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Brasília

Atenção Verdão

Arquivo Geral

24/10/2016 12h34

Juro a você, leitor, que quando vi aquele bando de jogadores do Flamengo, em impedimento, entrando na área do Corinthians e Guerrero marcando o primeiro gol do rubro-negro, fiquei procurando o supervisor, delegado ou sabe-se lá que nome tenha, do jogo, invadindo o campo para dizer ao habitualmente fraco (tecnicamente) árbitro Daronco que o lance fora irregular. Nada. Nem os jogadores do Timão reclamaram, talvez por saber ser inútil. E o Flamengo, então, festejou, com mais um gol irregular. É bom lembrar que, aos sete minutos, Wiliam Arão deveria ter sido expulso, afinal de contas, até agredir o árbitro ele agrediu. Mas nada aconteceu. Também. Mesmo assim, o Corinthians jogava bem e chegou a terminar na frente o primeiro tempo, resultado que deixava o Palmeiras com sete pontos de vantagem. Faltava atitude ao Flamengo, que, como bem disse o capitão Rever, achava que a galera iria ser o diferencial.

E a mudança aconteceu. Nos 45 minutos finais o Flamengo foi mais efetivo. Buscou o empate (de novo Guerrero), mas ficou nisso, mesmo com um jogador a mais. Enquanto isso, o Palmeiras batia o Sport com mais dificuldades que se esperava e aumentava a distância em relação ao segundo colocado para seis pontos, 67 a 61. Dos seis jogos que faltam, pode jogar fora dois. As mãos estão na taça, com certeza. Mas é bom ficar atento às tais influências externas. Só para se prevenir, é claro. E no fim do jogo valeu a indignação do corintiano Lucca, afinal de contas, o Corinthians é sempre criticado por contar com o apito amigo, mas desta vez…

Não se pense, porém, que ficou apenas nisso o domingo do Brasileiro. No Sul, com a Arena do Grêmio também lotada, com mais de 65 mil presentes (devo registrar que não gostei de ver os espaços destinados aos camarotes do Maracanã vazios enquanto tantos torcedores queriam ver a partida), o Gre-Nal ficou devendo. O empate foi ruim para os dois. O Grêmio podia ter chegado mais perto do G-6; o Internacional podia ter conseguido abrir uma vantagenzinha maior do Z-4. Nada disso aconteceu. E a situação do Colorado só não se complicou, de novo, porque o Cruzeiro bateu o Vitória em Salvador e segurou o rubro-negro baiano.
Ah… E que vergonha foi aquela protagonizada pelos torcedores do Corinthians antes de a bola rolar, no Maracanã? Por essas e outras é que há tempos nos clássicos em São Paulo só uma torcida pode comparecer. Espero que a moda não pegue no Rio de Janeiro, apesar de a galera do Flamengo ter vacilado feio na hora do segundo gol corintiano, jogando uma garrafa em Rodriguinho na comemoração… Será que vai haver alguma punição? Estou apostando que não.

Jogando contra

Vasco e Paraná jogaram sábado, em Cariacica (ES). O time carioca, que já bateu recordes de público naquele estádio, venceu e voltou a ocupar comodamente a segunda colocação da Série B. Vi alguns lances da partida e estranhei o estádio vazio, mesmo verificando que chovia bastante. Depois, num destes programas de bate-papo nas tevês fechadas, ouvi a abalizada análise de um comentarista. Mesmo considerando que o mando era do Paraná, ele fez questão de criticar a torcida do Vasco que, segundo ele, “abandonou o time”. Aí, fui procurar outras informações. Choveu, muito, o dia todo, na região. Houve greve de ônibus, na região. Ou seja: o torcedor tinha de sair de casa, com chuva, sem saber como chegaria ao estádio e como voltaria para casa. Alguns “colegas” deveriam pensar muito antes de falar bobagem. Se querem torcer contra, que o façam no estádio, ali sim lugar de torcedor.

Novos ares

Mudou tudo no São Paulo. As bolas que antes batiam na zaga e acabam dentro do gol são-paulino estão indo para fora. As divididas que sempre sobravam nos pés dos adversários agora caem mansas para armar novos contra-ataques para o tricolor. E, finalmente, são dois jogos e duas vitórias, o que acontece pela segunda vez no Brasileiro. Suficiente para a galera (que também não comparecia, mas sábado levou 50 mil torcedores ao Morumbi) esteja certa de que o rebaixamento não assusta mais – daí a falar em Libertadores também é exagero…

Ida e volta

No jogo de ida, fora de casa, o Boa Esporte Clube bateu o Juventude por 2 a 1. No jogo de volta, em casa (qual seria?), o Boa Esporte Clube bateu o Juventude por 2 a 1. Com os resultados, o time mineiro, já classificado para a Série B em 2017, garantiu seu lugar na decisão da terceira divisão nacional, provavelmente contra o ABC (o jogo de volta entre a equipe potiguar e o Guarani terminaria ontem, depois das 23h, mas o ABC poderia perder por até três gols de diferença). Não custa lembrar que, não tem muito tempo, o Boa Esporte esteve na primeira divisão nacional.

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