos rearranjos políticos entre os 24 deputados distritais. No Diário Oficial da Casa de ontem foram registradas as criações de alguns blocos parlamentares, o principal deles composto pelo próprio presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB). O nome? Bloco em evolução, sabe-se lá o motivo.

Amigos e rivais

Apesar da eminência de Prudente sobre os demais, o líder do bloco é Roosevelt Vilela (PSB, foto) e a vice é Jaqueline Silva (PTB). Está ao lado deles ainda outro distrital do PSB, José Gomes. Portanto, dois correligionários do ex-governador Rodrigo Rollemberg se uniram ao principal aliado de seu algoz nas últimas eleições, o atual chefe do Executivo, Ibaneis Rocha (MDB). Bom, não foi a primeira vez. Os parlamentares do PSB já haviam apoiado Prudente nas eleições da Câmara.

Olho torto

Coincidência ou não, tanto José Gomes quanto Roosevelt foram cobrados internamente no PSB, pouco após as eleições de 2018, por terem, nas palavras de quadros do partido, sumido após o sucesso nas urnas. Em meados de outubro do ano passado, quando Rollemberg disputava o segundo turno para o Buriti, uma reunião com participação de nomes importantes da sigla, como Leila do Vôlei e Marcos Dantas, expôs a presença de vários insatisfeitos com o comportamento dos dois distritais eleitos. Eles citaram uma suposta indiferença em relação à campanha pela reeleição.

Não se ajuda

A verdade é que, principalmente no caso de Vilela, a interpretação comum é que Rollemberg também não fez grande esforço para eleger o companheiro de legenda. Roosevelt, bombeiro militar e ex-administrador da Candangolândia, remou praticamente sozinho, apesar de dever bastante de sua trajetória política ao ex-governador.

DF na Mesa

O DF ganhou representante na Mesa Diretora do Senado. Ao contrário do que se esperava, não foi com Izalci Lucas (PSDB), cotado para a primeira vice-presidência. Em uma jogada de última hora, a quarta suplência foi para ela, Leila do Vôlei (PSB), que adotou o nome parlamentar de Leila Barros, como é conhecida na política fora dos períodos eleitorais. Melhor do que nada.

Na rede

A indicação foi do próprio partido da ex-atleta, o PSB, cuja liderança no Senado conta com o ex-governador Rodrigo Rollemberg como um dos componentes e, obviamente, um dos articuladores. As outras três suplências foram para Marcos do Val (PPS-ES), Weverton (PDT-MA) e Jaques Wagner (PT-BA).

Queda livre

Tudo bem, o MDB perdeu a Presidência tão cobiçada por Renan Calheiros, senador por Alagoas, mas ganhou a segunda secretaria, com Eduardo Gomes, do Tocantins, como compensação. Existe ainda a perspectiva de a legenda obter a presidência de alguma comissão relevante, podendo ser a poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Rebobinou

A incerteza a respeito de quem controlará a CCJ cresceu após Izalci não ter assumido a vice-presidência. A vaga foi ocupada pelo ex-governador de Minas Gerais Antônio Anastasia, que aceitaria presidir a CCJ caso Izalci se tornasse vice. Como isso não aconteceu, tudo voltou à etapa anterior e o MDB deverá engolir a dissidente Simone Tebet para a posição.

Queda livre

Quem pior saiu das eleições para a Mesa foi o PT. Durante os últimos 16 anos, o partido controlou a primeira vice-presidência, cargo forte porque conduz as sessões e obriga o presidente a fazer concessões, sob pena de se expor a traições perigosas. Quando não estavam na vice, os petistas tinham a ao menos a primeira secretaria, responsável pelas finanças da Casa. Agora, terão de se contentar com a terceira suplência, que nem gabinete tem, e ainda precisam achar bom.

Credebilidade
O governador Ibaneis Rocha (MDB) apresentou à Justiça Federal ontem medidas tomadas internamente para, segundo ele, “recuperar a reputação do Banco de Brasília (BRB)”. O chefe do Executivo disse ter contratado auditoria e ter substituído diretores, superintendentes e o próprio Conselho de Administração para garantir que a entidade não se envolva em mais escândalos de corrupção.

Cê PI

É uma tentativa de resposta, às autoridades e à população, após a deflagração da operação Circus Maximus, da Polícia Federal. A corporação investiga um suposto esquema de propina que já culminou na detenção do presidente licenciado da instituição financeira, Vasco Cunha Gonçalves. Na Câmara, esse movimento pode ser importante para não dar força à ideia de CPI do BRB, que não tem muita força ainda, mas tem contado com movimentações de parlamentares de oposição para vingar.

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