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Brasília

O crime da 113 Sul

Brasília Assombrada

28/03/2018 9h54

No dia 28 de agosto de 2009, um triplo homicídio ocorreu no bloco C da 113 Sul. O advogado José Guilherme Vilella, 73 anos, (ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral), sua esposa, a também advogada Maria Vilella, e a funcionária da casa, Francisca Nascimento Silva, foram mortos a facadas dentro de seu apartamento. Os corpos já estavam em avançado estado de decomposição quando foram encontrados pela neta do casal, três dias depois.

Casal Vilella: patrimônio de R$ 160 milhões

A investigação tomou rumos pouco convencionais. A delegada responsável pelo caso, Martha Vargas, chegou a ouvir no inquérito uma vidente que afirmava receber mensagens do falecido José Guilherme. E também foi acusada de torturar suspeitos inocentes para que confessassem o crime. A delegada terminou afastada do caso por falsidade ideológica. Já com novo comando de investigação, a polícia chegou aos três verdadeiros criminosos: Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio, Paulo Cardoso Santana, sobrinho do ex-porteiro, e Francisco Mairlon, comparsa de Leonardo. E foram eles que denunciaram Adriana Vilella, 46 anos, filha das vítimas, como a mandante dos homicídios.

Adriana Vilella: acusada de ser a mandante do crime

Segundo a apuração, Adriana foi motivada pela herança dos pais (avaliada em R$ 160 milhões em imóveis) e pela revolta de receber deles uma mesada de apenas R$ 8,5 mil. A acusada chegou a ser presa duas vezes, mas, devido a vários recursos, nunca foi julgada pelo Tribunal do Júri de Brasília. Para isso, contou com a ajuda de um dos principais advogados criminalistas do país: Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

O que aconteceu com os envolvidos no crime?

Leonardo, Paulo e Mairlon, cujas penas somadas é de 177 anos de reclusão, estão presos na Penitenciária da Papuda. Já Adriana mora no Rio de Janeiro e espera seu julgamento em liberdade. A delegada Martha foi condenada, em primeira instância, a 16 anos de prisão por falsidade ideológica, fraude processual e tortura, além de ter sido exonerada da Polícia Civil. Mas ainda está em liberdade enquanto dura o processo.

O ex-porteiro Leonardo: condenado pelo triplo assassinato

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