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Cinema com ela
Cinema com ela

Cinco filmes para você lembrar do que o fascismo é feito

Arquivo Geral

10/10/2018 21h10

Há um fator atual que não podemos ignorar: estamos em crise. Brasil entrou em uma recessão que transcende diversas áreas, econômicas, políticas, e atinge, principalmente, a moral e a social. Então, já que os livros de História não são lidos, o cinema sempre mostrou como o fascismo é tudo aquilo que devemos temer. Fiz essa lista de filmes para lembrar das consequências da intolerância e do ódio.

 

5 – Chá com Mussolini

Dirigido por Franco Zeffirelli, este é um filme anglo-italiano com teor mais “leve” da lista. O longa-metragem é considerado uma semibiografia do diretor que construiu a narrativa baseada em suas memórias entre os períodos 1935-1944. Apesar dos alívios, que pode ser creditado ao elenco, é impossível abordar a temática fascista sem muito impacto. Porém, diálogos levantam questionamentos sobre a natureza humana.

 

4 – A Outra História Americana

Primeira vez que vi, uma cena específica me espantou. O personagem de Edward Norton pede a um negro abrir a boca no meio fio e aguardar. O protagonista chuta sua cabeça contra o meio-fio. Ele é preso, mas ao se render, um sorriso de satisfação preenche seu rosto. A Outra História Americana foca no contexto de neo-nazistas em plena modernidade americana. Quando a realidade é colocada em tela, não existe filtro de ficção que faça o espectador desmerecer seu medo. Este filme de 1998 completou 20 anos este ano e nunca se tornou tão atual. Chocante, porém necessário.

3 – A Onda

O poder de persuasão é o elemento que está impregnado neste filme alemão de 2008. Quem o pratica é um professor de uma escola no subúrbio alemão. Seu poderio sobre os alunos é a demonstração da funcionalidade de um estado fascista.

A interpretação errônea de seus alunos faz com que a turma desenvolva um sistema interno de fascismo. A Onda que, ironicamente completa 10 anos este ano, prova assim como o exemplo acima, que o fascismo é um termo atemporal. Ao contrário de A Outra História Americana – cujo fio condutor é a consequência da intolerância –  A Onda reflete como é o nascimento do movimento.

 

2 – V de Vingança

É o exemplo mais gráfico, profundo e complexo. Além da montagem elaborada, os monólogos são sintetizados por termos atemporais, tais como a da carta de Valerie, moça que morreu dentro de um campo de concentração: “Eu me lembro quando os significados das palavras começou a mudar, eu me lembro quando diferente se tornou perigoso”. Estrelado por Natalie Portman e Hugo Weaving e roteirizado pelas irmãs Wachowski, V de Vingança é o exemplo mais impactante dos exemplares daqui. Mesmo que não seja um espelho nítido da realidade atual, para bom entendedor ou oprimido, poucas metáforas bastam.

 

1 – O Grande Ditador

A maior façanha (e dom) de Charles Chaplin, é conseguir fundir drama e comédia sem soar melodramático. Todos os seus personagens possuem certo plano de fundo trágico, mas há aquela máscara humorística que disfarça ou diminui a dor interna.

Assim como foi em O Garoto, é em O Grande Ditador, porém, é um dos poucos filmes falados de sua carreira, e também, o mais impactante de todos. É claro que algumas situações dos personagens causam momentos infelizes, mas o maior destaque de O Grande Ditador é o discurso humanitário de Charles na pele de Adenóide Hynkel. Assim como todos os filmes da lista, as mensagens são claras e diretas: o fascismo jamais será tolerado e sempre deve existir resistência.

 

 

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