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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Alvo do Ministério Público

Arquivo Geral

20/02/2018 7h00

Atualizada 19/02/2018 21h40

Pouco questionada pelos advogados dos réus da Operação Drácon, a deputada distrital Liliane Roriz (PTB) não teve a mesma sorte com os promotores do Ministério Público do DF e Territórios. A parlamentar precisou de saliva para responder às perguntas, que duraram mais de 1h, de um total de quase 1h30 de depoimento. Primeiro, quiseram saber como eram as atividades na direção da Câmara, como se dividiam as atribuições na Mesa Diretora e quais as responsabilidades de cada um.

Tudo na saúde, repentinamente

A promotoria apertou Liliane ao questionar se a responsabilidade pelas emendas supostamente envolvidas em esquema de corrupção eram de responsabilidade dela. A distrital negou. Apenas passariam por ela questões burocráticas, para uma simples assinatura. Na hora de falar sobre os motivos que a fizeram gravar os colegas, Liliane disse que achou estranha uma emenda que ia para saúde e educação, de repente, destinar tudo à saúde. Repetiu a alegação dos depoimentos anteriores.

Cristiano, o articulador

Depois da leitura de trechos das conversas de Liliane com a deputada Celina Leão (PPS) e o ex-secretário-geral da Câmara, Valério Neves, um dos réus no processo, o MP quis saber como eram os encontros para tratar do suposto esquema. Liliane se colocou como “a excluída”. Uma tal reunião entre integrantes da Mesa Diretora com o deputado Cristiano Araújo (PSD) teria acontecido para definir a distribuição da propina, mas o parlamentar teria dito que não era para passar o teor das tratativas para a filha de Roriz. Ela não era de confiança.

Não quero palanque

Liliane gravou os áudios escondidos dos colegas, entregou tudo ao Ministério Público, mas na hora de ela depor, portas fechadas. Ninguém, a não ser a defesa da parlamentar, pode acompanhar o depoimento de ontem, na 8ª Vara Criminal de Brasília. Liliane não quis transformar o caso em um evento político.

Rebeldia virtual

O deputado distrital Robério Negreiros (PSDB) foi passar o fim de semana em Trancoso (BA). Postou foto de “bom domingo”, ao lado da mulher, Flávia. E respondeu, com certa sinceridade, a um internauta que elogiou “a filha” dele: “Minha esposa. Está mais conservada que eu. Mas eu, pelo menos, estou melhor que você, que está parecendo batida de frente de Scania.”

Cara crachá

Enquanto os viadutos caem e a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, defende o governo e suas ações nas redes sociais, a pasta decide gastar R$ 284.315,08 com crachás.

Às custas do povo

A Polícia Militar do DF pagará R$ 605.503,60 para que empresas especializadas em alimentação sirvam refeições para policiais militares presos, detidos e condenados ou sob custódia da corporação. O Núcleo de Custódia da Polícia Militar conta hoje com 35 custodiados que, além de serem bancados pelo Estado, continuam recebendo seus vencimentos.

A vez das escolas

Foi-se o prédio na Asa Norte, o viaduto no Eixo Sul e falta pouco para começar o desmoronamento nas escolas. A demanda é antiga, mas o problema é atual, se contar que nada foi feito até agora. Auditoria feita pelo Tribunal de Contas do DF constatou que mais de 80% das escolas públicas do DF necessitam de reparos moderados ou grandes. Os problemas estruturais nas instalações físicas das unidades de ensino também têm como causa a falta de manutenção das edificações.

Foi avisado

Um relatório feito pelo distrital Reginaldo Veras (PDT) após visita em cerca de 50 unidades de ensino foi entregue ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg, e ao secretário de Educação, Júlio Gregório. Os problemas em quase todas as Coordenações Regionais de Ensino são os mesmos: necessidade de construção de novas escolas, ampliação das instalações já existentes e todas muito antigas, com urgência de reformar. Entre as piores estão a Escola classe 425 de Samambaia e o Centro de Ensino Médio 10 do P Sul.

Paulo Octávio conversa com Solidariedade

A convite do presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, o empresário Paulo Octávio (PP) conversa hoje com representantes do partido. PO avalia um eventual retorno ao palco político e começou a conversar com siglas da esquerda à direita. O empresário tem também tem sido instigado por interlocutores do setor produtivo. Em março baterá o martelo sobre o retorno e se continuará ou não no PP. Caso regresse, dificilmente será para uma nova corrida proporcional.

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