Menu
Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Com o PMDB, o impeachment assombra o governador

Arquivo Geral

12/12/2016 7h38

Se o deputado Wellington Luiz (PMDB) for eleito presidente da Câmara Legislativa, o governador Rodrigo Rollemberg será assombrado todos os dias pelo fantasma do impeachment. Tramita na Casa um pedido de afastamento protocolado pelo SindSaúde-DF, que pode entrar em tramitação a qualquer momento. Aliado do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, que tem planos claros de governar o DF a partir de 2019, o peemedebista sempre teve postura muita dura contra o governo. À frente da CPI da Saúde, já tem dado algumas dores de cabeça para as bandas do Palácio do Buriti.

Ação, reação e retaliação

A nova reforma administrativa do governo Rollemberg será marcada reações e retaliações políticas. Mantidas as elevadíssimas condições de temperatura e pressão atuais, o PDT, em função das escolhas de Joe Vale, e Lira (PHS) perderão espaços. O primeiro por lutar até o fim pela a candidatura à presidência da Câmara e o segundo por ter votado pela prorrogação da CPI da Saúde.

Pressões veladas

Nesta equação de perdas e ganhos, pelo menos três deputados estão sofrendo pressão velada para apoiar a candidatura do governo para o comando da Câmara. Direta e indiretamente, Robério Negreiros (PSDB), Telma Rufino (PROS) e Israel Batista (PV) têm sido alertados que correm o risco de perder espaços caso votem contra a agenda de Rollemberg.

Mapa dos embates

Tão disputada quanto a corrida pela presidência da Câmara está sendo a disputa pela Comissão de Economia Orçamento e Finanças (CEOF), Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) e a Comissão de Assuntos Fundiários (CAF). No último mapeamento das articulações, Rafael Prudente (PMDB) e Julio César (PRB) estão bem posicionados na batalha pela CEOF, que ainda é um plano B de Agaciel Maia (PR) caso não conquiste o comando da Casa.

Briga de foice

A CCJ está entre Sandra Faraj (SD) e Chico Leite (Rede). A CESC virou palco de uma briga de foice entre Reginaldo Veras (PDT) e Wasny de Roure (PT). Ambos estão negociando pesado pelos espaço, que tem tudo para ter um destaque estratégico para o próximo biênio, em função do projeto do governo para a contratação de organizações sociais (OSs) para a rede de Saúde. O clima também esquentou na disputa pela CAF. Telma Rufino (PROS) estava bem posicionada para manter-se no comando da comissão. No entanto, o grupo da oposição e descontentes abriu os olhos para a CAF. Além disso, Lira (PHS) também demonstrou interesse. Novamente, esta é uma comissão estratégica. O GDF planeja votar LUOS, PPCUB na Casa. Regularização fundiária e combate à grilagem também são metas de Rollemberg.

Data do velório

Desde o começo a série de escândalos que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) defendia a realização de novas eleições. Com o vazamento da delação não homologada na Lava Jato da Odebrecht atingindo em cheio o coração da gestão do presidente Michel Temer (PMDB), as palavras de Vigilante ganharam força. “Eu já disse isso. Não tinha dinheiro que havia saído santo da sacristia e dinheiro maldito que veio dos infernos. O dinheiro sujo veio da mesma fonte para todos. Porque seria ilegal para o PT e legal para os outros? O Brasil não vai aceitar isso. O governo Temer não chega a junho de 2017”, afirmou Vigilante.

Nada de profecia

“Eu não sou profeta. Mas o rejeição do Temer está crescendo vertiginosamente. Ele não está dando conta da inflação. A sociedade não resiste a recessão, desemprego e corrupção”, comentou o parlamentar. Vigilante lembrou que a base de Temer e a mesma base de Dilma. A mesma que a abandonou quando o escândalo entrou em ebulição com argumentos muito mais frágeis do que as informações da delação da Odebrecht. “Tem um ditado de uma velha raposa do DF, Joaquim Roriz: Eles iam até a beira da cova, mas não entravam para dentro da cova com o defunto”, contou.

PT vai para cima

Hoje a Executiva Regional do PT deverá fazer uma reunião. Um dos temas da pauta deverá ser a situação do governo Temer. O PT nacional estuda a possibilidade de batalhar pela renúncia do presidente. Nas palavras de Vigilante, o partido vai para cima, junto com os movimentos sociais.

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado