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Histórias da Bola
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CEUB merecia vencer Flu

Arquivo Geral

15/01/2018 11h48

Atualizada 18/01/2018 15h44

O Ceub estava próximo de disputar o seu primeiro Campeonato Brasileiro, em 1973. Vinha convidando muitos times “grandes” para visita-lo e contratando s veteranos com bos histórias escritas.

Em 24 de fevereiro daquele “sete-trêzão”, o seu meia Cláudio Garcia, campeão carioca-1969, como atleta, pelo Fluminense, passou a ser, também, o treinador da rapaziada. E estreou contra o seu ex-clube.

Cláudio começou mostrando serviço. Mandou a campo um time mostrando maior presença e objetividade do que os tricolores cariocas, que trouxeram ao já demolido Estádio Pelezão uma rapaziada nervosa, desentrosada e abusando da pancadaria.

Para ter time bem estruturado, sério, equilibrado, Cláudio Garcia trocou vários atletas que vinham sendo titulares, deixando o Ceub “mais time”, com as entradas de Emerson Braga, zagueiro de área, Mauro Cruz, pela lateral-direita, e de Murilo, pela esquerda. Estes dois marcaram bem os ponteiros do Flu e apoiaram o seu ataque, constantemente.

A nova tática incluía, também, o zagueiro Cláudio Oliveira e os apoiadores , Enísio e Renê à frente da zaga, com este último sendo um eventual quinto homem defensivo, encarregado do combate inicial aos agressores. Assim, formava-se um bloqueio compacto, vedando espaços às penetrações de quem saísse de trás com bola dominada.

Na frente, Julinho Rodrigues, Marco Antônio e Hermes se deslocavam muito, principalmente o segundo, que pendia para as duas extremas e dava um trabalho danado à defensiva armada pelo treinador Zezé Moreira.

Rede balançando, no entanto, só no segundo tempo. Aos 12 minutos, Cláudio Oliveira arriscou apoiar o ataque e serviu Marco Antônio. Este evitou a chegada de um marcador e chutou pelo alto, à esquerda do goleiro Félix.

A abertura do placar motivou a torcida e fez o Ceub criar mais chances de gols. Mas, quando dominava a etapa, uma sobra de bola caiu no pé fatal do zagueiro Silveira, que tinha o apelido de “Coice de Mula”. Da entrada da área candanga, ele bateu forte, a bola quicou no gamado e enganou o goleiro Zé Valter: 1 x 1, placar que não mudaria mais, deixando oss 25 minutos restantes sem mais saídas para o abraço.

O Ceub alinhou: Zé Valter; Mauro Cruz, Emerson Braga, Cláudio Oliveira e Murilo; Renê, Cláudio Garcia e Enísio; Julinho Rodrigues, Marco Antônio e Dinarte. O Fluminense teve: Félix (Jorge Vitório); Toninho Baiano (Oliveira), Silveira, Assis (Abel Braga) e Marco Antônio; Denílson, Didi e Heretz (Wilton); Mica (Adílson ), Dionísio e Lula. O trio de arbitragem teve Ranulfo Soares, auxiliado por Jorge Aloise e Cacírio Marinho. Público e renda não foram anunciados.

DETALHE: para atrair os pais da garotada, o Ceub trouxe o time infanto-juvenio do
Cruzeiro-MG para encarr o seu – Déo; Valtinho, Bosco, Cruzeiro e Dilmo; Aroldo, Elmo e Ernani Banana; Albani, Euripedes e Adelington, treinados por Raimuninho – na preliminar.

Dessa garotada, o goleiro Déo (Adelmar Carvalho) chegou ao time A e foi teinador de sucesso, com trabalhos até no exterior. Ernani Banana tornou-se o maior ídolo do futebol candango, defendendo o Taguatinga EC, quando surgiu o profissionalismo no futebol edo DF, em 1976. Depois, explodiu com as camisas do Brasília EC, Guarani, de Campinas-SP, e da Portuguesa de Desportos-SP. Note que a esalação tem o zagueiro Bosco. Este seria o futuro pai de Kaká, grande ídolo do São Paulo FC e da Seleção Brasileira.

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