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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Alívio paterno

Arquivo Geral

15/08/2016 6h10

Atualizada 14/08/2016 23h14

Os comerciantes brasilienses estão fechando o caixa das vendas no feriado dos Dia dos Pais com um leve sorriso. Nas contas preliminares, o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) calculou um crescimento de 2% nas vendas em comparação com 2015, confirmando as previsões do setor. É um crescimento nanico, mas pelo menos não foi uma queda.

Criatividade parcelada

Para segurar as vendas, lojistas usaram e abusaram de todas as estratégias, principalmente o alongamento dos parcelamentos. Antes do feriado as compras eram parceladas em até seis vezes sem juros. De olho nos fregueses, os comerciantes estenderam o fatiamento sem cobrança extra para até 10 parcelas. “O comerciante usou da criatividade para vender mais”, disse o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro (foto).

O reinado do cartão

No mapeamento das vendas, o cartão de crédito reinou absoluto, sendo usado em 94% das compras. Confecções, calçados e perfumes foram os presentes mais vendidos. Quem tinha um dinheiro sobrando ousou comprando televisores para os pais. Afinal, as Olimpíadas estão a pleno vapor.

Perdas menores

Agora as expectativas estão voltadas para o Dia das Crianças. Boas vendas em outubro podem significar que o Natal será menos amargo que nos anos anteriores. Mas outros personagens do mercado brasiliense ouvidos pela coluna preferem manter os pés no chão. O Natal de 2015 amargou uma queda de 3% nas vendas. Nesta fase crise, um feriado natalino com uma retração de 1% seria um bom presente.

Ressaca olímpica

As vésperas de deixar a condição de interino para oficial, o governo de Michel Temer ainda não avançou muito na reformulação da máquina pública. O Estado brasileiro continua voltado para si. O setor produtivo nacional e internacional está atento. Temer e sua equipe têm plena consciência disso. As chances de uma mudança real estão sendo desperdiçadas. Por enquanto, o Brasil está em festa com a Olimpíada. Mas os jogos vão acabar. E então, virá a ressaca, sem direito a medalhas.

Trincada estava, está e estará

As relações entre o Palácio do Planalto e o Palácio do Buriti estão trincadas. Isso ficou claro com duelo de versões sobre a reunião da semana passada entre o presidente em exercício, Michel Temer, e o governador, Rodrigo Rollemberg. O socialista disse que Temer havia se comprometido a ajudar na busca por recursos para as forças de Segurança Pública. Emissários do Planalto negam, sem dó nem piedade. Neste jogo de “disse-me-disse”, há uma certeza. O movimento “nacional” para que o GDF perca o Fundo Constitucional do DF ganhou força. A rubrica bilionária foi criada para ajudar nas despesas com Segurança, Educação e Saúde. No Congresso, sobram ciumes em volta dela e atritos como são desculpas perfeitas para ações diretas.

Dia puxadinho

Hoje promete ser um dia puxado na Câmara. Além da acareação explosiva entre a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, com o vice-governador, Renato Santana, na CPI da Saúde, a Casa também vai trabalhar na nova Lei de Regulamentação do Puxadinhos, proposta pelo GDF. A partir das 14h, a Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), começará a
analisar o texto.

Outubro

“O projeto encaminhado pelo Executivo já traz avanços. Porém, todos terão que ceder para que seja possível o consenso. Espero que a redação definitiva esteja pronta para votação em outubro”, comentou a presidente da CAF, deputada Telma Rufino, hoje sem partido.

O dilema do copo

Na avaliação do gabinete da parlamentar, a proposta original do governo atende a 50% dos anseios dos comerciantes da Asa Sul. Bem, as próximas semanas dirão se este copo está meio cheio ou vazio.

Sem trégua

A internet é um termômetro impiedoso. Rodrigo Rollemberg postou uma mensagem em homenagem ao Dia dos Pais. Texto bem escrito, direto, sem recados políticos. Mas os internautas não perdoaram. A mensagem foi seguida por comentários com críticas ao governo. Algumas venenosas e com claro DNA político, outras justas, expondo as fragilidades da gestão do PSB. Há muito tempo, o socialista perdeu o conforto nas redes digitais, nem em feriado tem trégua.

Reação petista

O Partido dos Trabalhadores não tem dúvidas de que continua vivo e forte para as eleições de 2018. “O PT não acabou. Estamos enraizados nacionalmente e nos movimentos sociais”, afirma o presidente regional no DF, Roberto Policarpo. No auge do antigo governo Lula, a sigla chegou a contar com 30% de aprovação da população brasileira. Mesmo com a derrocada de Dilma Rousseff, herdeira artificial do líder petista, o partido ainda tem o apoio de 12% dos brasileiros. Fazendo o dever de casa, alguns personagens do partido verificaram que quando Lula foi eleito em 2002, a legenda tinha a confiança de 11% dos eleitores.

Amigos para sempre… SQN

Pegou muito mal a informação de que Michel Temer poderia tentar as eleições de 2018. Especialmente, entre os tucanos.

Com a contagem regressiva para o impeachment de Dilma Rousseff se aproximando do fim, todos os lados desse imbróglio estão querendo colocar panos quentes. Afinal, prioridades são prioridades. Mas após a queda do martelo, o jogo é outro, e as amizades também serão outras.

 

“O impeachment está decidido. Um senador que votou pelo julgamento da Dilma, dificilmente votará pela continuidade do governo dela. Se 59 foram favoráveis, a presidente deve ser destituída por uma votação maior. Para mim o impeachment será com mais de 60 votos. Graças a Deus. Acabou, finalmente esse desgoverno do PT sairá”.

Izalci Lucas, presidente regional do PSDB/DF e deputado de federal falando sobre a expectativa para a votação da fase final do impeachment, marcada para 25 agosto.

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