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Brasília

Bons sonhos

Arquivo Geral

24/09/2016 7h54

Atualizada 23/09/2016 14h55

Três jogos, neste sábado, pelo Brasileiro da Série A: América Mineiro x Botafogo, às 21h; Sport x Santos, às 18h30; e Palmeiras x Coritiba, às 16h. Sem demérito a ninguém, é claro que a partida que chama mais atenção é a dos alviverdes, afinal de contas, como mandante temos o atual líder do torneio – o rival ainda se preocupa com a ameaça do rebaixamento. Para o Palmeiras, uma vitória não só garante a liderança, independente do resultado do jogo de amanhã entre o vice-líder Flamengo e o Cruzeiro, como abre excelentes perspectivas para o time de Cuca, afinal de contas, na teoria, os próximos adversários do Porco são menos perigosos do que os do rubro-negro carioca.

E isso de jogar na frente, de poder passar a responsabilidade do resultado (para permanecer próximo na corrida), vem sendo muito bem administrado pelo Palmeiras. Semana passada, por exemplo, o Verdão também abriu a rodada, no clássico contra o Corinthians. E passou de passagem pelo Timão, deixando a carga toda para o Flamengo, que até se saiu bem batendo o Figueirense, domingo de manhã, no Pacaembu (o Atlético Mineiro acabou tropeçando no clássico contra o Cruzeiro e ficou mais para trás). Por isso, esta tarde, o Palmeiras deverá jogar da forma como seu treinador gosta: atento, sem forçar a mão para conquistar a vitória de qualquer jeito, afinal de contas, de goleada ou por 1 a 0, o que vale é a conquista dos três pontos e a certeza de que se vai dormir tranquilamente mais uma vez.

Saindo fora

O Comitê Olímpico Internacional está temeroso. Depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que apesar do sucesso provocaram noites de insônia em seus comandantes, a aparente tranquilidade pelo fato de a próxima Olimpíada ser no Japão está sendo quebrada pela corrida para saber quem virá depois de Tóquio. Tudo parecia correr muito bem, obrigado, com as fortes candidaturas de Los Angeles, Paris e Roma, com Budapeste “de quebra”. Ter uma cidade dos Estados Unidos na briga é sempre bom comercialmente (a rede de televisão que detém os direitos de transmissão é de lá). E se Budapeste entra, aparentemente, apenas para compor, Paris e Roma seriam a briga europeia que sempre dá um sabor diferente. Seriam.

A recém-eleita prefeita de Roma afirmou que a Cidade Eterna não irá mais competir. Em bom português, saiu fora, correu. De acordo com a “síndaca” (prefeita), Roma até hoje paga dívidas dos Jogos Olímpicos realizados por lá nos anos 60. E mais: a cidade tem outras prioridades. Para não falar apenas em questões econômicas, uma das alegações da retirada da candidatura italiana fala em “danos ambientais”. Claro que as declarações caíram como uma bomba no Comitê Olímpico Italiano. Há duas ou três “candidaturas” atrás, os italianos também retiraram suas pretensões. O cartola do Coni (o COB da Itália) chegou a dizer que “vão pensar que não somos um país sério”.

A decisão romana (que ainda precisa ser referendada pela, digamos, Câmara de Vereadores) pode acelerar um processo que, há tempos, vem sendo solicitado no COI: que se reduza o gigantismo dos Jogos Olímpicos, bem como as exigências feitas pela entidade para as cidades candidatas. Há quem questione, por exemplo, a obrigatoriedade do número de quartos de hotel. No Rio de Janeiro, por exemplo, teremos a partir de agora milhares de unidades que jamais serão ocupadas, a menos que a Cidade Maravilhosa dê um salto no seu nível de visitantes – coisa que não acontece de um momento para outro. Da mesma forma, na lista de protestos, vêm as exigências de mordomias aos caciques do Comitê e outras benesses. Por estas e outras a Itália parece disposta passar por “não séria” do que encarar uma dívida que seus cofres não terão como arcar, em caso de escolha.

Cheirinho?

Definidos os oito times que continuam a brigar pelo título da Copa do Brasil e também os confrontos das quartas-de-final. Com a alteração do regulamento, que coloca “pela janela” as equipes que participavam da Libertadores, está cada vez mais difícil termos alguma surpresa na reta final do torneio. Este ano, a bola da vez é o Juventude, que luta pela ascensão na Série C do Brasileiro. Na próxima fase, os duelos serão Palmeiras x Grêmio, Corinthians x Cruzeiro, Santos x Internacional e Juventude x Atlético Mineiro. O Colorado eliminou o Fortaleza (a outra possível surpresa) e o Juventude, mesmo perdendo em casa, seguiu em frente por ter feito mais gols como visitante contra o São Paulo.

Apesar da dificuldade, a galera de Caxias do Sul está vibrando. Lembra a campanha de 1999, quando seu time foi campeão da Copa do Brasil, calando um Maracanã com 100 mil torcedores na final contra o Botafogo. Naquele ano, para chegar à decisão o Juventude eliminou, pela ordem, o Guará (goleada fora de casa), o Fluminense (fez 6 a 0 no jogo no Alfredo Jaconi), o Corinthians (com duas vitórias), o Bahia (nos pênaltis), o Internacional (com uma goleada de 4 a 0) – o alvinegro carioca perdeu na Serra Gaúcha por 2 a 1 e não furou a retranca do Juventude no jogo de volta. Será que teremos repetição?

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