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Brasília

De todas as partes

Arquivo Geral

24/07/2016 6h00

Atualizada 23/07/2016 17h42

Que o futebol carioca está sofrendo com a preparação para os Jogos Olímpicos não há novidade para ninguém. Sem Maracanã e sem Engenhão, cedidos à organização, Flamengo, Fluminense e Botafogo têm peregrinado pelo país atrás de um estádio para chamar de seu. Na última semana, Botafogo e Fluminense pareciam ter resolvido o problema (o Flamengo entraria de aba) com o uso dos estádios da Portuguesa (pelo alvinegro) e do América (pelo tricolor). Pareciam. Agora, além de perderem os já citados Maracanã e Engenhão, os times do Rio de Janeiro (não esqueci o Vasco, não, mas mesmo com São Januário ele será afetado pelo que vou falar agora) não poderão sequer jogar no estado (isso mesmo, estão vetados Volta Redonda e Macaé, também) durante a realização da Olimpíada. Tudo porque o Comitê Organizador pediu – e foi atendido – que o GEPE, um grupo especial da Polícia Militar especializado em estádios, fique à disposição dos Jogos. Com isso, Juiz de Fora e Cariacica passaram a ser as opções, porque Brasília e Manaus terão jogos dos Jogos. Assim, definitivamente, fica difícil. Depois querem filosofar sobre a decadência do futebol brasileiro.

Logo cedo

Duas invenções da CBF que estão dando certo: jogo domingo de manhã e segunda-feira à noite (uma noite civilizada, 20h). Todas estas partidas estão com grande média de público. Hoje não vai ser diferente. Para mexer com a emoção da galera, logo cedo, às 11h, na Allianz Arena, o Palmeiras recebe o Atlético Mineiro no jogo mais interessante deste domingo no Brasileiro. Não estou desvalorizando as demais partidas, mas não há como negar que o duelo do time de Cuca contra o Galo movimentará a classificação. Se o Verdão ganhar, consolida seu primeiro lugar e mostra que dificilmente perderá o primeiro lugar neste turno. Se o Atlético Mineiro vencer, encosta no G-4, segura o Palmeiras e coloca fogo na briga pelas primeiras colocações – tudo isso com possível recorde de público. Mais tarde teremos um duelo tricolor entre Grêmio e São Paulo, em Porto Alegre, com o gaúcho lutando para permanecer no G-4 e o paulista já pensando em como será seu futuro se perder o treinador (não custa lembrar que Edgardo Bauza está negociando para assumir a seleção da Argentina). Outro tricolor, o Fluminense, deve estrear alguns de seus reforços contra o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada – e o Furacão, em caso de vitória, seca Grêmio e Santos (que jogará contra o Vitória, em Salvador, às 18h30) para assumir uma das quatro primeiras posições.

Na contramão

Quem acompanha a Sem Firula sabe que o colunista sempre questiona essa eterna confusa relação entre os clubes de futebol e seus jogadores. Os atletas, normalmente, só se mostram profissionais na hora de exigirem seus direitos. Claro que receber em dia, ter as obrigações contratuais cumpridas pelo empregador, mais do que direitos são, digamos, funções essenciais na relação – mas seria legal que não víssemos corpo mole, chinelinhos e afins. Por isso, devo reconhecer, me surpreendo quando vejo algumas reações como as desta semana de Rafael Moura (o He-Man), Fred e Vinicius (que está no Atlético Paranaense e saiu mal do time carioca), todos ex-jogadores do Fluminense. O tricolor carioca completou 114 anos no dia 21, e os três jogadores, em seus perfis sociais, enviaram felicitações ao clube e a seus torcedores. Se Fred fez questão de citar que passou sete bons anos nas Laranjeiras (é, hoje, um dos maiores artilheiros da história do clube), mas com a camisa do Atlético Mineiro, Rafael Moura felicitou os tricolores com direito a uma foto sua comemorando um gol com o uniforme do Fluminense (hoje ele defende o Figueirense). É importante lembrar que, de forma até indelicada, o clube, numa ação promocional, não citou nenhum deles.

Ainda o doping

Parece que Isinbayeva estava realmente certa quando falou que a punição aos atletas russos era mais política do que esportiva. Dirigentes esportivos de países cujos atletas, aparentemente, estão “limpos” em sua totalidade (faço questão de colocar entre aspas porque a qualquer momento podem surgir novidades), defendem realmente a exclusão da Rússia de todos os esportes e, de quebra, que sejam chamados atletas de outros países “para completar” a relação dos participantes. Isso tanto nos esportes coletivos quanto nos individuais. Triste, não? Aparentemente não há preocupação com a “limpeza” do esporte, mas sim com o que se pode aproveitar das punições. Ah… E ainda esperamos a relação dos tais 45 descobertos, nesta semana, tendo infringido a regulamentação em Pequim e Londres.

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